Aos domingos, 15h30
Reprise aos sábados, 11 horas
Na TV Brasil

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Neste domingo: Estava grávida e não sabia!!!

Imagine se um nascimento, que é esperado durante 9 meses, simplesmente acontece de uma hora para outra? Parece mentira, mas pode acontecer. Atletas e obesas, por exemplo, podem demorar mais para perceber a gravidez por causa da menstruação irregular. Em 2009, a levantadora de peso chilena, Elizabeth Poblete, deu à luz momentos antes de um treino, em São Paulo. O bebê nasceu prematuro, e acabou não sobrevivendo. Em 2005, outro caso no Brasil também chamou a atenção: a jogadora de basquete Sílvia Gustavo só descobriu que estava grávida aos sete meses de gestação, três dias antes de o bebê nascer.
Neste domingo, 02/10, o Papo de Mãe vai mostrar histórias de mulheres que estavam grávidas e não sabiam; mulheres que descobriram a gravidez já muito avançada ou até mesmo só na hora do parto.
Mas, como fica o vínculo com o bebê? E como uma mulher pode estar grávida e não perceber? Para responder a essas perguntas, Mariana Kotscho e Roberta Manreza recebem o obstetra e professor do departamento de obstetrícia da Unifesp, Eduardo de Souza, e a psicóloga do departamento de obstetrícia da Unifesp, Maria do Carmo Tirado. Além dos especialistas, Mariana e Roberta também recebem as mamães convidadas que passaram por isso e vão contar suas histórias.
Na reportagem especial feita na Espanha por Anderson Vasco, vamos conhecer uma mulher que só descobriu que estava grávida quando entrou em trabalho de parto. Ela emagreceu durante a gestação e nem imaginava que estava esperando um bebê.
Após o programa, converse com a gente pelo chat no blog até às 21 horas. Durante a semana, acompanhe as nossas postagens sobre o tema. Siga o programa pelo Twitter (@papodemae) e pelo Facebook (Programa Papo de Mãe II). Assine o nosso Feed para receber as nossas atualizações e torne-se nosso seguidor. E para entrar em contato com a nossa equipe escreva para [email protected].
Papo de Mãe é um programa imperdível para quem vive as dores e as delícias da vida em família. Informal com informação. Emocionante. Interativo. E com muita prestação de serviço. Neste domingo, 02/10, às 7 da noite, na Tv Brasil. 








VÍDEOS: Papo de Tia e Estímulos do Bebê

Oi gente!
Quem não conseguiu assistir aos dois últimos programas já pode conferir aqui!  O "Papo de Tia" foi exibido em 18/09 e o programa sobre Estímulos e Desenvolvimento do Bebê (tb comemoração do segundo ano do Papo de Mãe) foi ao ar em 25/09. 





quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Dificuldades alimentares no contexto da relação pais-bebê


Por Mariângela Mendes de Almeida*
Alimentação como primeira janela clínica da relação pais-bebê
Problemas alimentares durante o desenvolvimento inicial apresentam-se constantemente como uma fonte de preocupação para pais no contexto do acompanhamento pediátrico. De forma transitória ou persistente, e mesmo sem um comprometimento de ordem orgânica primária, podem apresentar-se, no bebê, como:

. Redução ou pouco ganho de peso

. Recusa a aceitar alimentos

. Resistência a mudanças no tipo de alimentação

. Pouco apetite

. Dificuldades de engolir alimentos

. Vômitos constantes

Para os pais, tais dificuldades são mobilizadoras de intensa angústia, medos, mais, ou menos, justificáveis, ou fantasias, quase sempre permeadas de culpa, de comprometimento do crescimento e desenvolvimento saudável, e em casos mais extremos, até de intensa fragilidade e risco de vida do bebê.
Sabemos o quanto é comum ocorrerem oscilações e dificuldades de adaptação ao longo do estabelecimento de ritmos próprios de alimentação, assim como ocorre com todos os ciclos de regulação de cada bebê no contexto da relação com seus cuidadores significativos (além da nutrição, também sono, contato, atividade, humor). Sabemos também, o quanto através da área da alimentação, primeira janela clínica no desenvolvimento das relações pais-bebê (Stern, 1997), podemos entrever tanto o desenvolvimento das capacidades do bebê na relação com seus cuidadores, quanto os possíveis sutis desencontros, dificuldades ou obstáculos que se apresentam nas trocas interativas. O que contribui para que esses pequenos desencontros possam ser superáveis, transitórios, ou se tornem parte de uma estrutura potencial de risco, de caráter menos passageiro, no relacionamento pais-bebê?
Dificuldades alimentares: transição ou sinal de alerta?
Ao longo de um trabalho de 20 anos com pais e bebês, destaco como interesse especial os aspectos de vulnerabilidade/ risco e fatores de proteção/ resiliência frente à possibilidade de superação ou intensificação de dificuldades no desenvolvimento da criança no contexto relacional. No caso dos problemas alimentares, o que dificulta ou facilita a superação de dificuldades que poderiam ser inicialmente transitórias? Os aspectos da prática clínica e investigativa com problemas alimentares iniciais (Mendes de Almeida, 1993), em consonância com aspectos teóricos levantados na literatura, apontam para as seguintes considerações:
. Observam-se correspondência entre padrões de relacionamento pais-bebês e problemas de alimentação infantil, com fatores facilitadores ou complicadores na superação das dificuldades alimentares.
. As relações alimentares entre os bebês e seus pais refletem modalidades de continência, "digestão" e processamento de conteúdos emocionais, experienciados no contexto do relacionamento pais-criança. As dificuldades infantis de concretamente metabolizar e aceitar o alimento são observadas como ocorrendo num contexto familiar de dificuldades temporárias, (ou às vezes mais significativas), de "digerir" mentalmente experiências emocionais, e dificuldades de continência expressas na relação pais-bebê.
. As experiências alimentares constituem, ao mesmo tempo, matrizes e campo para a expressão de modalidades de trocas relacionais vivenciadas pelo bebê e seus pais, sendo assim base importante para o contínuo desenvolvimento de suas interações.
.Ocorrem correspondências entre sintomas apresentados pelo bebê e modalidades de relacionamento pais-criança.
(...)
 
