Olá,
pessoal!
O
tema do programa de ontem foi "brigas na escola", que também será o
tema do nosso blog até o final da semana. PORÉM, antes de darmos início às
postagens referentes a este tema, temos um "SOS PAPO DE MÃE" para
publicar.
Para
quem ainda não sabe como funciona o "SOS" é assim: o telespectador
manda sua pergunta pertinente ao tema que nós abordamos no
programa e nós encaminhamos esta pergunta ao especialista que participou. As perguntas
selecionadas são publicadas aqui no blog, preservando-se a identidade da pessoa. O e-mail para enviar perguntas é o [email protected].
Hoje
temos quatro perguntas. As duas primeiras quem as responde é a Dra. Ana Paula
Maia, psiquiatra do Programa de Transtornos Afetivos na Infância e Adolescência
do Instituto de Psiquiatria da USP e que já esteve presente no Papo de Mãe em
duas ocasiões: no programa sobre "filhos Rebeldes" e no programa
sobre "birra".
As
últimas duas perguntas quem responde é a fonoaudióloga Leny Kyrillos, especialista em
voz, que participou como convidada no programa sobre "distúrbios da voz e
da fala", exibido no dia 05.02.2012.
TRANSTORNO
OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC)
Pergunta:
Oi, tenho um filho adolescente de 13 anos. Ele está com TOC. Gostaria que a psiquiatra
falasse sobre esse transtorno. Ele está em tratamento com uma psiquiatra. Isso
tem causado muito sofrimento pra ele e para toda a família, pois, às vezes, não sabemos como lidar com ele.
Ana Paula Maia |
Dra
Ana Paula: O Transtorno Obsessivo Compulsivo atinge 2% da
população, muitas vezes, tem início na infância e na adolescência. No TOC, as
obsessões e compulsões (pensamentos e comportamentos repetitivos) não têm a
menor lógica ou sentido, mas a pessoa sente-se obrigada a pensar/fazer determinados
rituais. A causa é incerta, mas tem base neurobiológica, há componente genético
e ninguém cria no filho o TOC (ou seja, não precisa sentir-se culpada, pois não
faz sentido). Naturalmente, (sem tratamento algum), há períodos de piora e
outros de melhora dos sintomas, assim como a troca deles. As pessoas com TOC,
no geral, não tem nenhum comprometimento cognitivo (são inteligentes), pelo
contrário, costumam ser espertas e perspicazes. O tratamento mais indicado até
este momento é medicação (geralmente, antidepressivos, estes não causam
dependência, não prejudicam o crescimento dos adolescentes) e terapia
(principalmente TCC-terapia cognitivo-comportamental). Também há estudos
promissores com estimulação magnética transcraniana. Durante o tratamento, o qual
é longo, o importante é acolher seu filho, legitimar que os sintomas não fazem
sentido, mas entender que ele não faz por opção. Então, não adiantará dizer-lhe
para parar. Outro ponto é os familiares não ritualizarem com ele, mesmo que
isto, inicialmente, cause angústia para todos. Há um site e um livro bem
interessantes e que podem ajudar ele e sua família a se informar mais e
compartilhar experiências: http://www.astoc.org.br;
Medos Dúvidas e Manias, Editora Artmed. Abraços.
BIRRA
Pergunta: Tenho uma filha
de 1 ano e meio. Ela fica na creche
durante o dia, então só a vejo de manhã e à tarde, quando chego do serviço. Eu
e meu esposo brincamos muito com ela, conversamos, mas, às vezes, ela fica nervosa. Quando não a deixamos fazer algo que ela quer, ela começar a morder
quem está perto, ou se morde, belisca ela mesma ou quem deu a bronca, faz birra
e se joga no chão. Na creche, me disseram que ela não faz isso, que é super
comportada, vez ou outra unha alguma criança. O que devo fazer?
Dra Ana Paula: Sua filha com esta idade acabou de aprender
minimamente a palavra “NÃO” e o quanto isto é importante nas relações
sociais. Também está iniciando um processo de independência, o qual inclui
andar com firmeza, falar, ficar envergonhada se
repreendida e suportar períodos mais ou menos breves longe dos
pais (principalmente da mãe). Parece que estes “ataques” (vamos chamar assim) são uma mistura de raiva
e frustração por não conseguir impor sua vontade, pelo seu “não” ser mais fraco
do que o dos pais e até mesmo para expressar que não ficou satisfeita em estar
longe de vocês. Quando ela chega da escola (caso isto já não exista)
é importante saber como foi lá (não espere nada muito elaborado de resposta) e
brincar com ela, mas não até ela esgotar, e sim por um período, pois ela
precisará se alimentar e ter o ritual do sono assim como vocês. Por vezes,
isto basta. Nos momentos em que ela tiver estes “ataques”, perceba se é
melhor somente permanecer ao lado até ela se acalmar e depois conversar
que não é bom ela se morder e se beliscar ou machucar os outros, por mais que
ela fique brava e com raiva (algo que ela pode e deve ficar algumas vezes) ou
intervir (segurando-a mesmo) para evitar riscos, esperar acalmar e conversar. Abraços.
