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Reprise aos sábados, 11 horas
Na TV Brasil

segunda-feira, 30 de abril de 2012

FILHOS CAMPEÕES: Cuidado com os excessos!!!


Excessos Físicos/Esportivos em Crianças
Por Nabil Ghorayeb*

Como parte da educação e para a saúde futura, crianças iniciam a pratica de esportes precocemente. A cobrança de alguns pais, não aceitando as derrotas, quase que é um modelo. O destaque esportivo da criança leva os responsáveis a dois caminhos: investir num futuro profissional (e rico) obrigando-o a treinamentos fortes, na maior parte das vezes, sem exame médico especializado (aliás, o desconjuram) pelo risco de achar alguma coisa que os impeça de seguir carreira. Neste cenário vemos crianças e adolescentes começando a sentir o peso das competições e a pressão por bons resultados. Além dos excessos físicos risco para a saúde a próprio gosto para o esporte começa a diminuir , não são poucos os ótimos atletas mirins que desistem por estarem saturados das cobranças e dedicação espartana necessárias para vencerem como atletas.

Fizemos um levantamento com cerca de 700 garotos federados com idade entre 14 e 18 anos de um grande clube de São Paulo, e detectamos 23% deles com alterações benignas ou duvidosa no eletrocardiograma, sem nenhum queixar de nada. Além disso, encontramos “sopro” no coração, pressão arterial no limite, anemia e incrível até taxas elevadas de colesterol e triglicérides, provenientes de erros alimentares.

Outra pesquisa com 120 garotos da mesma faixa etária, das “peneiras de futebol” de 4 clubes paulistas, apontou o mesmo tipo de alterações no eletrocardiograma em 17% dos garotos. “No primeiro caso os garotos avaliados pertencem a uma classe social alta, enquanto que no segundo a classe é mais baixa. Isso revela que os anormalidades cardíacas independem de classe social e podem se manifestar em qualquer indivíduo. Por isso, a realização periódica de exames clínicos especializados é essencial”.

A necessidade de maior força física implica em mais treinamento e, conseqüentemente, maior esforço para as articulações, deixando as mesmas mais propensas às lesões. Esses traumas podem ser apenas de ligamentos, ou até mesmo fraturas e deslocamentos dramáticos da articulação.

A prática esportiva fortalece o organismo e mantém as condições de vida saudável. Porém, para ter certeza que o exercício só trará benefício, é preciso ter em mente as principais precauções a serem tomadas, a fim de não ocorrerem lesões antes ou durante a prática do exercício.

Recomendações
  • Buscar informações com o pediatra;
  • Fazer pelo menos um eletrocardiograma anual (exigir laudo de um cardiologista);
  • Até os 12 anos fazer um “aprendizado dos esportes”, para a criança escolher o esporte que quer praticar. Não a force fazer o que não tem vontade;
  • Procurar um médico especialista caso a criança sinta qualquer anormalidade ao praticar esporte;
    Realizar bateria de exames completos, caso participe de competição;
  • Não exagerar nos treinamento e cobranças. Muitos abandonaram carreiras promissoras na primeira oportunidade;
  • Escolher o material adequado para o esporte de sua preferência;
  • Antes de começar qualquer atividade física, procure um especialista;
  • Ao primeiro sinal de dor, pare o exercício;
  • Não aumente a carga no treino sem a orientação de um professor.
* Dr. Nabil Ghorayeb  é especialista em cardiologista e medicina do esporte. Participou como especialista convidado do Papo de Mãe sobre FILHOS CAMPEÕES, exibido em 29.04.2012.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

FILHOS CAMPEÕES É O TEMA DO NOSSO PAPO NESTE DOMINGO!

O Papo de Mãe deste domingo vai contar com a presença de mães e pais de crianças e adolescentes que, com habilidade e muito esforço, se destacam em diversas áreas e por isto são considerados  FILHOS CAMPEÕES.
Para o Presidente da Sociedade Sul-americana de Psicologia do Esporte, Benno Becker Júnior, a criança de 9 a 12 anos já tem condições de fazer suas escolhas quando o assunto é esporte. Segundo Benno, os pais devem oferecer informação sobre várias modalidades para que a criança decida e faça com prazer aquilo de que realmente se sente capaz e gosta, sem pressão ou cobranças de resultados olímpicos.
No estúdio, Mariana Kotscho e Roberta Manreza recebem também especialistas, entre eles o Dr. Nabyl Ghorayeb, especialista em cardiologia e medicina do esporte; a professora Maria Tereza Silveira Böhme, autora do livro “Esporte InfantoJuvenil: treinamento a longo prazo. Teoria e prática.”; e a psicóloga Roberta Lobato, especialista em psicologia do esporte e hospitalar.
Na reportagem de Rosangela Santos, você vai conhecer um ex-atleta que hoje ajuda o próprio filho e outros talentos a realizarem o sonho de se tornarem campeões. Davi de Almeida, na “vez do pai”, mostra a história de pai e filha campeões de xadrez. Tem ainda Pedrinho Tonelada e um papo pelas ruas, e as perguntas dos internautas com Clarissa Meyer.
Após o programa, converse conosco pelo chat aqui no blog. Acompanhe as nossas postagens durante a semana e as nossas redes sociais: twitter: @papodemae e facebook: Programa Papo de Mae I e II. E para entrar em contato conosco escreva para [email protected].
Papo de Mãe é um programa imperdível e fundamental para quem vive as dores e as delícias da vida em família. Informal com informação. Emocionante. Interativo. E com muita prestação de serviço. Neste domingo, 29/04/12, às 19 horas, na Tv Brasil.