Conclusão:
É freqüente que oscilações no apetite infantil, necessidades de adaptação a mudanças alimentares, ou menor disponibilidade para a alimentação em momentos transitórios de fragilidade do bebê, em contexto de vulnerabilidade parental ou relacional, evoquem intensas ansiedades dos cuidadores, criando um círculo vicioso, em que tal ansiedade interfere na experiência de alimentação, que é então mais consistentemente recusada pelo bebê, o que intensifica ainda mais o desespero dos pais. O que seria transitório pode, então, tender a se cristalizar, não só em transtornos alimentares, mas em transtornos que passam a permear a dimensão mais ampla do desenvolvimento e comprometer a subjetividade psíquica do bebê.
Neste contexto, a detecção de riscos e a intervenção cada vez mais precoce junto às dificuldades alimentares infantis tem se mostrado de significativo benefício para a possibilidade de desenvolvimento dos recursos de proteção e alternativas para a saúde do vínculo pais- bebê. Fatores de resiliência são então fortalecidos, promovendo tentativas de equilíbrio junto aos fatores de risco, e contribuindo de maneira fundante para o desenvolvimento da saúde da criança e da família.
Mariângela Mendes de Almeida* é psicóloga com Mestrado pela Tavistock Clinic e University of East London (Inglaterra); Supervisora e Docente do Curso de Especialização em Psicologia da Infância e participante do Setor de Saúde Mental do Depto. de Pediatria da UNIFESP, Docente de Introdução a Intervenção Precoce no Instituto Sedes Sapientiae, Membro Filiado ao Instituto da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Participou como especialista convidada do Papo de Mãe sobre Estímulos e desenvolvimento dos bebês, exibido em 25.09.2011. Contato: [email protected].
 
 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Como estimular o desenvolvimento da criança de 2 a 3 anos?

Nessa etapa o controle motor e a interação com o ambiente já estão muito fortalecidos. Por isso é um momento muito criativo para estimular a linguagem e as brincadeiras dentro e fora de casa. Aproveite essa fase de aprendizado e contato com o ambiente.
A fala
- Converse muito com a criança e, quando ela falar algo errado, repita a palavra certa para que grave o correto.
- Não a recrimine, nem a estimule (rindo), muito menos fale errado com ela. Isso prejudica o desenvolvimento da fala.
A independência
- Estimule seu filho a ser independente com segurança.
- Compartilhe com ele brincadeiras dentro e fora de casa, como em parques.
- Leve-o para passear e conhecer coisas diferentes.
- Conte histórias e apresente livrinhos com história simples e desenhos coloridos.
- A criança pode e deve brincar com outras crianças também, sempre que possível.
- É comum nessa fase aparecerem comportamentos agressivos quando a criança é contrariada ou quer algo. O melhor nessa fase é contê-la com carinho, firmeza e serenidade, esperar que se acalme para conversar com ela. O equilíbrio emocional também é um amadurecimento, por isso precisa ser treinado. Isto é, a agressividade não pode ser totalmente reprimida, mas também não deve ser completamente aceita pelos pais.
Fonte: Clínica Infantil Reibscheid - www.pediatriaemfoco.com.br/


DICA DE HOJE
FasTracKids participa de evento internacional “Read for the Record”
A rede convida os alunos para dia de leitura que mobiliza milhares de crianças
A rede norte-americana FasTracKids participará com seus alunos do evento “Read for the Record” (Ler para o recorde – livre tradução) em 06 de outubro de 2011. A ação tem o objetivo de incentivar a leitura às crianças e é uma manifestação em busca de mais qualidade de ensino.
A rede FasTracKids apóia esta proposta há 5 anos, mas esta é a primeira vez que unidades brasileiras participarão do projeto. “Trouxemos o método FasTracKids ao Brasil justamente por sua inovação e proposta altamente educativa e incentivamos a participação de todas as unidades neste evento internacional com um objetivo tão nobre”, explica Ana Paula Harley, franqueadora máster da rede no Brasil.
A campanha, que existe desde 2006, é um projeto da Jumpstart - instituição fundada em 1993 na Universidade de Yale para ajudar crianças em bairros de baixa renda – em parceria com a Fundação Pearson.
A proposta que surgiu desprentenciosa se tornou um sucesso em pouco tempo. No último ano 2.057.513 crianças realizaram a leitura do livro “A Snowy Day” (Um dia de neve – livre tradução) sendo que, 5 mil delas eram alunos FasTracKids espalhados nas unidades da rede em 16 países.
O livro escolhido este ano é o “Llama Llama Red Pajama”, escrito por Anna Dewdney. A história simples e interessante trata de tema recorrente no mundo infantil. Após a leitura, as professoras farão atividades com alunos para enfatizar as informações que a obra transmite e tornar o aprendizado mais rico e divertido.
“O evento é internacional e tem grandes proporções como mostram os próprios dados e é uma honra sermos os primeiros a tornarmos o Brasil parte disso, principalmente estando na capital do país”, compartilha Vanessa Lacombe, franqueada de 2 unidades em Brasília.
Marlene Sauko, educadora e franqueada de unidade Campo Belo em São Paulo, também comenta que “esta é uma forma de unir forças numa corrente que nos leva a refletir sobre melhores bases educacionais. Juntas, milhares de crianças vão compartilhar a leitura de um livro na mesma data, este é um passo para chamar atenção para busca por um ensino de qualidade”.
Além da leitura nas unidade do FasTracKids localizadas em São Paulo, Brasília e São Luis o Colégio Itatiaia, referência em educação na grande São Paulo, foi convidado e realizará a atividade com seus alunos em sua unidade no Campo Belo.
Para ter mais detalhes sobre horários em cada unidade e como participar entre em contato com o local de seu interesse.
Serviço: Read for the Record FasTrackids
Data: 06/10/2011
FasTracKids São Paulo - Unidade Campo Belo: (11) 5049-1063
FasTracKids São Paulo - Unidade Moema: (11) 5093-6658
FasTracKids Brasília – Asa Sul: (61) 3443-0124
FasTracKids Brasília – Asa Norte: (61) 3447-5236
FasTracKids São Luis – (98) 3082-5907

