Mais um!!! Mais um!!!
1 + 1 não são 2 quando se somam crianças. Gastos e afetos tornam a operação de aumentar a família mais complexa. Confira as vantagens e desvantagens de ter o segundo filho
Por Malu Echeverria - Revista Crescer
1 + 1 não são 2 quando se somam crianças. Gastos e afetos tornam a operação de aumentar a família mais complexa. Confira as vantagens e desvantagens de ter o segundo filho
Por Malu Echeverria - Revista Crescer
As famílias estão menores a cada
geração. A média de filhos é inferior a três no Brasil e ter ou não o segundo
já se tornou um dilema para a maioria dos casais de classe média que vive nas
grandes cidades. Porque o filho único, do ponto de vista prático e financeiro,
significa menos gastos e menor necessidade de espaço, infra-estrutura e tempo
para cuidar da criança enquanto os pais trabalham.
Quando se levam em conta as emoções e a
convivência da família, no entanto, os casais sentem que o segundo filho pode
representar um ganho. Com o nascimento dele, diluem-se o afeto, as expectativas
e as exigências antes concentradas no primeiro e isso pode ser benéfico tanto
para o papel de pais quanto para os irmãos. Todos aprendem a negociar,
competir, cooperar, ganhar aliados e perder - uma experiência social de grande
valor, com a vantagem única de ocorrer no ambiente mais protegido e carinhoso
da família.
Essas são as linhas mestras das dúvidas
dos pais na hora de aumentar a prole. Mas há outros pesos e medidas nas
entrelinhas. Como define o pediatra Albert Bousso, professor da Universidade de
São Paulo (USP), "um mais um não são dois quando o objeto da soma são crianças.
O resultado é bem mais do que isso".
Momento certo
Momento certo
Uma criança a mais em casa afeta não só
as finanças, como toda a rotina da família. Nesse ponto, facilita a vida pensar
no segundo filho quando o primeiro já tem o mínimo de autonomia, acredita a
psicóloga Anna Correia, do Grupo de Apoio à Maternidade e Paternidade (Gamp),
de São Paulo.
Mas dar muita elasticidade à essa idéia
pode não ser uma boa, indica a experiência da professora paulista Annia Mello,
mãe de André e João Pedro, com quatro anos de diferença. "Depois que o
primeiro filho cresce e a vida fica mais tranquila, é grande o impacto do
trabalho com um segundo bebê. Aquela história de que basta botar um pouco mais
de água no feijão que tudo se resolve é mentira", resume Annia.
O lado bom da espera é que ela e o
marido tiveram tempo de curtir bastante André. A ponto de se sentirem até
dependentes desse afeto. "Ele ia passar o fim de semana com os avós e
ligávamos logo de manhã para saber se estava bem. Ele nem queria falar com a
gente. Pedia para ficar mais." Foi a dica decisiva, segundo Annia, para planejar
a chegada de João.
A questão profissional também conta no planejamento do segundo filho. A terapeuta familiar Teresa Bonumá lembra que crianças pequenas exigem mais atenção dos pais e essa dedicação interfere no trabalho. "Quando há pouca diferença de idade entre os filhos, o casal concilia melhor a situação", diz. É que o período da vida reservado a essa fase será mais ou menos o mesmo, permitindo uma retomada profissional mais rápida.
A questão profissional também conta no planejamento do segundo filho. A terapeuta familiar Teresa Bonumá lembra que crianças pequenas exigem mais atenção dos pais e essa dedicação interfere no trabalho. "Quando há pouca diferença de idade entre os filhos, o casal concilia melhor a situação", diz. É que o período da vida reservado a essa fase será mais ou menos o mesmo, permitindo uma retomada profissional mais rápida.
Como ocorreu com a professora
paulista Adriana Camasmie, mãe de Paulo, 6 anos, e Beatriz, 4. Ela deixou de
dar aulas após o nascimento do primeiro filho e voltou à atividade no ano
passado. "Foi um dos motivos que me fez querer logo o segundo filho. Não
conseguiria dar conta do trabalho e deles pequenos." (Clique AQUI para continuar lendo a
matéria...)
0
a 2 anos - Muitos
itens do enxoval podem ser reaproveitados. Os pais continuam bastante
familiarizados com o universo infantil, o que facilita a vida de todos. A pouca
diferença de idade aproxima os irmãos nas brincadeiras. Se engravidar enquanto
estiver amamentando o primeiro filho, a mãe terá de desmamá-lo, pois os
hormônios da gravidez interferem no leite.
3
a 5 anos - Se forem
bem guardados, alguns itens do enxoval, inclusive as roupas, podem ser usados
de novo. Com certa autonomia por causa da idade, o maior sofrerá menos a falta
da mãe, que poderá se dedicar mais ao bebê.
6
a 8 anos - Pode ser
vantajoso para os pais, que estão mais maduros em relação à paternidade. Os
irmãos perdem um pouco o companheirismo por causa da idade, pois nem todos os
interesses são iguais.
Mais
de 8 anos - O filho
temporão tem características comuns ao filho único. É preciso estar atento para
não mimá-lo demais, pois, além dos pais, há ainda o irmão mais velho para fazer
as suas vontades. Dependendo da idade da mãe, a disposição para cuidar do
recém-nascido pode não ser mais a mesma.
Fonte: Revista Crescer
Um comentário:
Adoro esse programa. Sou mãe de uma adulta e um adolescente e, mesmo já tendo vivido muitas experiências da maternidade, ainda encontro muitas dicas interessantes e vivências de outras mães que ajudam no dia a dia. As apresentadoras são pessoas muito doces e agradáveis e isso não encontramos mais na TV parece que a TV aos domingos foi esquecida e o Papo de Mãe traz seriedade leve e responsável além de informação e educação. Parabéns pelos 3 anos e que eu tenho acompanhado desde então. Um beijo para toda a equipe e vocês continue por muito mais tempo e com a mesma qualidade. Parabéns.
Lenira de Mello Loureiro
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