Aos domingos, 15h30
Reprise aos sábados, 11 horas
Na TV Brasil

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Dúvidas sobre amamentação

Olá, pessoal!
Domingo, 13h30, é dia de reprise do Papo de Mãe e o assunto da semana é AMAMENTAÇÃO. Conforme prometemos, segue uma lista das principais dúvidas e conselhos  retirados do site http://www.fiocruz.br/.
Como se preparar para amamentar?
 A mulher se prepara para a amamentar ao mesmo tempo em que ela se prepara para a maternidade. A amamentação é um dos cuidados mais importantes para a mulher-mãe e seu bebê. É muito importante que a mulher busque informações e também converse sobre amamentação com outras mulheres, com profissionais especializados em aleitamento materno e outras pessoas. Ela deve ficar atenta porque a experiência com a amamentação costuma ser diferente entre as mulheres, algumas passam por dificuldades iniciais, enquanto outras não encontram problemas.
A amamentação é muito influenciada pela condição emocional da mulher e pela sociedade em que ela vive. Por isso, o apoio do companheiro, da família, dos profissionais de saúde, enfim, de toda a sociedade é fundamental para que a amamentação ocorra sem complicações. Todos devem se informar e tirar as dúvidas antes e durante a amamentação.
E o preparo dos seios?
Durante a gestação a natureza prepara o seio para a amamentação. Ocorrem modificações naturais (fisiológicas) no organismo da mulher desde a gestação, preparando para a fase da amamentação: as mamas ficam maiores, as aréolas (parte escura da mama) tornam-se mais escuras e resistentes pela ação dos hormônios.
O que fazer?
Se for possível exponha o seio ao sol da manhã (até 10 h) por 15 minutos e use sutiã confortável, preferindo o de algodão.
O que não fazer?
Não faça pressão sobre a mama para verificar se está saindo leite. Não utilize cremes e pomadas na parte escura da mama (aréola e mamilo).
O Leite Humano:
É a alimentação ideal para todas as crianças. O leite humano por sua composição de nutrientes é considerado um alimento completo e suficiente para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê durante os primeiros 2 anos de vida. É um alimento de fácil e rápida digestão, completamente assimilado pelo organismo infantil.
Mas o leite humano é muito mais do que isso... 
Ele possui componentes e mecanismos capazes de proteger a criança de várias doenças. É um simbiótico: uma fonte natural de lactobacilos, bífidobactérias e oligossacarídios. Nenhum outro alimento oferece as características imunológicas do leite humano.  A mãe fornece ao filho componentes protetores, através da placenta e do seu leite, enquanto o sistema de defesa do bebê amadurece.
Além disso...
A amamentação favorece o vínculo mãe-filho e facilita o desenvolvimento emocional, cognitivo e do sistema nervoso. O leite humano é um alimento inimitável devido a sua complexa composição e o único que pode ser oferecido direto de mãe para filho.
Por todos estes motivos...
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as crianças sejam alimentadas exclusivamente com leite materno nos primeiros seis meses de vida e que, a partir de então, a amamentação seja mantida por dois anos ou mais, juntamente com o uso de alimentos complementares adequados.
A primeira mamada: 
É um momento de afeto entre a mãe e o bebê que os ajuda a alcançarem a amamentação ótima. É indicado que ainda na sala de parto, nos primeiros minutos das primeiras horas de vida, aconteça a primeira ida ao seio materno. É nesse momento com o contato pele a pele, o toque suave do corpo do bebê sobre o da mãe e em especial sobre o peito, estimulam na mulher a liberação de um hormônio (ocitocina) começando assim a descida do leite e também a contração uterina.
O leite nos primeiros dias pós-parto é chamado de colostro. Nele os fatores que protegem contra doenças estão em grande quantidade, funcionando como a primeira vacina para o bebê.
O bebê tem hora certa para mamar?
Nos primeiros dias o bebê mama freqüentemente. O intervalo entre as mamadas costuma ser curto e irregular, porque o bebê está se adaptando e ainda suga lentamente.  Com a continuação da amamentação, o bebê começa a sugar com maior eficiência, retirando maior volume de leite. Isso fará com que o bebê fique satisfeito por mais tempo e, conseqüentemente, o intervalo entre mamadas será maior, seguindo o ritmo de cada criança. Porque cada uma tem o seu próprio ritmo e por isso não devemos marcar o tempo de duração da mamada. Aos poucos a mulher vai conhecendo o seu bebê e percebendo o seu ritmo. Algumas crianças mamam das duas mamas a cada refeição, outras ficam satisfeitas mamando somente de uma. Então, podemos dizer que a amamentação deve ser em livre demanda.
Livre demanda:
Quando a amamentação segue o ritmo do bebê, sem se preocupar em seguir horário e duração pré-determinados.
Quando termina a mamada?
O bebê é quem marca o tempo da mamada. Então, cada mamada termina quando o bebê para espontaneamente de mamar e solta o seio materno. É muito importante que o bebê esvazie uma das mamas porque o leite do final da mamada contém maior quantidade de gordura, fazendo o bebê ganhar peso e ficar satisfeito. Assim, em cada mamada o bebê pode sugar somente um dos seios e ficar satisfeito ou pode precisar sugar o outro seio também.
O leite do começo é diferente do leite do final da mamada?
Quando a mamada começa, o leite é rico em proteína, lactose, vitamina, minerais, água e muitos fatores de proteção. No final da mamada o leite contém mais gordura e por isso fornece mais energia e permite que o bebê fique satisfeito. Por este motivo é importante que a mamada não seja interrompida, caso contrário o bebê pode mamar pouco do leite do final.
O que fazer quando a mulher está com muito leite?
Quando a mulher produz muito leite, pode acontecer de o bebê não conseguir mamar o leite com mais gordura e isso influencia no seu ganho de peso. Neste caso a mulher deve retirar um pouco do leite antes da mamada, possibilitando que seu bebê receba também o leite mais gordo, com mais energia e se desenvolva satisfatoriamente.
A mulher não deve deixar a mama muito cheia de leite (ingurgitadas) porque o leite parado dentro da mama pode “empedrar”. Sempre que a mulher perceber os seios pesados, doloridos ou com nódulos endurecidos, é necessário fazer massagem e retirar o leite, evitando a dor e o desconforto que o ingurgitamento costuma provocar.
Leia sobre a massagem e retirada do leite clicando aqui.
Quando ocorre o ingurgitamento?
 As mamas podem ficar endurecidas em torno do quarto dia pós-parto. É quando o leite desce em volume maior e o bebê não dá conta de mamar todo o leite produzido. É uma situação que perdura alguns dias onde a oferta (produção de leite) é maior do que a procura (necessidade do bebê) até que seja regularizada. Nesse momento a mulher deve fazer massagem e retirar o excesso de leite, podendo doar o leite para o Banco de Leite Humano mais próximo de sua residência.
Consulte aqui o Banco de Leite Humano mais próximo de você.