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Desenvolvimento e estímulo do bebê: notas do programa

• Quando chegamos da maternidade nos deparamos com um recém nascido frágil e totalmente dependente de nós. E é a partir dos primeiros contatos com a mãe e com o pai que o bebê começa a se desenvolver, ter conhecimento do seu corpo e das suas emoções.
• Muito se fala em estímulos para o bebê, mas também é preciso ter muito cuidado para não sobrecarregar a criança com estímulos em excesso. O efeito pode ser o contrário e o pequeno pode ficar estressado e até deprimido.
• Segundo um estudo americano, até os 3 anos o cérebro da criança desenvolve 60% das conexões neurológicas. De acordo com a pesquisa, quanto mais estímulos o ambiente oferecer às crianças, mais sinapses, conexões cerebrais, se formarão, tornando os pequenos mais inteligentes.
• Mas os cuidados com o desenvolvimento do bebê devem começar ainda dentro da barriga. O uso do álcool, por exemplo, pode interferir na formação do cérebro do feto. A Sociedade Americana de Pediatria recomenda que a gestante se abstenha de álcool durante toda a gravidez. Isso sem falar no cigarro que é muito prejudicial.
• Quanto à inteligência, cientistas holandeses concluíram que o bebê possui a capacidade de memorizar acontecimentos ainda dentro do útero da mãe. De acordo com a pesquisa, a partir da 34ª semana de gestação, os bebês apresentam a capacidade de captar informações e recuperá-las durante as quatro semanas seguintes.
• Os pequenos têm ainda uma maior facilidade em lidar com aparatos eletrônicos se comparado a atividades como pedalar, nadar e amarrar os sapatos. Foi o que revelou uma pesquisa feita pela empresa AVG, especializada em sistemas de segurança para internet, com mães de crianças de 2 a 5 anos em 10 países.
• Em relação ao desenvolvimento motor, a Sociedade Brasileira de Pediatria condena o uso do andador, que pode causar acidentes graves e, ainda, atrasar o desenvolvimento motor dos bebês. Apesar das recomendações dos médicos, o aparelho ainda é usado por cerca de 60 a 90% dos bebês entre 6 e 15 meses de idade. Em alguns países, como o Canadá, a comercialização do andador é proibida.
• Por fim, uma curiosidade sobre crianças mais velhas: cientistas noruegueses estudaram a diferença de aprendizado entre crianças que escrevem à mão e aquelas que digitam. A pesquisa feita na Universidade de Stavang mostrou que escrever à mão é melhor porque envolve muito mais sentidos que o digitar, o que facilita o aprendizado. Segundo a pesquisa, ao escrever, as crianças memorizam mais facilmente também.
• Serviço: Centro de Atendimento Psicanalítico de SBPSP:  (11) 2125-3777 // (11) 3045-2818. Setor de Saúde Mental da UNIFESP (Pediatria) - Núcleo de Atendimento Pais-Bebês:(11) 5539-1939.
Fonte: Programa Papo de Mãe - 25.09.2011
Desenvolvimento e estímulo dos bebês será tema em nosso blog durante toda a semana. Caso você tenha alguma dúvida e queira encaminhar uma pergunta aos especialistas que participaram do programa escreva para [email protected]. Obrigada e até mais!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Descobrindo seu bebê, mês a mês - por Camila Reibscheid*



Quando ele vai sorrir, sustentar a cabeça, rolar, sentar, engatinhar, andar ou falar? São perguntas que todos os pais, especialmente os de primeira viagem, se fazem todos os dias. É comum querer saber quando isto ou aquilo vai acontecer. Dúvidas sobre desenvolvimento e comportamento são frequentes na consulta com o pediatra.

O desenvolvimento motor e de linguagem segue marcos de normalidade esperados para cada fase, porém podem variar de criança para criança, mas sempre existindo um tempo máximo para cada situação ocorrer.


Q
ualquer atraso no desenvolvimento ou desvio da normalidade deve ser avaliado junto ao Pediatra, pois quanto mais nova a criança, maior a resposta aos estímulos.

Vale brincar, conversar, contar histórias, fazer massagens, beijar e abraçar. Toda demonstração de carinho ficará armazenada na memória da criança como o amor dos pais e será fundamental no desenvolvimento motor e de linguagem. 


