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Na TV Brasil

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Carta de despedida e homenagem ao Prof. Dr. Luiz Alcides Manreza, o melhor pai e melhor médico do mundo - por Roberta Manreza

Dr. Luiz Alcides Manreza

Pelo menos para mim essa é a maior verdade, incontestável. O médico Luiz Alcides Manreza era um apaixonado pela profissão e não um apaixonado da boca para fora. Eu nunca vi, em toda a minha vida, meu pai reclamar de sair no meio da noite para atender um caso, de solucionar pedidos de ajuda que vinham de todas as partes e de operar durante mais de dez horas, sempre.
Até nas férias ele se metia a socorrer as pessoas. Prestar socorro a um banhista que pulou de uma pedra e bateu a cabeça no fundo do mar, até aí tudo bem para um neurocirurgião. Mas engessar o braço das pessoas praia afora? Ele se achava Deus, dizem que os neurocirurgiões se sentem acima de tudo mesmo. Era convencido sim! Eu ficava preocupada:
-Pai, mas você tem certeza que sabe o que está fazendo?
-Fica tranquila, Roberta, dizia ele enquanto raspava os pelos do braço da vítima e engessava o braço quebrado, com gesso mesmo!
Quem conhecia o meu pai deve estar se perguntando, mas e o sangue espanhol do Luiz, catalão como ele gostava de dizer, leonino e vaidoso até o último fio de cabelo da charmosa careca dele? Tinha esse lado também. Meu pai conquistou a minha mãe quando cursava o quarto ano da Faculdade de Medicina da USP. Ela era caloura e ele a convenceu a fazer neuropediatria.
Meu pai era o típico "boa praça". Tudo estava bom para ele, mas era orgulhoso. Tinha vários amigos, era uma delícia conviver com ele. Muito inteligente, bom de papo e a memória do meu pai era irritante. Você podia falar com ele sobre qualquer assunto e meu pai adorava contar piadas. Eu nunca consegui contar direito uma piada na vida! Sempre esqueço parte da piada e ela fica sem graça. Ah, ele gostava também de fazer palavras cruzadas. Adorava.
Na profissão, um das maiores alegrias da vida dele foi ter sido diretor do Pronto Socorro do Hospital das Clínicas de São Paulo. Cargo que ele ostentava com muito orgulho e que lutou com unhas e dentes para preservá-lo. Dizem que lá ele salvou inúmeras vidas; vítimas de traumatismo craniano, balas e facadas na cabeça. Aliás, um dos muitos casos que ficaram famosos solucionados por ele foi de um homem com uma faca enfiada na cabeça. Foi operado e salvo. Era também diretor do Hospital São Luis.
Meu pai também se orgulhava de duas outras coisas na vida profissional dele. Autor do conceito de morte encefálica no Brasil, fazia parte da Sociedade Brasileira de Transplante de Órgãos e comemorava o sucesso da trajetória dos transplantes no país, hoje um trabalho reconhecido internacionalmente. Ele também fazia parte da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, da Sociedade Brasileira de Coluna e outras sociedades que eu não me lembro agora, me desculpem. Era delegado do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.
Ele ainda falava com alegria que contribuiu para a criação do resgate do Corpo de Bombeiros. Recentemente, até foi homenageado no Corpo de Bombeiros. Quando eu era criança, lembro dele levar para casa uma boneca importada usada para treinar primeiros socorros. Boneca que, na época, acho que era a única no Brasil, seria usada pelo pessoal dos bombeiros. Até hoje tenho noções básicas de primeiros socorros.
Mas acima de tudo ele amava viver, era muito feliz, amava a família e fazia questão de estarmos sempre juntos, como agora. Perdi o meu porto seguro, o meu colo, o meu paizão que eu podia ligar a qualquer hora para fazer uma "consulta" para os amigos, para pedir um conselho ou simplesmente saber como ele estava. E ele estava sempre bem.
Minha mãe falou que ele tem muitos pacientes, antigos, aqueles que estão sempre no consultório, nos aniversários e no Natal, que vão sofrer como nós estamos sofrendo. Os familiares e amigos nem se fala.
Gostaria de agradecer todas as mensagens carinhosas e ajuda que tenho recebido. Todas estão sendo de extrema importância nesse momento.