#FICADICA: LEITURA - Psicopedagogia em Tempo de Expansão

Atenção para nossa dica de hoje!!!

Lançamento do livro
Psicopedagogia em Tempo de Expansão”
Dia 05/05/2012 – das 11:00 às 14:00 hs.
Livraria da Vila – Alameda Lorena, 1731
São Paulo - SP


Esta obra traz diversas experiências em distintas áreas profissionais em que, tomando o trabalho psicopedagógico como eixo, são apresentadas diferentes perspectivas do mesmo, mais especificamente na primeira infância, no contexto escolar, na esfera empresarial, na educação financeira e no cuidado com idosos. O propósito do livro é trazer referências para professores, psicopedagogos, pesquisadores, educadores, entre outros em geral, apontando novos rumos e possibilidades para a área. Com artigos de: Denise S. Levy, Izi Pozzi de Tovar, Loreny Pozzi, Patricia Simão, Telma Martins Peralta e organização de Maria Eliza de Mattos Pires Ferreira.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Liberdade Vigiada: Pai ‘grampeia’ filho autista e descobre agressões verbais da professora

E já que o tema da semana é LIBERDADE VIGIADA, seus prós e contras, bem oportuna esta reportagem abaixo. Leiam e revoltem-se!!! #absurdo  

Em tempos de grampos e escandalosas revelações feitas graças a escutas legais (e talvez até ilegais), imagine mandar uma criança “grampeada“ para a escola a fim de descobrir abuso por parte dos professores? Você faria isso?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

#FICADICA: artigo da Cia das Mães + novo livro de Natércia Tiba

Oi, pessoal!!!
Hoje temos duas dicas interessantes para vocês. A primeira vem das meninas da Cia das Mães: o artigo  Educar é “a” questão, de autoria de Helena Grinover e Márcia Arantes,  questiona a participação das crianças nas redes sociais. Vocês podem conferi-lo clicando aqui. Aproveitem para navegar pelo site e conhecer o trabalho da Cia das Mães!
A segunda dica é o novo livro da psicóloga e psicoterapeuta Natércia Tiba, cujo lançamento oficial acontece no dia 08 de maio, na Livraria da Vila, em São Paulo/SP.

Natércia Tiba aborda os dilemas do cotidiano feminino e desafios das relações familiares em lançamento da Integrare Editora


Nas últimas décadas, o papel da mulher tem sofrido muitas transformações. Muitas conquistas foram realizadas como melhores empregos e ocupação de um espaço cada vez significativo na sociedade, mas com isso surgiu a dupla jornada. Elas, além de se firmarem enquanto profissionais de sucesso, ainda precisam dar conta das atividades que dizem respeito à administração da casa e da família. Diante deste contexto, é muito comum que mulheres tenham sentimento de culpa latente. O resultado é, em alguns casos, uma vida exaustiva e angustiante.
Em Mulher sem Script, lançamento da Integrare Editora que chega às livrarias de todo País em maio, a psicóloga e psicoterapeuta Natércia Tiba mostra um olhar leve e descontraído para a realidade, a partir do qual é possível refletir e crescer como pessoa, bem como melhorar a qualidade dos relacionamentos. Para isso, reuniu em seu livro crônicas que remetem às situações comuns ao universo feminino que incluem desde a maternidade e a carreira, até o jogo de cintura necessário para lidar com os desafios dos relacionamentos e da rotina.
Como a própria autora deixa claro, Mulher sem Script é um livro de crônicas que não traz soluções nem receitas, mas compartilha reflexões não apenas da psicóloga, mas também da mulher, mãe, esposa, filha e irmã. “Este livro é um recorte, um parênteses em meio ao dia-a-dia no qual me senti à vontade para falar e refletir sobre relacionamentos e comportamentos, crenças e valores, mas também dar voz à angústias que muitas de nós sentimos, mas não expressamos por julgarmos politicamente incorretas, ou por receio de que sejam mal interpretadas se colocadas fora do contexto apropriado”, ressalta a especialista.
Com prefácio do psiquiatra e educador Içami Tiba, a obra traz exemplos reais, como o relatado na crônica “Foi dada a largada”, em que Natércia discorre sobre a dura, mas gratificante, rotina de levantar cedo para mandar as crianças para a escola. Outro exemplo do cotidiano e que também pode gerar empatia com o público é o narrado em “Vivendo a vida por inteiro”, onde a especialista fala sobre o peso que o modelo tradicional feminino ainda exerce, não permitindo que as mulheres abram mão de funções que não mais precisam ser exercidas por elas e ao mesmo tempo, sentindo-se culpadas por obter prazer em realizações no papel profissional e não apenas no papel que ocupa dentro da família.
Todas essas situações, comuns a grande maioria das mulheres, são tratadas em textos bem-humorados e complementadas por imagens divertidas e sensíveis em parceria com o ilustrador André Ceolin.