Veja a seguir o que seu filho deve estar apto a fazer em cada fase do seu desenvolvimento. As características são as mais comuns para a idade, podendo haver variações. Algumas crianças podem apresentar-se adiantadas ou atrasadas em algum aspecto da tabela de desenvolvimento, isto vai depender dos estímulos que recebem no dia a dia.


É muito importante que os pais saibam como estimular seus filhos e que todo o desenvolvimento da criança seja acompanhado pelo Pediatra.

MARCOS DO DESENVOLVIMENTO


1 MÊS:

  • Levanta a cabeça
  • Reage aos sons
  • Olha fixo para rostos
  • Passa boa parte do tempo dormindo
  • Enxerga objetos muito próximos (15 a 20 cm)
2 MESES:
  • Mantém a cabeça erguida por períodos curtos.
  • Levanta a cabeça num ângulo de 45 graus
  • Vocaliza sons como “agu” e “arru”
  • Segue os objetos com o olhar
  • Movimentos ficam menos bruscos
  • Sorri ao contato social
  • Desenvolve um tipo de choro para cada tipo de problema
3 MESES:
  • Segura a cabeça com firmeza
  • Dá gargalhada
  • Dá gritinhos
  • Reconhece o seu rosto e seu cheiro
  • Reconhece a sua voz
  • Vira a cabeça na direção dos barulhos
  • Leva as mãos à boca e suga os dedos
  • Segura objetos com firmeza por pouco tempo
  • Com brincadeiras e músicas o bebê fica agitado, realizando movimentos de pernas e braços
4 MESES:
  • Responde com sons quando você fala com ela
  • Consegue apoiar o peso nas pernas
  • Junta as mãos e bate nos brinquedos
  • Consegue segurar um brinquedo
  • Estica o braço para pegar objetos
  • Consegue se virar deitada
5 MESES:
  • Consegue distinguir cores primárias
  • Consegue se virar deitada
  • Consegue se distrair com as mãos e os pés
  • Vira na direção de barulhos novos
  • Reconhece o próprio nome
  • Põe objetos na boca
  • Senta com apoio
6 MESES:
  • Vira na direção de sons e vozes
  • Imita sons, faz bolinhas de cuspe
  • Rola nas duas direções quando deitada
  • Senta sem apoio
  • Estica os braços para pegar objetos e os põe na boca
  • Está pronta para alimentos sólidos
7 MESES:
  • Senta sem apoio
  • Puxa objetos em sua direção
  • Imita sons da fala
  • Começa a se arrastar ou engatinhar
  • Pode demonstrar medo com pessoas estranhas
8 MESES:
  • Diz “papá” e “mamã/á” para os pais, sem especificar
  • Transfere os objetos de uma mão para a outra
  • Engatinha bem
  • Aponta para objetos
  • Atira objetos no chão
  • Reclama quando é contrariado
9 MESES:
  • Fica de pé segurando em alguma coisa
  • Combina sílabas em sons que parecem palavras
  • Usa o movimento de pinça para pegar objetos pequenos
  • Bate objetos um contra o outro
  • Reconhece sua imagem no espelho e reage com euforia
10 MESES:
  • Dá tchau com a mão
  • Pega objetos com o movimento de pinça
  • Anda segurando nos móveis
  • Responde ao nome e entende o “não”
  • Mostra o que quer com gestos
11 MESES:
  • Diz “papá” e “mamã/á” para a pessoa certa (pai e mãe)
  • Participa de brincadeiras com gestos
  • Fica de pé sozinha por alguns segundos
  • Imita as ações dos outros
  • Coloca objetos dentro de um recipiente
  • Entende instruções simples
12 MESES:
  • Imita as ações dos outros
  • Diz sons parecidos com palavras
  • Mostra com gestos o que quer
  • Diz uma palavra além de mamã/á e papá
  • Dá alguns passinhos
  • Entende e cumpre instruções simples
  • Bebe líquidos no copinho
1 A 2 ANOS:
  • Anda sem apoio
  • Reconhece o próprio nome
  • Começa a correr, subir em móveis, ficar nas pontas dos pés
  • Vira páginas de um livro ou revistas (várias ao mesmo tempo)
  • Gosta de rabiscar no papel
  • Sabe quando uma ilustração está de cabeça para baixo
  • Mostra senso de humor
  • Nesta fase, ainda não compreende regras, mas chora quando leva bronca e sorri quando é elogiado
  • Quando está bravo pode atirar objetos
  • É possessivo
  • A partir dos 18 meses começa a criar frases curtas (2 a 3 palavras)
  • Usa o próprio nome
  • Reconhece partes do corpo
  • Presta atenção em histórias pequenas
2 A 3 ANOS:
  • Tira os sapatos
  • Chuta bola sem perder o equilíbrio
  • Gosta de dançar. Acompanha o ritmo da música batendo palmas
  • Está pronta para a retirada das fraldas
  • Mexe em tudo
  • Testa a autoridade
  • Tenta impor suas vontades
  • Prefere companhia para brincar
  • As frases vão aumentando e surge o plural
  • Fala de si mesma na terceira pessoa
  • Chama familiares próximos pelo nome
  • Pergunta ‘cadê”, ‘o que”, “onde”
3 A 4 ANOS:
  • Consegue colocar e tirar as suas roupas sem a ajuda de um adulto
  • Gosta de desenhar
  • Consegue segurar um lápis na posição correta
  • Consegue pedalar
  • Brinca com outras crianças
  • Apresenta interesse pelos sentimentos das pessoas que estão ao seu redor
  • Constrói frases com até seis palavras
  • É capaz de separar objetos por tamanho e cor
  • Compreende os conceitos de igual e diferente
  • Lembra e conta histórias
4 A 5 ANOS:
  • Consegue usar a tesoura e cortar papel
  • Maior domínio no uso de talheres
  • Consegue pegar a bola com as duas mãos quando está em movimento
  • Está mais sociável
  • Se sente grande perto das crianças menores
  • Sente vontade de tomar as suas próprias decisões
  • Expressa seus sentimentos
  • Já fala muitas palavras
  • Gosta de inventar e contar suas próprias histórias
  • Consegue identificar algumas letras do alfabeto e números