Como segurar o bebê para amamentar?
Na amamentação é muito importante a forma que o bebê suga o peito, a pega (como chamamos) deve ser na aréola e não no mamilo (bico do peito). Por isso o tamanho ou forma do mamilo não tem influência e quando a pega é feita com o bebê abocanhando a aréola, o leite sai com facilidade.
Para ajudar ao bebê a ter uma pega correta, é importante o jeito como a mulher segura seu filho para amamentar. O bebê precisa ficar de frente para ela (isto é, a barriga do bebê de frente para barriga da mãe) e também bem próximo ao peito. Para ficar próximo a mãe deve abraçar seu filho, envolve-lo com seus braços e sustenta-lo em seu colo e não em suas pernas.
Então, para facilitar ambos, mãe e filho, indicamos que seja colocado um travesseiro em cima das pernas da mãe onde ela poderá apoiar seu braço e ao mesmo tempo manter seu bebê ao colo e mamando.
A posição da mulher e do bebê na amamentação pode variar?
Sim, tanto a mulher quanto o bebê podem variar suas posições, mas é necessário que em qualquer posição o bebê esteja de frente para sua mãe (a barriga do bebê de frente para barriga da mãe), para favorecer que ele tenha uma pega correta. 
A mulher pode estar sentada ou deitada. A criança pode estar na posição mais tradicional ou em posição invertida ou ainda pode estar sentada em cavalinho ou deitada na cama com sua mãe. O importante é que estejam confortáveis.
Como o leite humano é produzido?
Logo após o nascimento do bebê as mamas podem parecer vazias, mas estão produzindo o volume de leite que o bebê necessita. Após alguns dias, as mamas começam a ficar mais cheias, podendo ser necessário que a mulher retire um pouco do leite que está sobrando na mama.
Em geral, após as primeiras semanas, apesar de continuar a produzir o leite suficiente para o bebê, as mamas parecem menos cheias e ficam mais macias, parecidas como eram antes da gestação. Isto faz com que as mulheres pensem que não estão mais produzindo leite suficiente. Mas estão produzindo sim. Nessa fase funciona a “lei da oferta e procura”: o leite é produzido de acordo com o que o bebê mama e a cada mamada.
Existe leite fraco?
Não. Toda mulher produz o leite adequado para o seu filho.
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Por enquanto é isto, pessoal. Não deixem de assistir ao programa e acompanhar as postagens aqui do blog. Além da reprise no domingo, às 13h30, ainda tem mais Papo sobre AMAMENTAÇÃO na segunda, 12h30, e na terça, 18h30. Fiquem ligados!
Beijos,
Equipe Papo de Mãe

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Amamentação

Olá!!!
Nesta semana o Papo de Mãe estreou sua nova temporada com o tema AMAMENTAÇÃO. Quem acompanhou o programa desta quinta-feira conferiu inúmeras dicas sobre este assunto tão importante.
A Organização Mundial de Saúde considera bom o país que tenha ao menos 80% das crianças com menos de seis meses em amamentação exclusiva e recomenda que até esta idade o bebê seja alimentado exclusivamente com o leite materno.
Infelizmente, o Brasil tem atualmente 41% dos bebês nessas condições, pois nem sempre as mães podem ou conseguem amamentar o período recomendado. A volta ao trabalho, a falta de informação e outros diversos fatores ainda atrapalham a amamentação.
O que muita gente não sabe é que as mulheres que trabalham fora têm o direito de amamentar mesmo que estejam em horário de serviço. A lei garante à mulher, após o período de licença maternidade, dois descansos remunerados de meia hora por dia para amamentar o bebê até ele completar seis meses de idade.
E por falar em licença, já está em vigor a lei que garante às servidoras públicas a licença maternidade com duração de 180 dias. Algumas empresas privadas já estão aderindo ao novo modelo e, ao que tudo indica, estamos caminhando para que esta se torne a regra geral. Afinal, de que adianta recomendar a amamentação exclusiva por no mínimo 6 meses e não dar à mulher o direito de estar ao lado do seu bebê neste período?
Nas próximas postagens daremos algumas dicas sobre amamentação,  falaremos a respeito dos bancos de leite e da doação de leite materno. Fiquem agora com o relato da nossa telespectadora Érika Marluce Machado, mãe da pequena Isabel. Ela nos conta que passou por algumas dificuldades no início, mas conseguiu superá-las e amamentou a filha até 1 ano de vida.
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"Bom dia, Mariana e Roberta!!
Estou gostando muito do programa Papo de Mãe! Creio que estava faltando um programa assim na televisão. O programa é muito bom, vocês estão de parabéns!Quero aproveitar a oportunidade para me apresentar e contar um pouquinho da minha história. Tenho 30 anos e uma princesinha chamada Isabel de 1 ano e 3 meses.
A Isabel teve amamentação exclusiva no seio até os 6 meses. Não dei água, suquinho, chá ou qualquer outra forma de alimentação até ela completar os 6 meses. Após isso, comecei a sua alimentação por meio de suco de frutas, depois papinha de frutas e papinha salgada. Mesmo assim, ela continuou mamando no seio até completar 1 ano.
Mas foi muito difícil no início. Eu ficava dias e dias sentadas na cadeira de amamentação para fazê-la pegar o peito. Por várias vezes, tive que retirar o leite com uma bomba e dar na chuquinha... Mas isso não me fez desistir! Consegui abolir a chuquinha e passei a dar só o seio.
Como eu tinha o bico do seio pequeno, usei durante 4 meses uma concha de silicone entre o meu seio e o sutiã para manter o bico já pronto para ela sugar. Assim, quando era hora dela mamar, o bico já estava saliente.
Não senti dor. Acho que era porque ela era uma bebezinha preguiçosa, pois quando meu seio estava cheio ela sugava desesperadamente já querendo passar para o outro sem fazer o esforço para sugar até o final. Eu ficava com medo, pois a parte "grossa" do leite é justamente o final, aquela que faz o bebê engordar...
Não foi fácil no começo, mas eu adorava amamentar! Era um momento maravilhoso. Não esqueço o jeitinho que ela me olhava nestas horas... Nós duas fomos aprendendo uma com a outra e eu consegui levar a amamentação até ela completar 1 ano.
Porém, desde os 11 meses, meu leite foi secando naturalmente. Fiquei triste, pois queria ter amamentado por mais tempo. Mas sou agradecida a Deus por ter conseguido amamentar durante esse período. Sei que há mulheres que não conseguem, seja por dores no seio ou falta de informação. Mas nós conseguimos e isto é uma vitória minha e dela!
Foi muito bom para mim amamentá-la. Apesar de ouvir de várias pessoas que “só o leite materno não sustenta”, que “deveria dar chá, água, mingau e etc”, “que tinha pouco leite”, eu consegui! E hoje ela é uma menina saudável que se alimenta muito bem. Não come doces nem frituras e gosta muito de fruta: manga, kiwi, pêra e maçã são as preferidas.
Bem, é isto que tenho a compartilhar com vocês! Espero poder ter ajudado compartilhando com outras mães essa minha experiência.
Beijos e fiquem com Deus!"
Érika
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Querida, Érika!
Muito obrigada pela sua colaboração. Parabéns pela persistência! Sabemos que amamentar é um gesto de amor e foi isto que você demonstrou com todo seu empenho, apesar das dificuldades. Temos certeza que seu relato ajudará muitas mães que estão passando por uma situação semelhante.
Bem, para quem perdeu o PAPO sobre AMAMENTAÇÃO, ainda tem a chance de assistir a reprise do programa no domingo, 13h30; na segunda, 12h30 e na terça, 18h30.
Deixamos agora o espaço aberto a outras mães que queiram compartilhar suas experiências conosco. Cliquem em “comentários” e sintam-se à vontade!
Um grande beijo,
Equipe Papo de Mãe

