Só no primeiro semestre deste ano, o Brasil realizou mais de 2 mil transplantes de órgãos, o que representa um crescimento de 16,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Mas ter um filho na fila para receber um orgão não é nada fácil. A espera pode ser longa e a família precisa ter muita força para não perder a fé e a esperança.
No programa deste último domingo (26/12), você conheceu histórias emocionantes, como a de Regina, mãe de 4 filhos e com um deles na fila a espera por um rim. Regina já havia doado, há alguns anos, um rim para o filho, mas o rapaz teve rejeição ao órgão. Conhecemos também a Lucelene, mãe de uma jovem que recebeu transplante de córnea nos dois olhos.
Contamos, ainda, com a participação de Maria Inês, que juntamente com seu marido Valdir, fundou a ONG GABRIEL, após ter uma experiência um tanto frustrante em sua vida: após levar a termo uma gestação de um bebê anencéfalo somente com o objetivo de doar os órgãos, o bebê veio a falecer sem que os médicos pudessem aproveitar seus órgãos em razão da falta de previsão legal para estes casos.
Crianças e adolescentes ficam no topo da fila de transplantes para receber órgãos de doadores da mesma faixa etária. Além disto, ganham o direito de se inscrever na lista para um transplante de rim antes de entrar na fase terminal da doença renal crônica e de ter indicação para diálise.
Por lei, apenas parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores de uma determinada pessoa quando vivos. Entre os órgão que podem ser doados com a pessoa ainda viva estão o rim, o fígado e o pulmão. No caso destes dois últimos, retira-se uma pequena parte do órgão e transplanta-se. Logo, estes órgão regeneram-se tanto no doador quanto no receptor. Também é possível doar enquanto vivo a medula óssea, o sangue do cordão umbilical e o próprio sangue. Gestos simples como estes podem salvar vidas.
Por falar em medula óssea, atualmente, o Brasil registra a marca de 1 milhão e setecentos mil doadores. É o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e Alemanha. A chance de se encontrar um doador compatível fora da família é de uma em 100 mil. O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea - REDOME, coordena a pesquisa de doadores nos bancos brasileiros e estrangeiros.
Na reportagem de Rosângela Santos, conhecemos a comovente história de dona Augusta, que aos 68 anos prepara-se para doar um rim ao seu filho, Aílson, portador de uma doença grave. Os filhos de Aílson também são portadores da mesma doença do pai e por isto, hoje, precisam tomar uma série de cuidados para que, no futuro, não venham precisar de um transplante. Apesar das dificuldades, a família é muito unida e não perde a esperança de que tudo ficará bem. O transplante de Aílson está marcado para o dia 02 de fevereiro de 2011 e nós estamos na torcida por ele e pela dona Augusta!!!
Em relação a doação de outros órgãos é importante sempre deixar muito claro que não é necessário que a pessoa faça previamente nenhum documento por escrito. Basta que ela manifeste sua vontade em doar os órgãos à família ainda em vida, e que esta respeite a sua vontade depois de sua morte.
Felizmente, as pessoas têm, cada vez mais, consciência da importância da doação de órgãos, o que se reflete em números. Para se ter uma idéia, só no Estado de São Paulo, o número de transplantes de órgãos cresceu 31,6% nos cinco primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Para a Secretaria de Estado da Saúde, o resultado se deve, principalmente, ao crescimento do número de doadores de órgãos.
O Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde, está presente em 25 Estados brasileiros através das Centrais Estaduais de Transplantes. As Centrais são responsáveis pela notificação, captação e distribuição dos órgãos destinados a transplante. Para mais informações sobre as Centrais, listas de espera e centros médicos, acesse: www.saude.gov.br ou pelo disque transplantes: 0800 61 1997.
Enfim, este foi um breve resumo do nosso programa sobre Transplante. Fica aqui o nosso apelo para que cada um sua parte! Doe sangue, faça o cadastro nos centros de doação de medula óssea e não esqueça de avisar a sua família sobre a sua vontade em doar os órgãos depois de sua morte. Lembre-se de que cada órgão de um único corpo pode estar salvando várias vidas!!!
Encontre mais informações acessando os seguintes sites:
Um comentário:
Olá, blogueiro (a),
Salvar vidas por meio da palavra. Isso é possível.
Participe da Campanha Nacional de Doação de Órgãos. Divulgue a importância do ato de doar. Para ser doador de órgãos, basta conversar com sua família e deixar clara a sua vontade. Não é preciso deixar nada por escrito, em nenhum documento.
Acesse www.doevida.com.br e saiba mais.
Para obter material de divulgação, entre em contato com [email protected]
Atenciosamente,
Ministério da Saúde
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