*Camila Reibscheid é médica pediatra e participou como especialista convidada do Papo de Mãe sobre ESTÍMULOS E DESENVOLVIMENTO DOS BEBÊS, exibido em 25.09.2011. Site: www.pediatriaemfoco.com.br

                                                        ***
                                              AGRADECIMENTO 

A equipe do Papo de Mãe agradece ao Clube do brinquedo que, gentilmente, emprestou à Dra. Camila Reibscheid os brinquedos usados pelas crianças no programa sobre ESTÍMULOS E DESENVOLVIMENTO DOS BEBÊS. 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

NESTE DOMINGO: 2 anos de Papo de Mãe e um papo sobre estímulos e desenvolvimento dos bebês!

Domingo (25) é dia de festa no PAPO DE MÃE! É com imensa alegria que comemoramos dois anos de programa!!! E é importante dizer que o Papo de Mãe só existe graças a você que nos assiste, participa, incentiva e nos ajuda a fazer cada programa!
Bem, e já que estamos falando em incentivo, o tema do programa deste domingo não poderia ser mais apropriado. Vamos falar sobre como incentivar e estimular seu filho desde bebê da maneira correta.
Você sabia que o que os pais fazem após o nascimento do bebê é fundamental para o cérebro continuar se formando e se desenvolvendo até a adolescência? É verdade. Mas e quais seriam os estímulos mais adequados?
Para nos ajudar nesta conversa contaremos com a presença de mães e especialistas como a psicóloga e psicanalista Mariangela Mendes de Almeida, da UNIFESP, e a pediatra e neonatologista do Hospital São Luiz, Dra. Camila Reibscheid.
Tem ainda reportagem especial de Rosangela Santos sobre como estimular o bebê e uma matéria muito bacana de Mariana Verdelho sobre como estimular bebês com deficiência visual.
Após o programa, converse com a gente pelo chat no blog até às 21 horas. Durante a semana, acompanhe as nossas postagens sobre o tema. Siga o programa pelo Twitter (@papodemae) e pelo Facebook (Programa Papo de Mãe II). Assine o nosso Feed para receber as nossas atualizações e torne-se nosso seguidor. E para entrar em contato com a nossa equipe escreva para [email protected].
Papo de Mãe é um programa imperdível para quem vive as dores e as delícias da vida em família. Informal com informação. Emocionante. Interativo. E com muita prestação de serviço. Neste domingo, 25/09, às 7 da noite, na Tv Brasil.








2 ANOS DE PAPO DE MÃE NO AR!!!

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DICA DO PAPO DE MÃE

1ª Caminhada dos transplantados de São Paulo

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Vídeo sobre Métodos de ensino

O programa sobre Métodos de ensino, exibido no dia 11 de setembro, já está disponível! Para você que perdeu ou para você que quer assistir de novo, confira abaixo:

Crianças criadas por tias - por Solange Melo*

Solange Melo
Atualmente, na nossa sociedade e nos grandes centros urbanos, muitas são as mães que precisando trabalhar fora, deixam suas crianças sob os cuidados de suas próprias mães ou irmãs, na vizinhança.

Muitas também são as mães que em busca de uma vida melhor financeiramente falando, se mudam de cidade deixando seus filhos em seu local de origem, com seus parentes próximos, com a promessa de virem busca-los quando conseguirem uma boa estabilidade financeira.

Isso acaba gerando uma grande quantidade de crianças que acabam sendo criadas por tias e avós, o que já é uma realidade social. Muitos são filhos de mães adolescentes e outros de mães que querem um filho, mas não um casamento.

Há um ditado antigo que diz que "Pais educam e avós e tios deseducam", mas sabemos bem que não é bem assim. Muitos são os tios e tias que, por necessidade de ajudar, educam sobrinhos como se seus filhos fossem, com amor e regras bem definidas.

O importante nesses casos é que quando tios passam a substituir os pais na educação das crianças, essas não passem a desvalorizar a figura dos pais biológicos, gerando conflitos e brigas. Outra questão importante é, nesses casos, a hierarquia a ser estabelecida, que na forma tradicional e nuclear, está centralizada na figura dos pais.

Importante acrescentar que o que de fato importa é como essa criança é ensinada a se comportar. Assim sendo, tanto pais, como tios, como avós podem ser bem ou mal sucedidos em suas práticas educativas.

É um erro acreditar que crianças criadas com tios e avós são diferentes, mais mimadas, birrentas ou mal criadas do que aquelas criadas pelos pais, apesar dessa ser a ideia presente no senso comum. Tudo depende, repito, de como se dá essa educação.

Mimar faz parte de educar, mas não são comportamentos excludentes. Observamos claramente que o problema não é o mimo, mas sim a ausência de limite na educação. E é essa ausência pode se dar tanto na educação dos pais quanto na dos tios e dos avós.