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

AMAMENTAÇÃO: programa inédito!

Olá a todos!
Amamentação é o tema do programa inédito do Papo de Mãe desta semana. Vamos conversar sobre a importância do aleitamento materno para saúde de nossas crianças, o tempo adequado para amamentar e a dificuldade que algumas mães possuem de produzir leite. E mais, saibam como funcionam os bancos de leite e a doação de leite materno!

Fiquem ligados!!! Nesta quinta (25), 18h30, na TV Brasil. Reprises no domingo, 13h30; na segunda, 12h30 e na terça, 18h30.
Um grande beijo,
Equipe Papo de Mãe

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Limites: vizinhos interferindo???

Olá!!!
Ontem, o Papo de Mãe reprisou o programa sobre limites. Nós que somos pais sabemos bem como é difícil impô-los e, principalmente, controlarmos uma criança na hora do chilique, não é verdade? Além de todo o estresse da situação, ainda temos que lidar com a reprovação dos olhares alheios. As pessoas nos julgam e condenam como se fossemos os piores pais do planeta... Se não bastasse isso, ainda tem gente que se sente no direito de interferir!
Confiram o relato indignado de uma mãe sobre o que aconteceu com ela recentemente:

“Meninas, preciso dividir com vocês uma coisa absurda que me aconteceu recentemente. Certo dia, às 9 da noite, com sono, meu filho, no auge dos seus quase 3 anos, resolveu dar um chilique daqueles. Começou a chorar e berrar que não queria escovar os dentes, que não queria dormir, que não queria ser chamado pelo nome, enfim... E eu, em vão, tentando acalmá-lo... Até que ele se debateu tanto que acabou batendo a boca na pia do banheiro. Começou a chorar dizendo “mamãe, bateu, mamãe bateu”. Ou seja, ele queria dizer pra mim que ele tinha batido com a boca na pia...
No auge do escândalo, toca meu interfone. Era minha vizinha. Segundo ela, iria me denunciar para o Conselho Tutelar porque eu estava – pasmem - espancando meu filho!!! Imagina, sou absolutamente contra bater em filho!!!! Acho que não resolve nada e tenho orgulho em dizer que nunca bati nos meus.
Eu não podia acreditar que estava sendo ameaçada e acusada por uma vizinha. Ou seja: meus filhos agora estão proibidos de chorar??? Os psicólogos dizem pra deixar a criança chorar, que é fase, que passa. Mas meus vizinhos me ameaçam: se eles chorarem serei denunciada sei lá por quem nem por quê. E quando meu filho agora acordar à noite berrando por causa de pesadelo, vou ter que levá-lo para minha cama porque ele não pode mais chorar...
Gente, estou revoltada. Minha amiga que é advogada disse que conhece outros casos assim. Que em vários prédios tem gente maldosa fazendo isso: se irrita com choro de criança e liga pro Conselho Tutelar como se estivesse ligando pra carrocinha...
O que vocês acham disso? Quantas outras mães não são assim mal vistas no shopping ou no supermercado quando a criança faz birra??? E a mãe continua tentando educar o filho, impondo limites, deixando ele chorar pra aprender que não pode ter tudo ou... passa a deixar o filho fazer tudo só pra agradar aos vizinhos?????!!!”
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Em primeiro lugar, queremos agradecer a esta mãe por compartilhar sua experiência conosco. Em segundo, queremos nos solidarizar com a situação.
Que mãe nunca passou por um momento de aperto como este? Só quem já passou sabe como é difícil... Ficamos nervosas, é claro, tentando a todo custo controlar a situação. E nesta hora, o que menos precisamos é de um vizinho reclamão!!!
Ora, crianças choram, fazem birra, nos testam o tempo inteiro... Só não sabe disto quem nunca conviveu com uma! Agora, ameaçar uma mãe porque seu filho está chorando? É muita falta do que fazer!!!
É claro que ninguém aqui está defendendo os castigos corporais, muito pelo contrário. Temos plena consciência do que acontece em muitas casas e somos totalmente contra qualquer tipo de agressão. Bater em criança é covardia e isso não se discute. Mas não era este o caso desta mãe...
O filho estava com sono, estava fazendo birra, tinha batido a boca... A gente sabe como uma criança de 3 anos se comporta nessas horas, não sejamos ingênuos!
De qualquer forma, já que pelo visto esta prática de ameaçar os pais das crianças que choram está se tornando comum entre vizinhos, vale uma consideração: aquele que acusa tem que provar. E, obviamente, quem é culpado deve ser punido. Mas ao mesmo tempo em que MAUS TRATOS é crime, CALÚNIA também é!!!
Por enquanto é isto. Não percam neste domingo, 13h30, a última reapresentação do programa sobre Síndrome de Down. Para dar uma espiadinha, assistam os primeiros 10 minutos do programa e depois sintonizem na TV Brasil para conferir a íntegra.

