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segunda-feira, 31 de março de 2014

Mãe x trabalho: como driblar a culpa?

Confira o que é possível fazer para resolver essa equação

Por Cíntia Marcucci, Daniela Tófoli e Fernanda Carpegiani - Revista Crescer

1) Aceitar que não dá para ser perfeita
Sentir-se em dívida com os filhos é compreensível, afinal queremos sempre mais e melhor para eles, mas não deixamos de ter nossas necessidades – e vontades. “Mesmo as melhores mães do mundo têm momentos ruins. Talvez uma mãe que tenha apenas um filho, que não dê trabalho algum, não se sinta assim, mas não acontece com muita frequência. Porque nem sempre a mãe vai querer o que o bebê quer. E não há uma criança que nunca teve um dia ruim e jogou comida no chão”, afirmou a psiquiatra e psicanalista norte-americana Barbara Almond, autora do livro The Monster Within: The Hidden Side of Motherhood (O Monstro Interior: O Lado Oculto da Maternidade, em tradução livre), em entrevista já publicada na CRESCER.


2) Entender, definitivamente, que é preciso fazer escolhas
Assim que você compreender que dá, sim, para ser uma excelente mãe sem ser perfeita, vai perceber que escolher até pode ser um pouco sofrido, mas é mais que necessário. Quer ver? Se você quer dar uma alimentação balanceada ao seu bebê e a cozinha não é o seu forte, que mal tem em comprar papinha caseira orgânica de vez em quando? O tempo que você ia gastar se irritando na frente do fogão pode ser usado para se esparramar com ele no tapete da sala e brincar, contar história, cantar... Em um primeiro momento, você pode até ficar com aquela culpa por não fazer a comida dele, mas logo vai descobrir que o tempo que ficaram juntos brincando foi tão importante quanto.

3) Ser flexível
Ainda estamos longe da tão sonhada flexibilidade no trabalho, mas podemos tentar ter certo jogo de cintura com as nossas rotinas. Das mães que responderam à pesquisa da CRESCER, feita em 2011 com mais de 5 mil mulheres que trabalham, 63% disseram que o trabalho ideal seria meio período no escritório e meio em casa, e 68% abririam mão de parte do salário para reduzir jornada. Se nenhuma das possibilidades é viável para você, o jeito é montar um esquema que não torne seu dia a dia impossível. Vale lembrar também que, quando você se mostra uma profissional competente (o que não quer dizer ficar horas na empresa), fica mais fácil conseguir um acordo com o chefe.

4) Saber pedir ajuda
Seja contratar uma babá, um motorista, uma cozinheira; pedir uma mãozinha para a mãe, para a sogra, para a melhor amiga, ou até tirar o máximo de proveito que a tecnologia nos oferece, vale-tudo na hora de tornar a vida menos estressante. E isso não é sinal de fracasso. O que você precisa saber é que, embora a responsabilidade de criar os filhos seja dos pais, a sociedade também precisa se empenhar para ser mais “amiga da família” por um motivo, no mínimo, prático ou matemático: toda comunidade precisa que os adultos tenham filhos para ter força de trabalho e, assim, gerar dinheiro para pagar suas contas. De acordo com a pesquisa da CRESCER, 70% têm apenas um filho.

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