Educar nada mais é que, dentre outras coisas, que ensinar o certo e o errado, as consequências de cada um dos nossos atos, noção de responsabilidade, dar colo e também dar limite quando necessários, e mostrar que uma coisa é dar o peixe e outra bem diferente é ensinar a pescar.

Muitas tias e avós, é bem verdade, tentam consciente ou inconscientemente, recompensar a ausência dos pais, superprotegendo a criança, o que acaba por deixa-las frágeis, vulneráveis e com baixa autoestima e pouca tolerância a frustração. E isso não é nada bom!

Outra questão importante é ressaltar a importância de, na educação dessas crianças criadas por tios e avôs, todos falarem a mesma linguagem (pais biológicos inclusive). Até porque, caso contrário, ninguém vai se entender, vão ser passadas mensagens contraditórias e a criança vai estar em meio a um fogo cruzado, sem saber a quem obedecer. E como diz o velho ditado, "Casa em que todo mundo manda, ninguém obedece", na prática, isso certamente seria desastroso!

Psicóloga e Psicoterapeuta de adultos, casais e famílias em São Paulo. Participei do Papo de Mãe em julho de 2011, como especialista sobre o tema Mudanças.* 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ANIVERSÁRIO PAPO DE MÃE - 2 ANOS


São dois anos de Papo de Mãe!
São dois anos de muitas alegrias, realizações, prestação de serviços, bate-papo, conhecimento, novas amizades e muita emoção!!! Como é bom fazer parte desta equipe maravilhosa, dedicada, envolvente, participativa, competente e que literalmente "veste a camisa".
Além de agradecer a equipe do Papo de Mãe, nós gostaríamos de agradecer a todas as pessoas que nos ajudaram nesses dois anos. E não foram poucas. As mães, os pais, as crianças, as avós, os avôs, os tios, as tias, os especialistas e os telespectadores. Todos que prestaram este serviço social com a gente, levando informação para todo o Brasil. E o Papo de Mãe é uma delícia de fazer e de assistir.
Quem não gosta de falar dos filhos? Trocar dicas? Falar de experiências que deram certo ou não? E ver tudo isso reunido em um programa de qualidade, sério, com convidados renomados? Ser mãe é tudo de bom e ter um programa sobre o universo da maternidade só poderia render bons frutos.
Nós desejamos muito e muitos anos de sucesso ao Papo de Mãe.
Parabéns para nós!
Beijos,
Mariana Kotscho e Roberta Manreza
***

E como hoje é dia de festa, vamos colocar algumas das muitas mensagens mais do que especiais que recebemos dos nossos queridos telespectadores. Uma pena que não caibam todas! ***
"É um programa delicado, me diz que somos filhos de todas as mães. E que todas as mães querem cuidar de todos os filhos. É a sabedoria feminina." Fernando Coelho

***
"Parabéns meninas!! Parabéns não só pelo programa que é uma delícia de assistir, mas pelo modo de vocês abrirem nossas mentes e nos tornar cada dia mais fácil de lidar com a dificílima tarefa de educar e orientar um filho, nosso mais precioso bem... Adoro vocês !! Beijos, abraços e muito obrigado..." Fred Leite
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"Ao programa Papo de Mãe, Inicialmente, gostaria de parabenizá-las pelos magníficos programas exibidos. Participei do programa, juntamente com minha esposa JULIANA SILVA MUNHOZ, doenças infecciosas, onde prestamos depoimentos a respeito da nossa pequenina filha LIVIA MARIA MUNHOZ que havia sido acometida de meningite bacteriana adicionado ainda com quadro de pneumonia. Sinceramente, fiquei extremamente entusiasmado da maneira como vocês conduzem o programa, o profissionalismo empregado por toda a equipe, pelo cordial tratamento dado as pessoas e participantes, enfim... Mas o que mais me surpreendeu é a função social, cultural e educacional com que o programa encara os desafios da vida cotidiana das pessoas, levando respostas e alternativas para que os cidadãos possam buscar os meios e alternativas adequadas para cada situação, cumprindo literalmente com a sua função social, o que certamente deveria ser seguidos por todas as emissoras televisivas. Porém, o cenário é outro vez que grande parte da televisão brasileira está deturpando muito a sua função social, eis que, temos programas voltados a fomentação da criminalidade desenfreada e sem limites, quando não a exibição de programas sensacionalistas frente a questões sexuais (a exemplo big brother, fazenda, dentre outros), programas estes voltados a destruição da família, da descrença em Deus, enfim... Tudo a troco de um lucro desregrado, o que sinceramente abomino completamente. Frente essas questões perfiladas, entendo que o programa Papo de Mãe apresentado por Mariana e Roberta se revela de grande magnitude para a sociedade brasileira, pois, traz em seu contexto questões realmente importantes a serem aplicados no dia a dia da convivência social, além de ser instrumento de conhecimentos para as pessoas que o assistem, levando sugestões e orientações de como devem agirem diante das adversidades e dos problemas a serem enfrentados no dia a dia. Por essas razões, temos que vocês são muitos especiais para a gente. Aliás, a função que vocês exercem é a verdadeira profissão da qual se incumbiram, porém com uma grande diferença a de fazer bem as pessoas, bem como de serem verdadeiramente úteis a sociedade brasileira. Talvez me faltem palavras para dar o desfecho necessário frente a tantas qualidades e predicados relativos a vocês, mas adoto uma solução mais simplificada, pedindo vaenia para simplesmente finalizar ressaltando: Meus eternos aplausos!!!"Alessandro Munhoz