Pai,
Te amo, saudades.
Tenho muito orgulho de ser sua filha.
Bjs, Roberta Manreza

21 comentários:

Amoreirando disse...

Fé e força Roberta.
O divino há de curar ou ao menos amenizar essa enorme dor.
A morte é sempre dolorosa e amarga muito.
Nós, humanos, somos limitados e a morte é a prova concreta de que precisamos de mais humildade e fé em algo maior nesse mundo.

Certamente muitos irão te dar a mão, ser colo para você.

Coragem menina-mulher-mãe! E muita, muita oração.

Suas palavras me emocionaram, muito.

com carinho,
Renata.

Muito Criança disse...

Querida emocionante a carta.
A gente fica muito sentida quando personagens da vida real, que amam a vida e principalmente amam o que fazem se despedem da gente.
Obrigada pela oportunidade que tive de participar do seu programa e que vc seja exatamente como seu pai, ame o que faz, pois e muito legal.
Beijos de Patricia S.Gomes no Face e aqui com o blog que fiz para minha filha.
um super Ano Novo e até a próxima!

Anônimo disse...

Roberta, cunhada, minha irmã que não tive.

Fiquei muito emocionado com as suas palavras. Realmente o Dr. Luiz era o maior e melhor médico, um grande pai, avô e homem que conhecemos, onde todos nós da família, e amigos, sempre tivemos muito orgulho e admiração por ele.
Posso dizer que nestes quase 25 anos que vivemos juntos, quantos Natais, festas, aniversários, viagens, almoços serão inesquecíveis. Vamos sentir muita saudade dele.
Ro, vou sempre estar ao seu lado para o que vc precisar.
Força........
Do seu cunhado e cunhada
Adriano e Bárbara.

Anônimo disse...

Muita força e fé...
Tadeu Mancini

Anônimo disse...

Dr. Manreza.....

O que dizer de um medico brilhante depois de um depoimento como esse, a medicina perde um de seus melhores profissionais, mas o que eu gostaria de ressaltar é a dedicação da "pessoa" Manreza por trás do titulo de Doutor uma pessoa culta e inteligente, pessoa essa que tive o prazer de conviver por alguns anos. A famíla minha solidariedade pela perda ao Doutor... muita luz nessa nova etapa.
Por tudo obrigada!

Tatiana Donato (filha de uma ex- paciente Sonia Donato)

Paula Natividade Pessôa disse...

Roberta, sinto muitíssimo pela ausência de seu pai.
Ele também foi muito importante nas nossas vidas, e principalmente na de Celina, minha irmã, quando esta sofreu um acidente de automóvel em 1978, que teve como consequencia, danos cerebrais irreversíveis.
Desde então, e até 10 dias atrás, seu pai cuidava de sua saúde neurológica.
A 10 dias ela esteve em seu consultório. Quem poderia saber? Não posso contar a ela o que houve pois ele era seu porto seguro. Confiava nele cegamente.
Que Deus de forças a toda sua familia para que possa enfrentar um momento não dificil. Bjão,
Paula Natividade Pessôa

Priscila Spiandorello disse...

Que Deus esteja trazendo consolo a você e toda sua familia, a morte é dificil de ser vivida, mas tenha fé em Cristo que um dia vcs. irão se encontrar... Um forte abraço,
Dra.Priscila Spiandorello - nutricionista

Anônimo disse...

Estamos todos muito triste com a noticia. Seu pai era medico da minha mãe a 35 anos. Muita força neste momento tão dificil. fiquem com Deus.

Anônimo disse...

Roberta, minha querida. Meus sentimentos. Ele deixou um exemplo incrível e isso é o maior prêmio que se pode receber pela vida. O resto...
Grande abraço.
Manoel.

Mario Buti Jr disse...

Conheci seu pai lá pelos idos de 1960, no Itaim-Bibi. Ele chegou a ter um breve namoro com minha irmã e, mesmo depois de terminarem, continuamos grandes amigos.
Seu pai era um grande amigo, boa praça, inteligência brilhante e, desde jovem, preocupado em ajudar as pessoas.
Tanto que tenho uma eterna dívida de gratidão para com ele, que salvou minha mãe, necessitada de uma cirurgia de urgência.
Essa gratidão quero transmití-la a você...

Que Deus o conserve eternamente em nossas lembranças, Luiz Alcides.