ATRASO DA FALA
Pergunta: Olá meninas! Falei pra mim
mesma que não poderia perder o programa Papo de Mãe sobre os problemas da voz,
mas perdi e não me conformei ainda... Tenho um filhote de 2 aninhos que não
fala ainda, quer dizer, ele fala a linguagem dele (blábláblá), que a gente não
entende nada. Ele passou por todos os “tatás”, “dadas”, “mámás”, etc..., aponta
tudo que quer, faz birra e fala essa linguagem diferente. Estou começando na fono e já fiz audiometria. Gostaria
de saber se teve algum caso parecido no programa e que teve sucesso posterior e
se a fonoaudióloga que esteve presente falou sobre isso. Estou um misto de
ansiedade e preocupação referente a isso, mas estou acompanhando e seguindo as
orientações da pediatra.
Leny Kyrillos |
Dra Leny Kyrillos: Olá!
Falamos sobre isso, sim! Aos 2 anos é esperado que a criança já seja capaz de
usar pequenas frases. Ela deve demonstrar intenção em se comunicar, e ser
reforçada todas as vezes que isso acontecer. É importante descartar qualquer
problema auditivo! Você deve conversar bastante com ela, brincar com músicas,
sons de animais... Deve descrever tudo o que faz com ela (ex: no banho, falar:
"vamos lavar a barriguinha, vamos molhar a cabeça...) e devolver o padrão
correto quando ela falar, sem corrigir, ou seja, falar o correto em seguida
(ex: mama... Ah, você quer o seu leite agora?). O importante é que ela está
sendo acompanhada por um profissional, e que você está atenta, fazendo a sua
parte! Boa sorte!
LÍNGUA PARTIDA
Pergunta: Olá doutora Lenny. Estava no
chat do programa, mas não deu para pegar todas as respostas. Bem, meu filhote,
quando nasceu, percebi que a sua linguinha tava partidinha ao meio. Levei ao
pediatra e me encaminharam para o dentista, que me disse que era muito cedo
para tomar alguma atitude. Faço isso a cada 6 meses. Dia 7 de fevereiro ele faz
3 anos de idade. Não me afirmam com precisão se ele tem o freio curto e se
precisa realmente de intervenção cirúrgica, até mesmo porque o meu filhote fala muito bem todas as palavras, exceto as
que tem o “R” no meio. Ex: prato. etc. Vendo o programa pude perceber que
talvez não esteja fazendo acompanhamento com o profissional específico deste
caso. Se estiver errada, por favor, me corrija e me diga qual especialista de
fato devo procurar. E se puder me indicar um e onde achá-lo. Moro em Brasília e
estou muito preocupada com isso porque o tempo está passando. Desde já agradeço
a sua atenção. Parabéns pelo programa, estava maravilhoso.
Dra Leny Kyrillos: Oi
querida! Tudo bem? Ótimo, que bom que você está acompanhando! Seria bacana você
procurar um otorrino, para avaliar a situação. Mas se ele está falando
normalmente, não se preocupe! O som do /r/ é adquirido por volta dos 3-4 anos.
Estimule a alimentação de sólidos, para ele mastigar bastante, e brinque com
sonzinhos para estimular. É importante garantir que ele respire bem pelo nariz!
No mais, parabéns pelo seu interesse e cuidado, e boa sorte!
***
RECADO IMPORTANTE
ATENÇÃO A TODOS!!! Vamos ajudar DIVULGANDO!!!!
ATENÇÃO A TODOS!!! Vamos ajudar DIVULGANDO!!!!
Venho por meio deste divulgar o trabalho maravilhoso que é realizado naAudioteca Sal e Luz e que corre o risco de acabar. A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros).
Mas o que é isto? São livros que alcançam cegos e deficientes visuais (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita. Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.
Nos ajude divulgando!!! Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho, DIVULGUE!!! Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125 - Centro. RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.
A outra opção foi uma alternativa que se criou, face à dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade. Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.
A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados que realmente contemplem o trabalho, senão ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros... Ajudem-nos. Divulguem!
Atenciosamente, Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz.
Rua Primeiro de Março, 125- 7º Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000 Fone: (21) 2233-8007 Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas http://audioteca.org.br/noticias.htm
A Audioteca não precisa de Dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO! Então conto com a ajuda de vocês: repassem! Eles enviam para as pessoas de graça, sem nenhum custo. É um belo trabalho! Quem puder fazer com que a Audioteca chegue à mídia, por favor fique à vontade. É tudo do que eles precisam.
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