Tenham todos um bom fim de semana!
Beijos,
Equipe Papo de Mãe
Em tempo: Parabéns a Rosas de Ouro pela vitória no carnaval 2010 de SP!!! Alguns integrantes da escola participaram da gravação do programa sobre a relação com avós e foi muito legal. Obrigada!!!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Limites: comentário de telespectadora

Pessoal, hoje, quinta-feira, 18h30,  o tema do Papo de Mãe é LIMITES.
Recebemos este comentário numa postagem sobre filhos únicos, mas gostaríamos de reproduzi-lo aqui para vocês, pois tem muito a ver com o tema do programa de hoje.
Com a palavra, nossa telespectadora Simone Viana de  Recife/PE:
    
"Olá, em primeiro lugar gostaria de parabenizar pelo programa, tenho aprendido muitas coisas.
Sou mãe de uma menina e tenho certeza que não é prejudicial ter apenas um filho. Depende muito da educação passada pra ele. Como sempre quis ter apenas um filho (e uma menina) me preparei, educando-me antes para não estragar minha filha. Nunca a mimei a ponto de deixá-la patricinha, mimadinha, pirracenta, egocêntrica, etc. Trabalho o dia todo e nem por isso dou tudo o que ela quer para suprir minha ausência. Converso com ela e digo que papai e mamãe precisam trabalhar para ter dinheiro e comprar as coisas que são necessárias, o que inclui diversão tb. Ensinei-a que nem todas às vezes podemos ter algo na hora que queremos, então quando vamos ao shopping e ela se interessa por algo, me pergunta se tenho dinheiro e se pode comprar aquilo. Independente da minha resposta, ela aceita numa boa, mas para isso precisa de uma grande lição durante e nos primeiros anos de vida. Muitos pais acham que os filhos são pequenos demais para entender certas coisas, certas instruções. Enganam-se, eles são mais espertos que nós.
Showzinho no meio do shopping, nem pensar, basta um olhar e mais nada para ela entender. Era assim que minha mãe fazia comigo e nem por isso fiquei frustrada. Desde pequeninhos devemos mostrar quem está no controle. “ah dá pra ele, bichinho, é só uma criança, ele para de chorar, dá pra ele”. É ai que começa. As crianças usam o choro como arma de conquista para obter tudo que querem, fazem aquela carinha de inocente e os pais com pena cedem e dominam a situação.
No meu ponto de vista é importante nunca ter medo de dizer NÃO, pois sem limites nossas crianças se tornarão adultos egoístas, racistas, sem respeito uns com outros, etc."
Abraços,
Simone Viana - Recife/PE

Simone, é isso aí! Parabéns! Muito obrigada pela audiência e participação!!!
Pessoal, para ver as demais postagens sobre o assunto de hoje, cliquem aqui.
Um grande beijo!!!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Avó excluída da convivência com os netos - relato de uma telespectadora

Oi, pessoal!

Ontem, o Papo de Mãe reapresentou o programa sobre a deliciosa relação entre avós e netos.
É muito bom ver famílias entrosadas que, apesar das adversidades, fazem de tudo para permanecerem unidas, não concordam?


Infelizmente, nem todos vivem esta realidade. A família parece estar perdendo o sentido para muitas pessoas...
Confiram o relato que recebemos de uma telespectadora (que pediu para não ser identificada) e como é difícil para ela ter que lidar com o fato de ser excluída da vida da família que ela mesma ajudou a contruir...

"Olá, Papo de Mãe!
Eu fiquei muito feliz ao saber que seria avó. Porém, quando meu primeiro neto nasceu minhas filhas morriam de ciúme ou seja lá o que for. Fato é que não me deixaram chegar perto dele.
Num primeiro momento, elas até me chamaram, mas já me acusando por não estar em casa quando o menino nasceu. Era Natal e o menino nasceria em janeiro. Elas tinham sumido quando o pai delas se mandou e eu nunca ficava sabendo de nada. Tudo o que acontecia elas escondiam de mim como se quisessem me excluir ou como se eu fosse inimiga delas. Acho que foi influência do pai, muito vaidoso e egocêntrico.
Eu gosto muito desse programa, pois nele descubro que ainda se "usa" ter família, o que para meu ex-marido é uma instituição falida. Ele sempre alardeava que a família estava se acabando (isso nos anos 80). Infelizmente, elas acreditaram nisso e até hoje eu não tenho acesso a elas nem aos meus 5 netos.
Estranho muito este papo de quem considera obsoleto ter avós. Fico muito triste por ter que utilizar subterfúgios para ter contato com minhas filhas e meus netos. O resultado é que os meninos me tratam como uma estranha. A babá é mais importante para eles do que eu!
Morro de vergonha quando me perguntam onde vou passar o Natal ou onde minhas filhas estão e não tenho resposta...
Tenho pena do meu neto mais velho, que passa por problemas e eu não posso fazer nada por ser tratada como uma estranha! Minha netinha mais nova de 3 aninhos se queixa que ninguém liga para ela... Coitadinhos! São filhos terceirizados em creches caras e figuras substitutas!
Tentei tudo. Hoje em dia creio que o melhor é esperar que me convidem - o que é raro! Mas não há outro jeito. Meu maior medo é que meus netos se tornem pessoas frágeis e desamparadas. E o que me dói é saber que tenho TUDO para ajudá-los, mas eles me excluem...
Será que família existe ou na maioria é uma situação transitória assim como qualquer passarinho?
Parabéns pelos Papos de Mãe, tão saudáveis!!!"
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Em primeiro lugar, queremos agradecer à nossa telespectadora que mandou o relato e dizer que esperamos do fundo do coração que tudo melhore.
É tão triste ver famílias espalhadas – não estamos falando de fronteiras geográficas, mas emocionais – e desestruturadas, onde as brigas, o ciúme e o rancor imperam...
Acreditamos que por mais que os tempos passados tenham sido difíceis, sempre é hora de perdoar e recomeçar. Nossa passagem por esta vida é tão breve, não podemos perder tempo remoendo sentimentos negativos. Todos somos sujeitos a erros e acertos. Vale a pena dar e receber uma segunda chance – antes que seja tarde demais!!!
Por hoje é isso, mas amanhã tem mais PAPO DE MÃE! Não percam nesta quinta-feira (18), 18h30, a última chance de assistir ao programa sobre como impor LIMITES aos filhos.
E tem mais! Preparem-se porque que a partir do dia 25/02, tem programação inédita!!! Novos PAPOS e muita informação. O primeiro programa é sobre AMAMENTAÇÃO. Fiquem ligados!!!
Um grande beijo,
Equipe Papo de Mãe