Mulher sem Script, de Natércia Tiba
 Integrare Editora, 2012 -www.integrareeditora.com.br
Lançamento: 08/05/12 - Livraria da Vila - SP/SP

terça-feira, 24 de abril de 2012

LIBERDADE VIGIADA: Dicas para controle dos filhos na Internet

* Por Marcos Ferreira
As crianças de hoje tem acesso cada vez mais cedo à Internet e, consequentemente, às redes sociais, exigindo dos pais, uma dedicação maior para compreender as atividades online de seus filhos e estabelecer regras apropriadas.
Neste artigo, apresento algumas dicas que podem ser aplicadas no cotidiano, sem deixar de lado, o uso de softwares que ajudam a monitorar e implementar regras mais rígidas.
Esse tipo de software, conhecido como “Controle de Pais”, oferece uma melhor combinação para proteger as crianças online, determinando o tempo que é permitido o uso do computador, bloqueando sites com conteúdo impróprio, dentre outras funcionalidades.
Confira abaixo algumas dicas que já irão ajudar:
Uso do Computador
Os pais precisam determinar a quantidade adequada de tempo on-line para cada criança. Isso pode significar apenas alguns dias da semana, algum tempo extra nos fins de semana ou impor um tempo definido durante a noite.
Oriente seus filhos a nunca passar informações pessoais online e não responder a mensagens de pessoas que não conhecem.

Enquanto estão online, observe. Se possível, mantenha os computadores da família em áreas abertas.
Explique claramente o que é um comportamento apropriado e insista que essas regras sobre a Internet sejam aplicadas em casa e na escola.

Facebook
- Organize seus amigos em “Listas”, isso irá facilitar o controle de privacidade que cada pessoa poderá visualizar;
- Em “configurações de privacidade”, escolha o nível “personalizado”, você terá um controle maior e poderá adicionar as listas criadas anteriormente;
- Em “como conectar”, você pode restringir como as pessoas podem te encontrar;
- Na opção “Perfil” e “Marcação”, existem configurações importantes, como quem pode publicar no seu mural e as marcações feitas em fotos;
- Álbuns de fotos: nas configurações dos álbuns, existe a possibilidade de restringir o acesso a certas pessoas ou manter o conteúdo privado. Neste caso,  a pessoa poderá adicionar as listas criadas anteriormente para fazer um controle;
- Procure usar senhas fortes, que tenham caracteres com letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais.
Alguns cuidados simples podem aumentar consideravelmente a sua segurança e a dos seus filhos online. Porém, o uso de softwares para se obter um controle maior, se torna indispensável. 
Procure sempre a ajuda de um especialista de confiança que seja ético, pois o mesmo deverá explicar o funcionamento da ferramenta (como ativar e desativar) e também deve garantir que nenhuma informação pessoal obtida através do uso dessas ferramentas será divulgada. Na dúvida, não use!
Marcos Ferreira é especialista em segurança da informação na TrustSign Certificadora Digital e participou como convidado do Programa Papo de Mãe sobre LIBERDADE VIGIADA exibido em 22.04.2012.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Liberdade Vigiada: Atitudes que aproximam você do seu filho

Por Tiago Tamborini*

1. Não negue que coisas ruins ou perigosas também geram prazer. Álcool, maconha, sexo sem segurança, transgressão de regras podem e costumam gerar prazer entre os jovens. Não negue isso para você mesmo e nem para seus filhos. Ao invés disso, exponha as consequências que esses prazeres podem trazer, deixando claro que prazer não é sinal de saudável ou correto.

