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terça-feira, 17 de abril de 2012

A ansiedade e as manias das crianças

A ansiedade da criança nessa fase pode provocar hábitos que ela não controla - Redação Crescer
Roer unha, enrolar o cabelo, estalar a língua, balançar a perna enquanto está sentada, coçar a cabeça. Essas manias podem demostrar a ansiedade da criança, típica dos momentos de descoberta, como a época da alfabetização, dos 6 aos 7 anos. "O tique nervoso não é habitual na criança. É uma manifestação de que algo a está desagradando, mas que ela não consegue expressar. Já as manias são passageiras e manifestam alguma dificuldade temporária, vinculada principalmente à novidade que ocorre com o processo de alfabetização", afirma Ana Lisete Frontini Pereira Rodrigues, psicopedagoga e psicanalista.

Ana explica que o tique nervoso ocorre devido à ansiedade da criança. É que os pais, em geral, criam expectativas sobre o rendimento escolar do filho. No momento em que a escola deixar de ser brincadeira e se torna mais séria, a criança fica mais sensível à cobrança dos pais e dos professores, e passa a fazer comparações com a produção de seus coleguinhas de classe. Segundo ela, os pais devem observar as atitudes do filho com acolhimento, mas também a escola tem um papel importante nessa passagem. "Em geral, o professor tem a preocupação de cuidar para que o processo de aprender a ler e escrever seja tranqüilo, conciso e consciente", diz.

Observação
Para a pedagoga Débora Silva Vaz de Almeida, a maioria dos casos em que, como coordenadora de colégio, presenciou o desenvolvimento de tiques, percebeu que ou a criança queria mais atenção dos pais ou os pais davam menos atenção do que ela precisava. "Muitas vezes é algo passageiro, uma forma inconsciente de a criança chamar a atenção. A criança quer dizer que algum problema existe", afirma. Ela recomenda que, se a mania for persistente, a criança deve ser ouvida por um psicólogo ou por um psicopedagogo. Por isso, é essencial estar atento a ela, observando em que situações a mania aparece.

Escola
Débora, que é consultora do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores do Ministério da Educação, aponta que a ansiedade do aluno não depende de um fator isolado. "Pais tensos em relação ao desempenho do filho e escolas autoritárias são fatores que contribuem", diz. Em suas palestras, ela ensina que a escola deve trabalhar em parceria com os pais na avaliação do aluno. "Já não se trabalha mais com a idéia de que avaliar aluno é dar nota, mas sim observá-lo e descrevê-lo", diz, informando que as escolas são orientadas a fazer relatórios individuais das crianças, que são passados para os pais nas reuniões.

Xô manias!
- Observe se seu filho costuma fazer movimentos repetitivos.
- A hora em que ocorre, a freqüência e a situação também devem ser levadas em consideração.
- Se a criança vive colocando a mão na boca, procure manter suas mãos ocupadas, para que ela se distraia.
- Não supervalorize as manias, pois elas podem ser temporárias. Se repreender constantemente a criança, ela pode usar isso como forma de chamar sua atenção.

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