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Consumo: a publicidade e as crianças

Oi, pessoal!
Nesta última quinta-feira (11) foi ao ar o programa sobre consumismo, tema de muita relevância nos dias atuais.
Dando prosseguimento ao assunto, trouxemos este artigo publicado no site do Instituto Alana.
Percebam de que forma nociva a propaganda mal intencionada pode influenciar na formação dos hábitos e valores de um indivíduo, ainda mais quando o foco principal são as crianças.

A publicidade dirigida a crianças
e a formação de valores
Por Tamara Amoroso Gonçalves

Foi-se o tempo em que o encargo dos cuidados com as crianças era dever exclusivamente destinado às mulheres. Hoje a preocupação com a infância e o seu desenvolvimento saudável, por determinação constitucional e legal, é responsabilidade partilhada pela família, pela sociedade e pelo Estado. A proteção de crianças e adolescentes deve ser garantida com prioridade absoluta por todos.
Cada ator social assume papéis diferenciados e complementares, formando-se assim uma rede de proteção à infância. Ao Estado cabe a imposição de limites e parâmetros legais para a atuação dos demais atores, bem como o desempenho de atividades de garantia e promoção dos direitos fundamentais de crianças, além de repressões a eventuais violações. A sociedade está incumbida de respeitar os direitos infanto-juvenis em toda a sua extensão, abstendo-se de praticar atos que os infrinjam e também atuando positivamente para assegurá-los. À família - aqui entendida não apenas o núcleo tradicional, mas também a família mono-parental ou outras formas modernas de organização familiar – cumpre o dever, precipuamente, de prover à criança proteção, apoio e o resguardo de todos os seus direitos.
Mas não são apenas estes atores sociais que promovem e contribuem com a formação e desenvolvimento de crianças e adolescentes. Atualmente, a mídia e em particular a publicidade assume um papel central na formação de valores das crianças brasileiras. Assistindo a uma média de 5 horas por dia de televisão, os pequenos são alvo de uma infinidade de peças publicitárias que anunciam desde telefones celulares até produtos de limpeza, passando por produtos alimentícios e brinquedos. E enquanto descobrem novos produtos e marcas, as crianças também recebem importantes informações sobre os padrões culturais de nossa sociedade, tendo a formação de seus valores bastante influenciada por este tipo de conteúdo (publicidade). Sabe-se que bastam 30 segundos para uma marca influenciar uma criança (...)
Ainda que muitos produtos não sejam tipicamente do universo infantil ou usados por crianças, é bastante comum que a publicidade dos produtos e serviços se utilize de recursos de fantasia, animação, personagens licenciados, músicas infantis, dentre outros recursos atrativos aos pequenos. Esta estratégia contribui para induzir crianças a ambicionarem, incessantemente, diversos produtos, criando-se desejos e necessidades constantes.
Segundo pesquisa da Interscience realizada em outubro de 2003 o poder de influência das crianças na hora das compras chega, hoje, a 80% em relação a tudo o que é comprado pela família, desde o automóvel do pai, à cor do vestido da mãe, passando inclusive pelo próprio imóvel do casal. Dados como este são reforçados por outras pesquisas como a “Ninõsmandan!”, que comprovam que, atualmente, na América Latina, literalmente são as crianças quem comandam as compras da família, especialmente em situações em que os pais ou responsáveis se sentem, de alguma forma “culpados” por não oferecerem suficiente atenção e cuidado com os filhos.
O mercado anunciante e agências publicitárias, sabedores de tais dados, não deixam de investir pesadamente em comunicação mercadológica dirigida a crianças, na medida em que com apenas uma ação podem influenciar até três mercados: atuam diretamente sobre as crianças, indiretamente sobre seus pais (quando os filhos demandam os pais, influenciam sobremaneira as decisões de compra da família8) e inconscientemente os futuros consumidores que as crianças se tornarão. Com isso, em uma única ação de marketing atinge-se o mercado atual e projetam-se inserções para um mercado futuro, cativando desde a infância crianças que podem se tornar consumidores fiéis por toda a vida.
Neste cenário, o que se observa é que a publicidade não é mera informação sobre o produto ou serviço, mas é, antes de tudo, um instrumento de convencimento e indução ao consumo – haja vista ser mensagem puramente venal – que se vale de apelos emocionais para vender, muito além de bens, padrões de consumo e hábitos de vida. No que concerne à infância, nota-se que a publicidade tem se mostrado um fator propulsor da formação de uma infância extremamente consumista e com valores distorcidos.
A lógica que se depreende de muitas ações de marketing é a de que o valor humano está centrado no simples acúmulo de bens materiais. Aliás, é o consumo destes produtos que define, hodiernamente, a inserção social das pessoas. Para além dos efeitos negativos que tal pode ter no desenvolvimento humano, este estímulo ao consumo desmedido leva também à formação de hábitos de consumo insustentáveis ambientalmente.
Mas não é só o consumo desmedido de bens e serviços que é insistentemente anunciado às crianças. Padrões de comportamento, estereótipos de gênero que reforçam papéis tradicionais de homens e mulheres em nossa sociedade também são anunciados por meio da publicidade.
Quando se trata de infância, o que se nota é que as ações publicitárias também reforçam tais papéis de maneira bastante estereotipada, havendo uma grande diferença na forma como se anuncia para meninos e meninas.
Enquanto peças publicitárias para crianças do sexo masculino exploram a violência e a agressividade como metáforas para uma identificação com padrões de masculinidade, as dirigidas a meninas apostam na construção de uma imagem de feminilidade baseada na delicadeza feminina e maior interesse por questões ligadas à moda, aparência, beleza etc.
Comerciais para crianças do sexo feminino em geral apresentam cenários de princesas, universo da moda ou ambiente doméstico. Muitas vezes, tais anúncios apresentam também padrões únicos de beleza, sendo comum que as bonecas e as crianças ali em destaque não representem a diversidade étnico-racial brasileira, por exemplo, mas se concentre no modelo ocidental europeu: cabelos loiros, olhos claros, pele clara.
A disseminação de um padrão de beleza único e inatingível para a maioria da população, desde a infância, é fator altamente preocupante, especialmente considerando-se que 59%das crianças e adolescentes brasileiras com idade entre 7 a 19 anos estão infelizes com sua aparência física/corporal.
A imagem de beleza difundida em comerciais acaba se tornando um importante referencial para a criança que tem contato com este conteúdo, especialmente quando tais mensagens são exaustivamente anunciadas, com a conjugação de diversas estratégias de promoção de produtos.