2. Não confunda paternidade com amizade! Dê a seu filho o respeito, o carinho, a dedicação e o limite que só pai e mãe podem dar. Preserve sua intimidade e seja cauteloso no acesso à intimidade do seu filho. Ser um bom pai e uma boa mãe já é garantia de amizade com seus filhos. Lembre-se: pai e mãe são referência de certo e errado desde que nascemos. Já os amigos... nem sempre!

3. Pense duas vezes antes de expor seu filho na frente dos amigos. Dar broncas na frente dos colegas, contar segredos ou falar sobre possíveis “micos” cometidos é fatal na relação com o seu filho. Há uma regra simples: na frente dos amigos, ELE é “o cara”.

4. Conheça e saiba fazer, quando possível, o que ele conhece e faz. Aprenda a “mexer” no Orkut, Facebook, MSN, entre outros. Importante: só podemos criticar o que conhecemos bem, caso contrário, o que estamos criticando?

5. Participe das conquistas e reforce as atitudes positivas. Sempre privilegie os acertos e pontue os erros de maneira construtiva. Cuidado com frases do tipo: “Eu sabia que você não ia conseguir!”, “Só podia ser você para fazer uma porcaria dessa!”, “Você nunca me escuta!”, “Não fez mais do que a sua obrigação!”

6. Entre levar ou buscar seu filho nas festas, prefira buscar. É no final da “balada” que você saberá se tudo correu bem com ele e com os amigos. Não negue carona e aproveite a situação para conhecer melhor quem anda com seu filho. Mas, cuidado: não formule um inquérito.

7. Procure entender o que faz parte da idade e pare de cobrar o que ele não pode dar. A possibilidade de fracasso é grande quando exigimos que um jovem de 15 anos não oscile de humor constantemente, não queira correr mais riscos, não tenha uma sexualidade à flor da pele e não fique mais distante da família.

8. Dentro de um limite saudável, permita que ele identifique-se com o grupo de amigos através das roupas que quer usar e das músicas que quer ouvir. Isso é importante para ele, e você, possivelmente, já passou por isso.

*Tiago Tamborini é psicólogo especializado em atendimento infantil, de adolescentes e orientação familiar. Participou como especialista convidado do Papo de Mãe sobre LIBERDADE VIGIADA, exibido em 22.04.2012.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

LIBERDADE VIGIADA É O TEMA DO PAPO DE MÃE DESTE DOMINGO!

Câmeras por todos os lados, celulares com GPS, programas de monitoramento de internet... Como será que nossos filhos se sentem sendo vigiados praticamente 24 horas por dia? Será que tudo isto é importante para garantir a segurança ou tem horas que é exagero? O tema do Papo de Mãe deste domingo é LIBERDADE VIGIADA.
No estúdio, Mariana Kotscho e Roberta Manreza recebem mães, filhos e especialistas, entre eles o psicólogo Tiago Tamborini, a psiquiatra Cecília Gross e o especialista em segurança da informação Marcos Ferreira. Tem ainda reportagens especiais com Rosangela Santos, Mariana Verdelho, Pedrinho Tonelada e a participação dos internautas com Clarissa Meyer.
Após o programa, converse conosco pelo chat até as 20:30 horas. Acompanhe as postagens do blog ao longo da semana assinando nosso Feed. Siga também o Papo de Mãe pelo twitter (@papodemae) e curta a nossa fan page no Facebook (Programa Papo de Mãe II).
Papo de Mãe é um programa imperdível e fundamental para quem vive as dores e as delícias da vida em família. Informal com informação. Emocionante. Interativo. E com muita prestação de serviço. Neste domingo, 22/04/2012, EXCEPCIONALMENTE às 18:30 horas, na TV Brasil.
















quarta-feira, 18 de abril de 2012

VÍDEO: Programa sobre Manias e Tiques!

Agora sim!!! Conforme prometido, na íntegra para vocês, o programa sobre Manias e Tiques!!!

Caso não consiga visualizar clique abaixo:

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) pode ter origem infecciosa

PANDAS: uma nova doença?