Marcia Bortoletto Araujo disse...

Rö,
Estou fora do pais e acabei de ficar sabendo.... apesar de tanto tempo longe ainda me lembro do seu pai, com um ar sempre sereno, sempre amigo... Tenha forca e fe, e acredite que ele esta em um mundo melhor. Se precisar de alguma coisa, pode contar comigo.
Grande beijo,
Marcia Bortoletto Araujo

Maisa Amaral disse...

Eu realmente tenho certeza que os médicos não deviam morrer. Eles lutam pela vida, portanto, deveriam ser eternos.
Acabo de chegar do velório do Dr Manreza, e o dia ao contrário dos últimos em São Paulo está quente e ensolarado. Como se o Dr, desse o seu adeus e deixasse a sua luz e seu abraço caloroso.
Lembro-me do dia em que comentei sobre o Manreza, com outro querido o Dr Salim e ele prontamente dissertou: O Manreza....Brilhante! Se eu “quebrasse” a minha cabeça, certamente ele me operaria!
Brilhante como o dia de seu Adeus, ele “quebrava” sua cabeça em seus diagnósticos e consultas que eram verdadeiras aulas, de medicina e de vida.
Meu médico, e digamos que o porto seguro para nós, no caso do Parkinson da Da Edi, era incrível a atenção que ele dava as oscilações da minha sogra entre o real e o irreal olhando nos seus olhos profundamente e trazendo a para a realidade.
Com sua voz rouca perguntava a ela : “Que dia da semana é hoje, e do mês,.... a senhora sabe em que ano estamos? O que a senhora gosta de assistir na televisão? Ouve rádio?” .... Dando toda atenção as suas respostas!
Tão logo percebemos , que o que ele procurava não era tratar a evolução do Parkinson INEVITÁVEL, e sim proporcionar a ela um bem estar , em que ela se movimentasse bem, caminhasse bem e vivesse independente do tempo...da melhor forma possível.
Lembro-me do dia em que perguntei a ele se deveria trazê-la para morar comigo...e ele sem rodeios me disse; “Deixe-a viver no melhor lugar para ela, onde haja vida , onde ela possa viver momentos felizes”
Seu consultório cheio de máquinas fotográficas,davam-me a sensação de que ali estavam fotografadas as mentes de todos os pacientes , e ele puxava o histórico no álbum de sua fantástica memória. Para mim, por exemplo, logo na primeira consulta, disse que eu devia me preocupar em viver , em desfrutar dos momentos felizes...esse era um santo remédio para minhas inúmeras crises de enxaqueca.
Que você tenha vivido momentos felizes Dr Manresa.
Obrigada pelas verdadeiras aulas em seu consultório, e por marcar história na medicina e em nossos corações.

Maisa Amaral
Em 03/01/2012

Maisa Amaral disse...

Eu realmente tenho certeza que os médicos não deviam morrer. Eles lutam pela vida, portanto, deveriam ser eternos.
Acabo de chegar do velório do Dr Manreza, e o dia ao contrário dos últimos em São Paulo está quente e ensolarado. Como se o Dr, desse o seu adeus e deixasse a sua luz e seu abraço caloroso.
Lembro-me do dia em que comentei sobre o Manreza, com outro querido o Dr Salim e ele prontamente dissertou: O Manreza....Brilhante! Se eu “quebrasse” a minha cabeça, certamente ele me operaria!
Brilhante como o dia de seu Adeus, ele “quebrava” sua cabeça em seus diagnósticos e consultas que eram verdadeiras aulas, de medicina e de vida.
Meu médico, e digamos que o porto seguro para nós, no caso do Parkinson da Da Edi, era incrível a atenção que ele dava as oscilações da minha sogra entre o real e o irreal olhando nos seus olhos profundamente e trazendo a para a realidade.
Com sua voz rouca perguntava a ela : “Que dia da semana é hoje, e do mês,.... a senhora sabe em que ano estamos? O que a senhora gosta de assistir na televisão? Ouve rádio?” .... Dando toda atenção as suas respostas!
Tão logo percebemos , que o que ele procurava não era tratar a evolução do Parkinson INEVITÁVEL, e sim proporcionar a ela um bem estar , em que ela se movimentasse bem, caminhasse bem e vivesse independente do tempo...da melhor forma possível.
Lembro-me do dia em que perguntei a ele se deveria trazê-la para morar comigo...e ele sem rodeios me disse; “Deixe-a viver no melhor lugar para ela, onde haja vida , onde ela possa viver momentos felizes”
Seu consultório cheio de máquinas fotográficas,davam-me a sensação de que ali estavam fotografadas as mentes de todos os pacientes , e ele puxava o histórico no álbum de sua fantástica memória. Para mim, por exemplo, logo na primeira consulta, disse que eu devia me preocupar em viver , em desfrutar dos momentos felizes...esse era um santo remédio para minhas inúmeras crises de enxaqueca.
Que você tenha vivido momentos felizes Dr Manresa.
Obrigada pelas verdadeiras aulas em seu consultório, e por marcar história na medicina e em nossos corações.

