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Na TV Brasil

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PITACO DE MÃE - por Clarissa Meyer

Hoje eu vou relatar para vocês a minha experiência pessoal com o assunto audição – tema do Papo de Mãe deste último domingo.
Tive uma gravidez super conturbada, mas graças a Deus meu filho nasceu super bem: 39 semanas, 3kg, 49 cm, tudo certinho. Na maternidade, eu e meu marido pedimos que fosse feito o “teste da orelhinha”, pois já sabíamos da sua importância. Logo de cara ele não passou no teste em um dos ouvidinhos, mas a profissional que realizou o exame garantiu que poderia ser em razão de secreção pós-parto, que sairia em poucos dias. De fato, após 1 mês, refizemos o teste e ele foi aprovado.
Na verdade, eu só fiz esta pequena introdução para tranquilizar os casais que, eventualmente, passam por esta situação. Pode acontecer do bebê não ser aprovado no primeiro exame, mas isto não significa que ele terá problema. Em todo caso, isto só reforça a importância do teste da orelhinha ao nascer. Quanto mais cedo problemas deste tipo forem descobertos, menores as chances de agravamento e sequelas.
Os problemas de ouvido do meu filho começaram por volta de um ano e meio de idade. Ele sofreu de otite crônica em conseqüência de uma hipertrofia de adenóides e precisou passar por uma cirurgia para retirar as adenóides e colocar tubos de ventilação nos ouvidos. A cirurgia em si foi rápida, mas até ela acontecer, muita água rolou...
Desde bebezinho, e até os 2 anos e meio de idade, ele babava muito. Mas muito meeeesmo! Eram aproximadamente 12 trocas de babadores por dia!!! Cheguei a ter coleção: babador para ficar em casa, babador para ir à escola, babador para comer, babador para sair e por aí vai... Além disto, comecei a perceber que ele roncava de vez em quando  e respirava pela boca a maior parte do tempo. Ao mesmo tempo, começaram as infecções de ouvido. Uma atrás da outra...
Foi então que procurei alguns (rsrs) otorrinos... O primeiro foi taxativo: “ele precisa operar”. Não satisfeita, consultei um segundo, um terceiro, um quarto e um quinto! Mas todos foram unânimes no diagnóstico: hipertrofia de adenóides  e secreção parada nos ouvidos em decorrência de otites de repetição. Ou seja, cirurgia mais do que recomendada para o caso!
Mas eu confesso que relutei. Eu não queria de jeito nenhum submeter uma criança de apenas 2 anos a uma anestesia geral. Estava com muito medo. Mas à medida que fui frequentando consultórios e mais consultórios atrás do cirurgião que eu (!) considerasse apto a operar o meu filho, fui conhecendo mães na mesma situação que a minha e fui ficando muito otimista. Segundo elas, a vida dos filhos tinha mudado completamente depois da cirurgia...
Pois bem, escolhido o médico, marcada a cirurgia, tudo pronto, só havia um problema: meu filho estava sempre doente... Na primeira tentativa de cirurgia, fizemos a internação e tudo mais, mas ele não passou na anamnese do anestesista. Motivo: estava tossindo muito, vias respiratórias e pulmões muito congestionados. Não poderia operar naquele dia.
Na segunda tentativa, um mês depois, finalmente conseguimos. A cirurgia não durou meia hora. Ele entrou no hospital pela manhã e saiu à noite. Ficou uma semana em casa de resguardo e na semana seguinte já foi para a escola. Foi tudo perfeito, mas o que mais me chamou a atenção foi o efeito imediato da cirurgia. Só para dar um exemplo, no dia seguinte, eu liguei a televisão e ele comentou “mamãe, está alto”. Mas não estava. A TV estava no mesmo volume de sempre. Era ele que estava escutando melhor...
Eu só sei de uma coisa, depois da cirurgia, ele virou outra criança! Começou a falar, comer e dormir melhor. Ficou mais ativo, mais alegre, mais esperto. A única coisa que restou foi o hábito de respirar pela boca, o qual ainda estamos trabalhando... Uma vez por semana ele faz fono para “aprender" a respirar pelo nariz e agora está fazendo acompanhamento com odontopediatra. Embora ele tenha feito a cirurgia com apenas 2 anos, o fato de ainda respirar pela boca já comprometeu um pouco a arcada dentária. Por isto, provavelmente no ano que vem ele já terá que usar aparelho.
Mas tudo bem! Vamos em frente! Continuamos firmes e felizes porque para todos estes probleminhas existe um tratamento. E, felizmente, hoje a medicina está tão avançada  que para problemas mais sérios de audição também já se tem solução. Vocês assistiram o programa? Incrível, não? O que não se pode fazer é deixar agravar o problema. Deixar passar o tempo é a única coisa que não se pode fazer...
Quanto aos tubinhos de ventilação nos ouvidos, muitas pessoas me perguntam como é e quais os cuidados necessários... Olha, basicamente, o único cuidado é não deixar entrar água porque o tubinho é colocado por meio de um furinho no tímpano. Mas depois que o tubo cai e o furo se fecha, vida normal!
Hoje, já se passaram 3 meses desde que ele recebeu alta médica do otorrino. Estamos felizes da vida! E ele, o meu lindinho, está doidinho para entrar na natação - coisa que até então ele nunca fez!
LINDÃO DA MAMÃE, TE AMO MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!
Fico por aqui, deixando um agradecimento especial a todos os médicos, profissionais da saúde e da escola que ele estuda, que sempre cuidaram do meu filhote com tanto carinho. Obrigada por tudo!!!

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3 comentários:

Celina disse...

Graças a Deus seu filho está melhor Clarissa, quando meu flho nasceu tb fiquei apreensiva com o teste do ouvido e também o do olhinho, graças a Deus ele passou mas estava com sopro no coração, assim como meu primeiro filho, ficamos internados por 7 dias, mas depois dos exames fomos liberados para casa, hoje ele não tem mais nada, está com 2 anos já, mas foi muito difícil na época, o médico disse que se ele tivesse alguma complicação talvez ele não sobrevivesse nem no hospital... difícil escutar isso de um médico sobre um RN neh! mas passou, e te desejo toda sorte com seu 'pequeno'!
Bjoks

Clarissa disse...

Oi Celina, obrigada!
Fico feliz que seu filho esteja bem também.
Nós mães precisamos ter coração de aço para suportar tantas emoções, né?
Felicidades!
Beijos
Clarissa

Tatiana disse...

Celina, meu filho foi indicado para mesma operação porém não tem metade dos sintomas do seu filho e lógico iremos consultar outros profissionais.
Vc poderia me passar quem foi o cirurgião do seu filho? Este que te fez sentir segura?

Obrigada,

Tatiana