Assim, não surpreende que, de acordo com a pesquisa (...), a profissão de modelo seja almejada por 11% das meninas em contraposição a 0%dos meninos com idade entre 7 e 15 anos. Além disso, quando perguntados sobre “Quem mais admiram”, 24%das meninas indicaram uma atriz e 16% uma modelo (em oposição a 8% e 1% dos meninos, respectivamente). Ainda, sobre os assuntos que conversam, entre as meninas as roupas e acessórios ocupam 26%dos diálogos.
Neste contexto, é de se frisar que relacionado ao sonho de ser modelo, as crianças e adolescentes brasileiras vêm sofrendo cada vez mais e precocemente com distúrbios alimentares como anorexia e bulimia. Problemas graves e complexos de saúde que envolvem inclusive —mas não apenas —o desejo desenfreado em ser uma ‘super top model’ . A apresentação de padrões estereotipados de beleza feminina e a indução de brincadeiras relacionadas a este sonho, desde a infância, contribuem significativamente para que estes transtornos se verifiquem com maior freqüência.
Há que se levar em conta que os fatores culturais - e neles incluem-se as brincadeiras, os conteúdos vistos em comerciais e na televisão, as expectativas dos padrões de gênero definidos socialmente, etc. —influenciam bastante o desenvolvimento de transtornos alimentares e que a profissão de modelo —que se inicia mais e mais cedo, por imposição do mercado —atinge sobremaneira as meninas brasileiras, com a sedução de um mundo de glamour e de beleza.
No entanto, a realidade das crianças e adolescentes que tentam seguir este caminho é bem outra, pois para manterem o padrão estético exigido pelo mercado, desenvolvem hábitos alimentares não saudáveis que colocam em risco a sua saúde e muitas vezes as levam à morte.
De fato, temáticas como aparência, estilo, moda e garotos—sempre exaustivamente exploradas em comerciais “para meninas” —não são preocupações típicas da infância e induzi-las por meio de mensagens publicitárias, apenas para promover a fidelização de uma marca e incentivar o consumo não é ético e nem legal. Ao revés, veicular mensagens comerciais como tais levam apenas a efeitos indesejáveis como a erotização precoce, supressão de uma infância que preze o desenvolvimento integral, estresse familiar, obesidade infantil, formação de hábitos de consumo inconseqüentes, dentre outros.
É importante explicitar que as estratégias de comunicação mercadológica não são sequer percebidas pelas crianças. Elas não se dão conta de que ao serem expostas a conteúdos publicitários estão também consumindo idéias e valores, incorporando-os e reproduzindo-os como padrões sociais. Além disso, diversas pesquisas e estudos (realizados não apenas no Brasil) apontam que as crianças, assim consideradas as pessoas de até doze anos de idade, não têm condições de entender as mensagens publicitárias que lhes são dirigidas, por não conseguirem distingui-las da programação na qual são inseridas, nem, tampouco, compreender seu caráter persuasivo.
Exatamente pela dificuldade que as crianças têm de compreender a mensagem publicitária é que o seu direcionamento a este público constitui-se como extremamente abusivo, violando inclusive a legislação pátria. De acordo com uma interpretação sistemática da Constituição Federal, do Estatuto da Criança e do Adolescente, da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças e do Código de Defesa do Consumidor, tal prática é vedada às empresas.
A Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança determinam que a proteção da infância —e a garantia de todos os seus direitos fundamentais — é prioridade absoluta da família, da sociedade e do Estado, garantindo que as crianças fiquem a salvo de todas as formas de violência e exploração — inclusive econômica.
O Código de Defesa do Consumidor, por sua vez, em matéria de publicidade, apresenta como princípio basilar desta atividade que sua apresentação seja plena e imediatamente reconhecida como tal pelo receptor, sob pena de se configurar como abusiva e, portanto, ilegal. Além do mais, a mesma legislação consumeirista define como abusiva toda publicidade que se aproveite da vulnerabilidade das crianças com o escopo de vender produtos (art igo 37, § 2º do referido diploma legal).
Ora, se os pequenos não conseguem discernir publicidade de conteúdo televisivo e nem mesmo o seu caráter eminentemente venal, resta claro que a publicidade dirigida às crianças padece de patente ilegalidade, devendo ser prontamente reprimida pelos órgãos competentes. Esta situação se agrava a medida em que as mensagens publicitárias em geral transmitem valores distorcidos, contribuindo significativamente para o desenvolvimento ou agravamento da erotização precoce, da obesidade infantil e de outros transtornos alimentares e doenças associadas, delinqüência juvenil, estresse familiar, consumismo, entre outros.
Assim, é obrigação de todos os atores sociais — família, sociedade e Estado — evitarem a inserção antecipada da criança em um mundo adulto, por meio do consumo, sob pena de promover a extinção desta importante fase da vida que é a infância. De maneira que não basta apenas uma mudança no conteúdo de mensagens publicitárias, mas é necessário que não sejam mais dirigidas à infância nenhuma forma de comunicação mercadológica.
Observe-se, por fim, que a limitação da publicidade dirigida a crianças não se constitui em censura. Diversos países com forte tradição democrática e altamente desenvolvidos, como Inglaterra, Canadá e Suécia reprimem o direcionamento da publicidade aos pequenos com o escopo de proteger o seu desenvolvimento saudável. Além disso, é importante que se observe que enquanto a liberdade de expressão se constitui na manifestação de idéias, pensamentos políticos, filosóficos, religiosos, ou mesmo simples revelação de opiniões, a publicidade é um instrumento de convencimento para indução ao consumo, é mensagem puramente venal, que inclusive diversamente de uma mensagem jornalística faz uso de um espaço pago na mídia para se propagar. Como toda atividade profissional, a publicidade deve ser regulamentada e o seu exercício ter como parâmetro ético o respeito aos direitos humanos, sobretudo de crianças e adolescentes, que são prioridade absoluta na sociedade brasileira. Afinal, a infância de hoje será a sociedade adulta de amanhã, razão pela qual a mudança dos padrões de consumo e de valores deve ter início já.
Tamara Amoroso Gonçalves é advogada graduada pela PUC- SP e mestranda em direitos humanos pela USP. Atualmente, trabalha no Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana. É também membro do CLADEM/ Brasil.
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Bom, gente, por hora é isto. No próximo domingo, 13h30, tem reapresentação do programa sobre pais separados. Vocês não podem perder!!!