Por Sheila Knupp Feitosa de Oliveira
Doutora. Professora adjunta, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ. Presidente, Núcleo Gerencial, Departamento Científico de Reumatologia Pediátrica, Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
               
RESUMO
OBJETIVO: Apresentar as bases diagnósticas e analisar as evidências que têm sido apontadas para a etiopatogenia, tratamento e profilaxia de PANDAS.
FONTES DOS DADOS: Revisão de literatura científica através do MEDLINE no período de 1989 a 2006.
SÍNTESE DOS DADOS: Os critérios diagnósticos para PANDAS foram estabelecidos há quase 10 anos, mas ainda há muita controvérsia sobre a real existência desta nova doença pediátrica. A escolha deste nome para uma nova doença, supostamente de origem pós-estreptocócica, baseia-se no acrônimo de P (pediátrico, porque ocorre em crianças), A (auto-imune), N (neuropsiquiátrico), D (doença), A (associada) e S (Streptococcus). Os tiques e os sintomas obsessivo-compulsivos são as principais manifestações clínicas da doença e surgem após infecções estreptocócicas, provavelmente por mecanismos auto-imunes. Apesar de estes sintomas neuropsiquiátricos serem comuns na coréia reumática, também de etiologia pós-estreptocócica, em PANDAS faltam os movimentos clássicos da coréia e as outras manifestações de febre reumática. As possibilidades de terapia antimicrobiana e imunológica estão sendo pesquisadas e demonstram viabilidade de uso em alguns casos.
CONCLUSÕES: Pesquisas ainda são necessárias para responder à pergunta-título. Enquanto isso não ocorre, a identificação de casos de tiques e transtorno obsessivo-compulsivo em crianças deve considerar a possibilidade de PANDAS, buscando a evidência de infecção estreptocócica precedendo os episódios.
Clique AQUI para ler o artigo na íntegra.
Fonte: www.scielo.br

terça-feira, 17 de abril de 2012

A ansiedade e as manias das crianças

A ansiedade da criança nessa fase pode provocar hábitos que ela não controla - Redação Crescer
Roer unha, enrolar o cabelo, estalar a língua, balançar a perna enquanto está sentada, coçar a cabeça. Essas manias podem demostrar a ansiedade da criança, típica dos momentos de descoberta, como a época da alfabetização, dos 6 aos 7 anos. "O tique nervoso não é habitual na criança. É uma manifestação de que algo a está desagradando, mas que ela não consegue expressar. Já as manias são passageiras e manifestam alguma dificuldade temporária, vinculada principalmente à novidade que ocorre com o processo de alfabetização", afirma Ana Lisete Frontini Pereira Rodrigues, psicopedagoga e psicanalista.

Ana explica que o tique nervoso ocorre devido à ansiedade da criança. É que os pais, em geral, criam expectativas sobre o rendimento escolar do filho. No momento em que a escola deixar de ser brincadeira e se torna mais séria, a criança fica mais sensível à cobrança dos pais e dos professores, e passa a fazer comparações com a produção de seus coleguinhas de classe. Segundo ela, os pais devem observar as atitudes do filho com acolhimento, mas também a escola tem um papel importante nessa passagem. "Em geral, o professor tem a preocupação de cuidar para que o processo de aprender a ler e escrever seja tranqüilo, conciso e consciente", diz.

Observação
Para a pedagoga Débora Silva Vaz de Almeida, a maioria dos casos em que, como coordenadora de colégio, presenciou o desenvolvimento de tiques, percebeu que ou a criança queria mais atenção dos pais ou os pais davam menos atenção do que ela precisava. "Muitas vezes é algo passageiro, uma forma inconsciente de a criança chamar a atenção. A criança quer dizer que algum problema existe", afirma. Ela recomenda que, se a mania for persistente, a criança deve ser ouvida por um psicólogo ou por um psicopedagogo. Por isso, é essencial estar atento a ela, observando em que situações a mania aparece.

Escola
Débora, que é consultora do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores do Ministério da Educação, aponta que a ansiedade do aluno não depende de um fator isolado. "Pais tensos em relação ao desempenho do filho e escolas autoritárias são fatores que contribuem", diz. Em suas palestras, ela ensina que a escola deve trabalhar em parceria com os pais na avaliação do aluno. "Já não se trabalha mais com a idéia de que avaliar aluno é dar nota, mas sim observá-lo e descrevê-lo", diz, informando que as escolas são orientadas a fazer relatórios individuais das crianças, que são passados para os pais nas reuniões.

Xô manias!
- Observe se seu filho costuma fazer movimentos repetitivos.
- A hora em que ocorre, a freqüência e a situação também devem ser levadas em consideração.
- Se a criança vive colocando a mão na boca, procure manter suas mãos ocupadas, para que ela se distraia.
- Não supervalorize as manias, pois elas podem ser temporárias. Se repreender constantemente a criança, ela pode usar isso como forma de chamar sua atenção.