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"Trata-se de um programa primeiro de familia, que não é apelativo, com uma pauta direcionada, com qualidade, e que atinge os seus objetivos, muito bom." Rubens Donisete
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"Parabéns aos profissionais que fazem o Papo de Mãe. Um dos melhores programas da TV brasileira."Marcio Silva

Agradecimento:





 


"Parabéns mais uma vez! Assisto desde o primeiro programa e o meu interesse, minha curiosidade, meu entusiasmo surgiram primeiramente não como quem trabalha junto ao Cezar Said e suas abordagens psicológicas e educacionais através das palestras, livros etc. Mas principalmente como Mãe de dois meninos, agora com 5 e 10 anos e que vive as "dores e as delícias" da vida em família! Tenham a certeza de que o programa nos dá muito prazer em assistir e nos alegra por existir na TV aberta brasileira.
Desejamos entusiasmo à equipe para que perseverem e cresçam muito mais, pois o programa é essencial, mesmo aos que ainda não se deram conta disso." Abraços fraternos de Sylvia Vianna e também de Cezar Said e de Pedro e Estevão Vianna Said.

A VEZ DO TIO: Entrevista com Mauro Godoy*

Oi gente!
O Papo desta semana não é apenas entre tias não! Assim como o Papo de Mãe procura sempre ouvir a opinião dos pais, nós também fomos atrás da opinião dos tios! Na "vez do tio",  Davi de Almeida foi conversar com  o psicólogo e antropólogo Mauro Godoy, um tio pra lá de coruja. Confiram a entrevista na íntegra!
Davi de Almeida - Sabe aquela fase em que a gente é adolescente, aí chega o domingão, a gente combina de sair com os amigos ou então de ir ao cinema com a namorada e aí chega o pai e diz ‘tsc, tsc. Hoje ninguém vai sair. O tio de vocês está vindo almoçar com a gente e eu quero a família toda reunida’. Que saco, hein? Que cortada de barato. Ter que ficar em casa domingo para fazer sala pro tio... Mas será que tio é tão chato assim? Segundo o tiozão aqui, o Mauro Godoy, que diz que é o xodó dos sobrinhos, não. Mauro, como é a relação com seus sobrinhos?
Mauro Godoy
Mauro Godoy - Ah, é muito legal, principalmente quando eles eram crianças. Nesta época, por acaso, eu morava nos Estados Unidos, na Flórida, do lado da Disney. Então, me visitar significava ir para Disney. E como era tempo das vacas gordas, muitas vezes, eu mandava passagem. Então, visitar o tio não era tão ruim assim. E quando eu ia visitá-los no Brasil, então eu levava encomendas, presentes, enfim...
DA - Mas você viveu bastante tempo aqui no Brasil com eles?
MG - É, não tanto assim, porque quando eles eram crianças, bem crianças, eu estava na faculdade. Então eu acabei aprendendo, quer dizer, usando o que eu aprendia na psicologia um pouco com eles. Eles até me serviram como objeto de estudo e tal. Eles tiveram um certo suporte. Foi uma boa coincidência.
DA - Mas que idade tem teus sobrinhos?
MG - Eu tenho sobrinhos de 2 até 32 anos.
DA - Nossa, é uma diferença grande de idade. Agora vem cá... Você tem filhos também?
MG - Não, ainda não.
DA - Mas isso também facilita para a gente se dedicar mais aos sobrinhos, quando a gente não tem filho?
MG - Acaba sendo um filho postiço, que a gente tem quando quer.
DA - Esse xodó com os sobrinhos, os irmãos não acabam ficando com um pouco de ciúmes? Tem uma certa competição com os irmãos?
MG - Perfeitamente, porque todos os irmãos competem naturalmente, e aí, essa competição, eu acredito que acabe sendo saudável para os sobrinhos.
DA - Agora, Mauro, essa relação legal do tio com os sobrinhos acaba também influenciando na educação de certa forma? Porque assim, se os sobrinhos gostam bastante de ficar com os tios, ficam também com os pais, evidentemente, mas acho que acaba tendo uma comparação, assim ‘ah, meu tio é chato. Meu tio é mais legal do que meu pai’. Rola isso?
MG - Eu acredito que sim, porque é sempre uma opção para a criança, aquilo que está em casa que é todo dia e que é quase um marasmo versus aquilo que está fora de casa, mas que é nossa casa também, que é a casa dos tios e dos primos. Então, a gente aprende a olhar para fora e entender as opções que a gente tem na vida de valor, sabe, de estimo, até de torcida, sei lá, time, modelo de carro, estilo de casa, a gente aprende a variar no começo com os tios.
DA - Bom, eu falei agora há pouco na abertura que na adolescência a gente combina de sair com os amigos, com a namorada, daí vem o tio... Tem isso mesmo, o sobrinho que fala ‘pô, ia sair hoje, e agora vem o meu tio e não vou sair’ ou será que tem sobrinho que fala ‘pô, que legal, não vou sair com os amigos, mas meu tiozão tá vindo aí’?
MG - Eu acho que cada caso é um caso. Se meu tio é rico, traz presente e minha prima é a maior gata, eu prefiro ficar em casa. Agora, se meu tio é chato, pão duro, sei lá, e não é uma boa presença, é lógico que eu prefiro não ficar.
DA - Agora, você é psicólogo, e você acha que tem mesmo alguma diferença na formação da criança se ela convive ou não com os tios? Uma criança que não convive com os tios é diferente de uma que convive? Tem alguma coisa nesse sentido, agora você falando mais como psicólogo do que como tio?
MG - Olha, tem sim. A gente encontra em laboratório de universidade a diferença entre uma criança que foi criada com tios, convivendo com o tio e a outra sem. A que não teve tio se torna uma pessoa mais apática, contida, enquanto a que quem teve tio é uma pessoa cujos valores são muito mais definidos.
DA - Por quê?
MG - Porque os irmãos sempre competem e um filho que cresce assistindo o pai competindo com os tios, ele acaba entendendo que existem outras coisas na vida e acaba elegendo um tio como o mais bacana. Esse tio como mais bacana acaba sendo a referência de valores dessa pessoa, valores materiais, sentimentais, ou até existenciais, como glória, aplauso, coisas assim. Então é através dos tios que a gente escolhe os valores.
DA - Então, quer dizer que isso influencia até na formação do sobrinho? De repente o pai é advogado, o tio é jornalista e aí o sobrinho fica olhando ‘nossa, será que eu vou seguir a carreira do meu pai ou do meu tio, porque parece que meu tio é mais legal’. Tem isso?
MG - É exatamente uma inspiração que serve como opção e a partir do momento em que você não só sabe a profissão, mas o jeito de ser, a forma de se comportar, tudo isso acaba influenciando a criança desde pequena.
DA - Bacana. Bom, então está aí a dica. Vamos valorizar os tios, conviver com os tios, aproveitar o domingão para ficar com os tios, porque você viu que o resultado é bom, hein!?
*Mauro Godoy é psicólogo clínico especializado em antropologia. Contatos: http://www.maurogodoy.com.br/ e Fone 11 3023-4850.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