Um super beijo,
Equipe Papo de Mãe

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Dia da Internet Segura: pense antes de postar!

Olá!!!
Hoje o Papo de Mãe reapresentou o programa sobre bullying. Coincidentemente, nesta terça-feira (9), 55 países se mobilizaram para o Dia da Internet Segura (“Safer Internet Day”), um evento realizado anualmente desde 2007 que tem o Brasil como um dos participantes. O tema deste ano, “pense antes de postar (think B4 U post), alerta os internautas sobre os perigos das informações que eles divulgam na internet. Seja para eles mesmos, que podem ser vítimas de criminosos virtuais, ou para outras pessoas, como no caso da prática de intimidação virtual chamada de cyberbullying.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Síndrome de Down: a bela Isabella

Olá!!!
Hoje o Papo de Mãe reprisou o programa sobre Síndrome de Down - um programa muito especial, diga-se de passagem.
Para ler as postagens anteriores sobre o assunto clique aqui. E para assistir a um trecho do programa, aqui.
Confira agora o belo relato de luta e superação da nossa telespectadora de Teresina/ Piauí, Carolina Ferreira, mãe de Isabella.

A bela Isabella
Olá, meu nome é Carolina Ferreira, tenho 31 anos e sou da cidade de Teresina/PI. Fico muito feliz em saber que o tema do programa seja Síndrome de Down.
Aos 25 anos de idade tive minha primeira filha, Isabella, hoje com 6 anos. No nascimento dela tudo foi muito difícil, principalmente para mim. Meu médico, desde os 6 meses de gestação, já sabia que minha gravidez era de um bebê portador da síndrome, mas não me disse. Fiquei muito chateada, pois só fiquei sabendo depois que ela nasceu. Se soubesse antes, poderia ter me preparado melhor para recebê-la...
Ela nasceu de 8 meses e graças a Deus tive muita força e apoio da minha família, ao contrário da família do pai dela que achava que ela nunca iria andar nem falar. Tive depressão. Não queria aceitar e ao mesmo tempo me perguntava por que logo comigo? Pela minha idade, achava que isso não aconteceria nunca!
Enfim juntei forças e fui atrás de tratamento. Fui a uma Instituição em Teresina e lá percebi que eu não estava sozinha. Minha filha começou a fazer tratamento de fono, terapia ocupacional, fisioterapia e desde cedo foi estimulada em casa. Com 8 meses já falava as primeiras palavrinhas. Com um ano e dois meses, começou a andar. Eu nunca a tratei como uma criança com síndrome!
Sinto que hoje a sociedade já vê os deficientes com outros olhos, mas o preconceito ainda existe e já vivi muitos. Teve um dia que fui à procura de escola particular para ela e a diretora triplicou o preço da mensalidade só porque tratava-se de down. Segundo ela, teria que ter uma professora só para minha filha...
Hoje, ela estuda numa escola normal e se dá bem com todos. É muito carinhosa, prestativa, inteligente e esperta. Minha filha  significa muito pra mim e tem sido um aprendizado a cada dia da minha vida. É um presente que Deus me deu e como ele não tem outro igual!
Ass.Carolina
Carolina, muito obrigada por compartilhar conosco a sua história. Sua filha é linda, você é uma grande mãe e um exemplo a ser seguido. Parabéns!!!
Bem, amanhã o tema é Bullying - violência no ambiente escolar, mas  o programa sobre Síndrome de Down será reapresentado ainda mais uma vez no dia 21/02, às 13h30. Não percam!!!

Um grande beijo,
Equipe Papo de Mãe

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Filhos Únicos

Olá, pessoal!
Hoje o Papo de Mãe reprisa o programa sobre filhos únicos. Para acessar as postagens anteriores sobre o assunto, cliquem aqui. Confiram agora o artigo que trouxemos para vocês!!!