Leia também:


***
#FICADICA
 Projeto Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo (PROTOC)
Criado em 1994 como fruto do interesse em se pesquisar e tratar o Transtorno Obsessivo-Compulsivo e os transtornos a ele relacionados, dentre os quais a Síndrome de Tourette e o Transtorno Dismórfico Corporal. Acesse www.protoc.com.br e saiba mais.
Clique AQUI para acessar o livreto "Aprendendo a viver com o TOC".


segunda-feira, 16 de abril de 2012

MANIAS E TIQUES: TOC - TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO

Olá!
Daremos início às postagens da semana com este material enviado pela psiquiatra da infância e adolescência, Dra. Rosa Morais, especialista que esteve presente no programa deste último domingo.

***
O que é o transtorno obsessivo compulsivo?
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno psiquiátrico na maioria das vezes crônico, caracterizado pela ocorrência de pensamentos ou imagens intrusivos (obsessões) e atos repetitivos (compulsões), que em geral visam diminuir a ansiedade ou o desconforto gerado pelas obsessões.
O transtorno obsessivo-compulsivo afeta aproximadamente 2% da população, freqüentemente tem seu início na infância ou adolescência e é potencialmente incapacitante.O TOC se manifesta independentemente da idade, sexo, raça, inteligência, estado civil, nível sócio-econômico, religião ou nacionalidade. Para o diagnóstico, os sintomas devem causar sofrimento ao paciente ou interferir no convívio com seus familiares, devem ocupar ao menos uma hora por dia ou interferir significativamente na rotina do paciente.
Existem causas específicas para este transtorno? O que pode 'desencadear' o TOC? O TOC é hereditário?
Atualmente acredita-se na interação entre fatores genéticos (hereditariedade, mutações) e ambientais (p. ex. experiências traumáticas, exposição a bactérias) para que se desenvolva o TOC. No TOC é comum várias pessoas serem afetadas em uma mesma família. Parentes de primeiro grau de portadores de TOC têm risco aumentado para desenvolverem TOC. O início dos sintomas pode ocorrer sem um fator desencadeante específico, ou pode-se identificar um fator de estresse psicológico ou biológico antes do início dos sintomas.
Em que idade se manifesta o TOC? Atinge mais homens ou mulheres?
Nos homens é mais comum o início precoce dos sintomas, antes dos 10 anos de idade. Nas mulheres é mais comum o TOC começar no início da idade adulta. Homens e mulheres são igualmente afetados.
Para que serve um estudo de pesquisa clínica?
Um estudo de pesquisa clínica é um estudo médico concebido para responder a perguntas importantes sobre a segurança, eficácia e sequência dos tratamentos, por exemplo:
O medicamento em investigação melhora os sintomas do paciente?
Causa efeitos colaterais?
Qual a dosagem que funciona melhor?
Qual a melhor sequência diante da possibilidade de múltiplos tratamentos?Como decidir qual tratamento oferecer primeiro?
Como decidir quando oferecer tratamento farmacológico ou psicoterápico?
O que é o SMART?
É um estudo que visa desenvolver e avaliar estratégias adaptativas para tratamento de crianças e adolescentes com transtornos psiquiátricos no contexto da saúde pública. No nosso estudo o objetivo é definir qual sequência de tratamentos é mais adequada para jovens com TOC. Para isso, desenvolvemos um projeto de tratamentos sequenciais randomizados (do inglês Sequential Multiple Assignment RandomizedTrial - SMART). O estudo é desenvolvido em dois centros de pesquisa – Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e Universidade de Pernambuco.
Qual a importância do SMART?
É importante buscarmos uma maneira de oferecermos tratamentos de primeira linha na rede pública baseados em resultados que levem em conta características dos pacientes e fatores que influenciam a resposta aos diferentes tipos de tratamento. Assim, os recursos disponíveis podem ser melhor disponibilizados. Esta pesquisa vai verificar se existem diferenças entre se iniciar o tratamento do TOC com medicamentos ou com terapia cognitiva-comportamental em grupo para crianças e adolescentes, levando em conta diversas características dos pacientes (sexo, idade de início dos sintomas, presença de outros diagnósticos psiquiátricos concomitantes, entre outros).
Quem trabalha no SMART?
A equipe do SMART é formada por psicólogos especializados em terapia cognitiva-comportamental, neuropsicólogos, médicos psiquiatras, psiquiatras da infância e adolescência, cirurgiões dentistas, além da equipe administrativa.
Para quem é o SMART?
O SMART é destinado a crianças e adolescentes entre 6 anos e 6 meses e 17 anos e 4 meses que apresentem pensamentos, imagens ou impulsos repetitivos e comportamentos repetitivos (manias”), como por exemplo lavagem excessiva demãos, organização/arrumação excessiva de objetos, necessidade de repetir ações, verificação, necessidade de “ter certeza” ou superstições exageradas.
O que o SMART oferece?
O SMART oferece avaliação da saúde mental dos participantes por meio da aplicação de entrevistas diagnósticas, avaliação laboratorial e exames de imagem. O tratamento poderá ser com uso de medicamentos e/ou terapia cognitiva-comportamental em grupo.O acompanhamento especializado durará 1 ano.
O que é terapia cognitiva-comportamental (TCC)?
A TCC é uma forma de terapia que utiliza diferentes estratégias para que, gradualmente, o paciente possa se expor às situações que provocam ansiedade sem precisar realizar rituais para alívio da ansiedade.
Por que usar a fluoxetina?
A fluoxetina é um antidepressivo que atua na inibição da receptação da serotonina. É amplamente estudada, inclusive em crianças e adolescentes, e tem eficácia e segurança comprovadas para o tratamento do TOC. Não causa dependência e possui apresentação em gotas, o que permite o aumento gradual da dose e a administração a crianças menores, com dificuldade para engolir cápsulas ou comprimidos.
O que acontece nas consultas?
As consultas para aqueles que fazem tratamento medicamentoso acontece a cada 15 dias e constam de avaliação do peso e altura, avaliação médica e identificação de eventuais efeitos adversos. Para os participantes que fazem terapia em grupo, os encontros são semanais com 1h30 de duração. Não é possível escolher o tipo de tratamento inicial, este é definido por sorteio, para garantir a neutralidade do método científico.
O que eu faço se estiver interessado em participar?
Entre em contato pelos telefones 11.2661-6972 ou 11.2661-7594 ou email [email protected], deixe nome e telefone de contato e mencione o interesse no projeto de tratamento de crianças com TOC. Será realizada uma pré-triagem telefônica e, caso o voluntário tenha o perfil exigido para participação, será agendada uma avaliação presencial para confirmação diagnóstica e admissão no projeto.
***
#FICADICA
LEITURA