Maisa Amaral
Em 03/01/2012

Anônimo disse...

Olá, sou filha do Cotrim (Gabi). Vou sentir muita falta do seu pai, o domingo na casa dos meus pais nunca mais será o mesmo. Só vi meu pai triste assim quando minha avó faleceu. Ele perdeu seu grande amigo.
Muita força pra você e toda a família.
Beijos

Anônimo disse...

Querida Roberta!
Momento difícil onde admiro sua coragem em escrever linda homenagem transparecendo tanta admiração, tanto orgulho, tanto amor....coisas que sentimos por pais, forca essa que tenho ctz que encontrou e sempre encontrara dentro do seu coração, no amor pelo seu pai que jamais minguara, nas lembranças infantis e adultas que também não serão esquecidas, mas a dor desse momento,que só vc sente...essa minha querida...creia em Deus que diminuirá a cada dia, mesmo nas lembranças boas dessa vida tão linda. Mesmo distante o Dr Luiz para mim sempre foi o homem admirável que vc relatou e agradeço os momentos que passamos todos juntos....Fique em paz...e ele também....
Beijos com carinho,
Carol Teixeira

Ana Paula disse...

Querida Roberta,

Tudo o que lhe disser, será mto difícil nesta hora tão difícil. Fui paciente de seu pai por 20 anos, tenho 33 anos hj e sofri mto ontem ao saber a notícia do falecimento pela mídia, para mim tb foi perder um alicerce de todo este tempo.
Tb fico pensando no momento difícil que passaram desde o dia 24 até o retorno ao Brasil. Não sei a religião de vc, mas peço q algo superior lhes conforte de alguma forma.
A melhor imagem q tenho de seu pai, guardarei para sempre, foi em minha última consulta onde conversamos mto sobre a Itália, ele tinha acabado de voltar de lá e estava mto feliz pelo trecho q fez entre o norte da Itália e Suiça e me disse q não poderia deixar de fazer este trecho pela linda imagem. Ele me prometeu q antes de minha viagem, daria mtas dicas, infelizmente isto não acontecerá pois viajo em Maio em Lua de Mel.
O seu pai era um médico e amigo formidável.

Sinta orgulho pelo pai q teve, q com certeza terei pelo médico q me acompanhou durante a minha vida!

Grande abraço e conforto à sua família

Anônimo disse...

O que dizer de um médico tão competente e admirável, primo irmão do meu pai (Henrique manreza Thomaz), sempre atendeu nossa família com mto carinho, tanto que em outubro de 2004, meu marido teve um AVC, ele estando de férias deu instruções à equipe para que meu marido fosse transferido para o Hospital São Luiz, garantindo assim o tratamento adequado, sem cirurgias (estava sendo indicado em outro hospital), as seqüelas foram bem pequenas pelo grave AVC que foi no cerebelo.
Lamento profundamente a perda de um grande homem e insubstituível médico.
Fiquem com Deus e muita força.

Dolores Manreza Thomaz

Rosana Thomaz Datri disse...

Roberta, muito tocante sua carta. Imagino como vocês estão sentindo tamanha perda.
Eu, minha irmã e meus pais também, especialmente minha mãe, Zila, prima irmã de seu pai. Ela está com 87 anos e conviveu com a família de seu pai por muitos anos pois moravam próximos. Acompanhou a infância, adolescência e juventude de seu pai. Presenciou o crescimento do menino brilhante que sempre quis ser médico. Tinha verdadeira adoração por ele. Nem sei quantas vezes nos sentimos amparados por ele, orientando, comparecendo, sempre com segurança e determinação.
Que Deus o receba e nos console.
Rosana Thomaz Datri

Anônimo disse...