FILHO ÚNICO: CRIANÇA FELIZ?
Por Amarante

Se há alguns anos era raro um casal ter apenas um filho, hoje em dia é cada vez mais comum. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), oito em cada dez famílias se encaixam neste perfil. Entre as principais causas estão a opção das mulheres em priorizar a carreira e deixar para engravidar mais tarde, as dificuldades financeiras; e a pouca disponibilidade de tempo dos pais.
Um outro estudo recente mostrou que uma criança de classe média, desde o nascimento até os 21 anos, custa, em média, R$ 1 milhão. Muito? ''Os gastos aumentaram demais. As escolas são caríssimas e ainda tem os cursos paralelos: natação, balé, futebol. Além disso, os filhos estão cada vez mais exigentes. É bem mais fácil ter somente um'', diz Cristina Milanez Werner, mestre em Psicologia Clínica e Especialista em Terapia Familiar Sistêmica.
Tudo para ele?
Na contramão disso tudo, surgem as dúvidas: É saudável para uma criança não ter irmãos? Ela não vai ficar muito mimada? Como não sobrecarregá-la de cuidados e obrigações? Como prepará-la para a vida? ''O filho único não é nenhum bicho-de-sete-cabeças”, explica a psicóloga. “Muitos pais acham que o ideal é dar tudo para ele, colocá-lo em mil atividades. Uma coisa tem que ficar clara: se ele crescer com excesso de tudo, vai achar que o mundo gira a seu redor. Só que a realidade não é bem assim. Esse tipo de criança será uma eterna insatisfeita, pois não valoriza o que tem e estará sempre à espera do próximo presente. Na maioria das vezes, vai ficar isolada porque não sabe dividir, quer exibir tudo o que ganhou e ditar as brincadeiras para o restante do grupo, o que não dá certo.''
Limite: o segredo
Ser feliz com o que se tem: um dos pontos fundamentais que os pais devem passar para os filhos, segundo Cristina Milanez. ''A criança não pode sofrer porque não tem um brinquedo de última geração. É preciso ensiná-la a esperar uma data especial para ganhar presentes. Se o pai e a mãe vão ao shopping, não necessariamente deverão voltar com alguma lembrancinha para ela.'' A psicóloga adverte: ''Tudo o que vem muito fácil é menos varolizado. Se num dia meu filho quiser um brinquedo e no dia seguinte eu der, muito provavelmente ele o deixará de lado (ou vai destruí-lo) esperando ganhar um novo. Pai de filho único tem que ter esse cuidado, impor alguns limites.''
Grande família
É extremamente saudável para o filho único estar cercado de outras crianças. ''Na ausência de irmãos, o casal tem que valorizar mais o restante da família. Os primos vão ocupar um papel fundamental e essa relação precisa ser incentivada. A criança deve brincar, correr, chegar suja da escola e da festinha. Os pais têm que permitir que o filho interaja. Não podem cercear o convívio dele com o mundo, que está à sua disposição; não podem tratá-lo como se ele fosse um cristal. Claro que devem cuidar das crianças, mas precisam entender que se tiver que acontecer alguma coisa, vai acontecer, independentemente da vontade deles. Excesso de cuidado pode ser prejudicial, sim.''
Meu filho, meu tesouro
Para quem pretende ter apenas um filho, algumas dicas importantes. Viver intensamente a relação com a criança. Acompanhar seu desenvolvimento, mas sem achar que tudo que ela faz é excepcional, porque não é. Seu filho, provavelmente, não é mais bonito, o mais inteligente, nem o mais  esperto. Ele é apenas mais um, especial para você. A maternidade deve ser vivida como se fosse única. Afinal, para se sentir mãe, não é necessário ter três filhos. Apenas um pode completar a família.

Agora queremos saber a sua opinião sobre o tema. Será que ter apenas um filho realmente é prejudicial ou depende da educação dada pelos pais? Qual é a sua experiência? Escreva em nossos comentários. Queremos muito saber a sua opinião!!!
Um grande beijo,
Equipe Papo de Mãe 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Como prevenir acidentes: dicas para um carnaval com segurança

Vem aí o Carnaval! O período é de agitação, mas exige cuidados especiais para quem vai curtir a folia com a criançada. Por este motivo, a ONG CRIANÇA SEGURA dá dicas importantes para uma viagem mais segura.
Na hora de pegar estrada, uma medida é essencial: o uso do equipamento adequado - como o bebê conforto, a cadeirinha ou assento de elevação – para transportar a criança no veículo. Nos feriados, o fluxo de veículos fica mais intenso, aumentando os riscos de acidentes. Estudos americanos mostram que cadeiras de segurança para crianças, quando instaladas e usadas corretamente, diminuem os riscos de morte em até 71% em caso de acidente. Consulte o Guia da Cadeirinha. Vale ressaltar que o uso da cadeirinha não deve ficar restrito às rodovias; na cidade e em qualquer trajeto, a criança deve ser transportada sempre em um dispositivo de retenção.
O atropelamento também é um risco que merece atenção nesta época do ano devido às festas de rua. Entre os acidentes de trânsito, o atropelamento é a principal causa de morte de crianças até 14 anos. No meio da descontração e do aglomerado de pessoas, a criança pode se afastar sem que os adultos percebam, dirigindo-se para ruas com tráfego normal de automóveis. Veja dicas para prevenir atropelamentos.
O banho de mar ou de piscina também costuma ser uma opção para o feriado já que o Carnaval vem sempre acompanhado de altas temperaturas. Os afogamentos representam a segunda maior causa de morte, entre os acidentes, de crianças até 14 anos. Por este motivo, adultos devem dobrar a supervisão na hora da brincadeira na praia e na piscina. As crianças devem utilizar colete salva-vidas. Mais dicas para prevenir afogamentos.
Algumas orientações para a escolha da fantasia mais adequada à criançada:
1. Prefira fantasias em tecidos de algodão, leves, arejados e fáceis de vestir. Se a criança tiver menos de 3 anos, opte por fantasias sem adereços soltos, como cintos, faixas ou cordões para evitar sufocações. Acessórios como lanças ou detalhes pontiagudos podem cortar e ferir. No caso de capas, certifique-se de que elas não ultrapassem a altura da cintura da criança. Assim, sua filha ou filho e os coleguinhas não correrão o risco de cair.
2. Lantejoulas e confetes: as lantejoulas que podem se desprender facilmente das roupas e os confetes, jogados em grande quantidade, podem também provocar sufocações. A brincadeira de arremessar confetes é muito divertida, mas deve ser acompanhada por adultos.
3. Pintura nos rostos: o ideal é utilizar maquiagens próprias para o público infantil e, claro, produtos antialérgicos e atóxicos para evitar irritações de pele e intoxicações.
4. Máscaras: as máscaras de material sintético também representam riscos. Dependendo da idade da criança, elas não se encaixam direito no formato do rosto e acabam impedindo a respiração. Os elásticos fixadores das máscaras também podem acabar ferindo a criança.
5. Brinquedos que imitam armas de fogo: não devem ser estimulados pelos pais. Além de incentivar a cultura da violência, pode despertar a curiosidade da criança para o uso de armas reais. Muitos acidentes acontecem porque as crianças acabam tendo acesso a armas de fogo guardadas pelos pais.
6. Bexigas: as crianças adoram inventar brincadeiras com balões de látex e bexiga. Mas atenção para as sobras de bexigas estouradas; os pedaços podem representar sérios riscos de sufocação para os pequenos.
É isso aí, pessoal! Vamos viajar, nos divertir, aproveitar o carnaval, mas sem descuidar da segurança!!!
Beijos,
Equipe Papo de Mãe