Borghettinho – a história do menino gaiteiro!
Encantando adultos e crianças de todas as idades, livro escrito por Paulo Ferrari e Wilson Tubino conta, através de coloridas ilustrações e versos, parte da infância de “Borghettinho” – apelido do conhecido instrumentista gaúcho Renato Borghetti.


Com uma leitura leve e divertida, “Borghettinho – a história do menino gaiteiro!” transforma o famoso gaiteiro Renato Borghetti em personagem ilustrado, mostrando de forma lúdica e animada seus amigos, família e animais de estimação. 
Entre as poesias, o livro apresenta as brincadeiras preferidas de Borghettinho convidando os pequenos leitores a interagir através de jogos como caça-palavras, passatempos, adivinhações, sete erros, cruzadinhas, e muitos outros, que garantirão ainda mais a alegria da criançada!
“Borghettinho – a história do menino gaiteiro!” é uma publicação para ser apreciada em família, nas escolas, nos centros de movimentos tradicionalistas gaúchos e pelos milhares de fãs de Borguettinho espalhados por todos os cantos do mundo.
A publicação foi lançada na 57ª Feira do Livro de Porto Alegre (RS), que foi realizada entre os dias 28 de outubro a 15 de novembro de 2011.

Borguettinho: a história do menino gaiteiro
Autores: Paulo Roberto Ferrari e Wilson Tubino
Editora Fábrica de Leitura
Páginas: 32
Preço sugerido: R$ 39,50
Outras informações:
http://www.fabricadeleitura.com.br

sexta-feira, 13 de abril de 2012

MANIAS E TIQUES É O TEMA DO PAPO DE MÃE DESTE DOMINGO!

Roer unhas, morder os lábios, piscar demais, mexer no cabelo, lavar as mãos várias vezes por dia... Cerca de 20% das crianças em fase escolar têm tiques e manias. Mas quais seriam as causas? E o que fazer para que uma mania não se transforme em algo mais sério como o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)? O Papo de Mãe deste domingo é sobre MANIAS E TIQUES.
No estúdio, Mariana Kotscho e Roberta Manreza recebem mães, filhos e especialistas, entre eles o psicólogo e professor Dr. Luiz Gonzaga Leite e a psiquiatra da infância e adolescência Dra. Rosa Morais.
Na reportagem de Rosangela Santos, vamos saber quando uma mania pode ser considerada um indício de um transtorno sério como o TOC ou a Síndrome de Tourette. Tem ainda Pedrinho Tonelada num papo pelas ruas e Mariana Verdelho num papo com adolescentes.
Após o programa, converse conosco pelo chat até as 21 horas. Acompanhe as postagens do blog ao longo da semana assinando nosso Feed. Siga também o Papo de Mãe pelo twitter (@papodemae) e curta a nossa fan page no Facebook (Programa Papo de Mãe II).
Papo de Mãe é um programa imperdível e fundamental para quem vive as dores e as delícias da vida em família. Informal com informação. Emocionante. Interativo. E com muita prestação de serviço. Neste domingo, 15/04/2012, excepcionalmente às 18:30 horas, na TV Brasil.








quinta-feira, 12 de abril de 2012

VÍDEO: FILHOS CADEIRANTES

Oi pessoal, o programa sobre FILHOS CADEIRANTES já está disponível para vocês!!!