PAPO DE TIA: DICA DE LEITURA

'Sem filhos - a mulher singular no plural', de Luci Helena Baraldo Mansur, é o resultado de uma pesquisa recente sobre a experiência da não-maternidade - fenômeno bastante frequente na atualidade, mas ainda pouco investigado nos meios acadêmicos. Buscando ultrapassar abordagens tradicionais, preconceituosas e estigmatizantes, a autora nos apresenta um estudo qualitativo e exploratório das dimensões atribuídas à não-maternidade, em que contribuições de diversas áreas das ciências humanas e sociais foram articuladas ao eixo psicológico da investigação, fornecendo subsídios para a compreensão das experiências de mulheres sem filhos. Um caleidoscópio de sentidos - Polifônica e polissêmica, a não-maternidade assume diversos significados, não apenas para as diferentes mulheres entrevistadas - mas também para cada uma individualmente, dependendo da perspectiva e do momento em que foi objeto de reflexão pessoal. Trata-se, portanto, de um fenômeno dificilmente redutível a um único determinante e sua compreensão requer a revisão das expectativas em relação aos papéis femininos tradicionais; o questionamento do mito do instinto materno; o reconhecimento e a aceitação da diversidade dos desejos e das circunstâncias das mulheres ocidentais contemporâneas. Moldada na intersecção entre história, cultura, sociedade, família e personalidade, a não-maternidade configura uma experiência multifacetada e, embora represente uma diferença significativa em relação ao modelo feminino tradicional, não pode e nem deve ser confundida com inferioridade ou patologia psicológicas.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Em vez de PAPO DE MÃE, um PAPO DE TIAS!

O Papo de Mãe deste último domingo (18) estava um pouquinho diferente... É que em vez de um papo entre mães, nosso programa foi um papo entre tias! Isto mesmo, conversamos com mulheres apaixonadas por seus sobrinhos e tivemos oportunidade de ouvir suas histórias interessantíssimas.
No Brasil, cada vez mais casais estão optando por não ter filhos. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE mostram que, de 1998 a 2008, a proporção de casais sem filhos cresceu de 13,3% para 16,7%.
Pelo mundo, a gente percebe que a tendência é a mesma. Na Alemanha, segundo o Instituto Nacional de Estudos Demográficos, um terço das mulheres com ensino superior renunciam à maternidade e, no total, uma alemã em cada cinco nunca terá um filho. E no Reino Unido, o número de mulheres sem filhos duplicou em 20 anos. De acordo com um estudo publicado pelo The Guardian, apenas 36% de mulheres preferem ser mães a trabalhar.
Pois é, e o que a gente sabe é que muitas mulheres não tem filhos por opção mesmo. Muitas delas estão completamente realizadas no papel de tias. E como mamães e papais têm trabalhado muito hoje em dia, nada melhor do que ter uma tia por perto na hora do sufoco.
Para a psicóloga brasileira Luci Helena Baraldo Mansur, autora do livro "sem filhos: a mulher singular no plural" essa tendência de não ter filhos aparece principalmente nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, Inglaterra e Canadá, por exemplo, já existem organizações que oferecem apoio e informação para as pessoas sem filhos. Uma delas, o clube social sem fins lucrativos canadense No Kidding, tem filiais espalhadas pelo mundo que promovem atividades sociais como festas e caminhadas para casais e solteiros sem crianças.
Já a americana Melanie Notkin, por exemplo, fundou o site “Savvy Auntie” (Titia experiente), que traz dicas para mulheres que, sem filhos, amam crianças e fazem o papel de tias e madrinhas dedicadas e carinhosas. O endereço para quem quiser conhecer o site é o www.savvyauntie.com.
Papo entre tias será tema do nosso blog durante toda a semana. Acompanhem nossas postagens e ajudem a divulgar o Papo de Mãe!