Tive o privilégio de trabalhar e conviver com o Prof Dr Manresa no Hospital São Luiz.

Foi uma honra e não acredito que ele tenha falecido.
Tentarei com unica palavra quem era o Manresa;

Como médico : GENIO
Como amigo : IRMÃO
Caráter :Excelente
Como pessoa : Insubstituível
Humor :Divertidíssimo
Cultura :Riquíssimo

Manresa : Voce continua entre nós. Para mim voce continua muito vivo. Com seus ensinamentos que jamais serão sepultados e com sua presença de espírito eterno.

Até logo. Estaremos juntos naquela cirurgia daquele paciente que voce me encaminhou.
Te vejo em breve

Um beijo

Jorge Kalil, Cirurgião Vascular

Eneida Di Medio disse...

Querida Roberta.

Não posso comparar a mimha dor com a dor da família, e dos amigos mais próximos.
Mas, posso dizer com lágrimas a correr pelo meu rosto que não perdi meu adorado médico somente. Eu perdi meu rumo como paciente de mais de 10 anos. Uma privilegiada paciente que em em 3 de outubro de 2000 fui operada por ele. Uma cirurgia de mais de 10 horas e como sempre de incontestável sucesso. Abrir um crânio não é para qualquer um. Vamos imaginar o que hoje está acontecendo na área da cirurgia plástica, na qual quase que impriosamente necesita de retoques. As cirurgias do Dr. Manreza eram não retocáveis, eram perfeitas, sem sequelas. Eu posso dizer isso com orgulho, mas com uma tristeza que não cabe no meu peito.
Não somente por ter perdido meu médico, amigo, e ser humano insubstituível. Ficou uma lacuna para mim, e muitos outros paciente atuais e aqueles que pudessem sê-lo.
Deus meu, como arrancar do meio de nós privilegiados que conseguiram estar perto dele... e estar com ele em conversas descontraídas mesmo que fosse uma consulta.
Ainda não internalizei, e não consigo acreditar que estou sem o Dr. Luiz Alcides Manreza.
Sei o quanto ele era apegado a família e as adoradas netas.
Mas, talvez ele não tivesse ideia do quanto éramos apegados a ele.

Deixo aqui Roberta, o meu pesar, a minha dor que se juntará a de vocês, sei que nunca o esqueceremos.

Um carinhoso abraço,

Eneida Di Medio

Maria de Nazareth Marques disse...

Roberta,
somente hoje eu soube da morte do seu pai. Foi uma das notícias mais tristes que eu recebi na minha vida.
Eu tenho um respeito e uma gratidão enorme pelo dr. Manreza.
Há +- 36 anos, seu pai, salvou a vida do meu filho.
Nós sofremos um acidente de carro no Rio de Janeiro. O meu filho, Amauri, tinha na época 2 anos e 9 meses. Ele teve fratura com afundamento de crânio. E depois de ser muito mal atendida no Rio de Janeiro resolvi vir para São Paulo de avião.
Como dizem que não existe coincidência, mas sim providencia, eu fui parar com ele no hospital São Luiz onde seu pai, estava de plantão.
Ele operou o meu filho, que já estava com pré-coma com o lado do corpo todo paralisado.
Hoje ele está com 39 anos, perfeito e sem nenhuma sequela.
Eu sempre dei notícias dele para o seu pai.
Dizem que "Deus não escolhe os capazes, mas capacita os escolhidos".
De verdade, o dr. Manreza foi escolhido por Deus para fazer o trabalho dele com tanto amor e competência.
Se existe um sentimento de gratidão verdadeiro é o de uma mãe por um ser tão digno que salvou a vida do seu filho.
Para você e seus irmãos fica uma saudade muito grande, mas um orgulho enorme por ter vivido tantos anos perto de um paizão tão grande.
Para mim ficou um mundo mais vazio, porque agora não tenho mais o seu pai para eu escrever ou telefonar contando todas as passagens importantes da vida do meu filho.
Que Deus dê bastante conforto para vocês, familiares e para nós clientes.
Nazareth (mãe do Amauri)