Caso não consiga visualizar clique abaixo:
Bloco 1
Bloco 2
Bloco 3

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Doze preceitos sobre pessoas com deficiências – por Léo Buscaglia

Leo Buscaglia, educador ítalo-americano, autor do livro "Os deficientes e seus pais", elaborou 12 preceitos no sentido de percebermos as mudanças de paradigmas em relação às pessoas com deficiência no século XXI


 
1.    Lembre-se de que as pessoas com deficiência são indivíduos próprios. Elas não pertencem a você, à família, aos médicos, à sociedade.
2.    Lembre-se de que cada pessoa com deficiência é diferente das outras e que, independente do rótulo que lhe seja imposto para a conveniência de outras pessoas, ela ainda assim é uma pessoa "única". Não existem 2 crianças com síndrome de Down que sejam iguais, ou dois adultos com deficiência auditiva que respondam ou reajam da mesma forma.
3.    Lembre-se de que elas são pessoas antes de tudo e que têm o mesmo direito à auto-realização que quaisquer outras pessoas – no seu ritmo próprio, à sua maneira e por seus próprios meios. Somente elas podem superar suas dificuldades e encontrar a si mesmas.
4.    Lembre-se de que as pessoas com deficiência têm a mesma necessidade que você de amar e ser amado, de aprender, partilhar, crescer e experimentar, no mesmo mundo em que você vive. Elas não têm um mundo separado. Existe apenas um mundo.
5.    Lembre-se de que as pessoas com deficiência têm o mesmo direito que você de fraquejar, falhar, sofrer, desacreditar, chorar, proferir impropérios, se desesperar. Protegê-las dessas experiências é evitar que vivam.
6.    Lembre-se de que somente as pessoas com deficiência podem lhe dizer o que é possível para elas. Nós, que as amamos, devemos ser observadores atentos e sintonizados.
7.    Lembre-se que as pessoas com deficiência devem agir por conta própria. Podemos oferecer-lhes alternativas, possibilidades e instrumentos necessários – mas somente elas podem colocá-los em ação. Nós podemos apenas permanecer firmes, e estar presentes para reforçar, encorajar, ter esperanças e ajudar quando possível.
8.    Lembre-se que as pessoas com deficiência, assim como nós, estão preparadas para viver como desejarem. Elas também devem decidir se desejam viver em paz, com amor e alegria, como são e com o que têm, ou deixar-se ficar numa apatia lacrimosa, esperando a morte.
9.    Lembre-se de que as pessoas com deficiência, independente do grau, têm um potencial ilimitado para se tornar não o que nós queremos que sejam mas o que elas desejam ser.
10. Lembre-se de que as pessoas com deficiência devem encontrar sua própria maneira de fazer as coisas – impor-lhes nossos padrões (ou os da cultura) é irreal e até mesmo destrutivo. Existem muitas maneiras de se amarrar os sapatos, beber em um copo, chegar até o ponto do ônibus. Há muitas formas de se aprender e se adaptar. Elas devem encontrar a forma que melhor se lhes ajuste.
11. Lembre-se de que as pessoas com deficiência também precisam do mundo e das outras pessoas para que possam aprender. O aprendizado não acontece apenas no ambiente protetor do lar ou em uma sala de aula, como muitas pessoas acreditam. O mundo é uma escola, e todas as pessoas são professores. Não existem experiências insignificantes. Nosso trabalho é agir como seres humanos afetuosos, com curativos emocionais sempre prontos para uma possível queda, mas com novos mapas à mão para novas aventuras!
12. Lembre-se de que todas as pessoas com deficiência têm direito à honestidade em relação a si mesmas, a você e a sua condição. Ser desonesto com elas é o pior serviço que alguém pode lhes prestar. A honestidade constitui a única base sólida sobre a qual qualquer tipo de crescimento pode ocorrer. E, acima de tudo, lembre-se de que elas necessitam do que há de melhor em você. A fim de que possam ser elas mesmas e que possam crescer, libertar-se, aprender, modificar-se, desenvolver-se e experimentar, você deve ter essas capacidades. Você só pode ensinar aquilo que sabe. Se você é aberto ao crescimento, ao aprendizado, às mudanças, ao desenvolvimento e às novas experiências, permitirá que elas também o sejam.
Fonte: Rede Saci - http://saci.org.br