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Na TV Brasil

segunda-feira, 7 de março de 2011

Sexo frágil e a prevenção da AIDS no carnaval

Oi pessoal! O Papo esta semana é sobre Internet. E como vimos no programa, uma de nossas preocupações aqui no blog é fazer uma prestação de serviço, levando para vocês informação com credibilidade.
Já que estamos em pleno feriado de carnaval, nada mais apropriado do que lembrarmos de um assunto muito importante: a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Por isto, trouxemos para vocês este artigo de autoria de Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan, que já participou como especialista convidada no Papo de Mãe sobre "Namoro".
Sexo frágil e a prevenção da AIDS no carnaval

Por Maria Helena Vilela*

A campanha de carnaval de 2011 terá como público as mulheres de 15 a 24 anos. O público feminino foi escolhido porque a infecção entre as mulheres está em constante crescimento. Apesar de haver mais casos da doença nos homens, essa diferença diminui ao longo dos anos. Segundo o Ministério da Saúde - Departamento de DST/Aids, em 1989, a razão de sexos era de cerca de 6 casos de aids no sexo masculino para cada 1 caso no sexo feminino. Em 2009, chegou a 1,6 caso em homens para cada 1 em mulheres.
As mulheres lutaram por seus direitos sexuais, pelo direito de estudar, desenvolver uma carreira profissional e conquistar sua autonomia econômica e pessoal. Mas, quando a questão é amor e sexo, a garota volta no tempo, e ainda se comporta de forma submissa aos desejos do namorado e, presa a mitos e tabus que colocam sua vida em risco, como por exemplo, a virgindade.
A virgindade ainda é muito valorizada na mulher. Sabendo disso, muitas garotas acabam cometendo equívocos incríveis para não romper o hímen – fazer sexo anal; prática sexual que quando realizada sem preservativo é a de maior risco de infecção pelo HIV. Na contra mão dos fatos, pesquisas mostram a dificuldade de a garota negociar o uso da camisinha por medo de perder o namorado, de ser julgada "galinha", ou ainda pior: não usar preservativo em nome do amor, acreditando que "quem ama confia". Tais comportamentos fazem da mulher o verdadeiro sexo frágil.
A infecção pelo HIV se dá pelo contato direto com o sangue, o sêmen e as secreções vaginais, e isto pode acontecer no sexo oral, mas principalmente, na relação vaginal e no sexo anal. O ânus e a vagina são órgãos muito vascularizados, revestidos por um tecido delgado chamado de mucosa. Na relação sexual, especialmente durante a penetração, o pênis provoca atrito na vagina ou no ânus, causando micro-fissuras nas paredes das mucosas, aumentando o risco de que o HIV presente no esperma entre na corrente sanguínea.
Outro fator que aumenta a vulnerabilidade da mulher à Aids é a menstruação. Quando a mulher está menstruada, a descamação da parede do útero, o deixa completamente exposto ao HIV. Fazer sexo menstruada é "entregar o ouro para o bandido", pois o vírus atinge a corrente sanguínea sem precisar fazer esforço.
Como se não bastasse tudo isso, o canal vaginal é um órgão interno, o que dificulta à mulher perceber qualquer alteração na vagina. Muitas vezes, ela só descobre que tem uma infecção, ou mesmo uma DST, se consultar um ginecologista, ou quando a doença já está bastante adiantada. Uma infecção agrava ainda mais a fragilidade da parede vaginal, aumentado a vulnerabilidade da mulher à Aids.
Meninas sejam espertas e fiquem fora desta estatística da Aids. Se existe sexo frágil, estes são o sexo anal e o vaginal, quando o assunto é Aids. Portanto, alguns cuidados são fundamentais na sua vida, e especialmente, no carnaval:
· Nunca delegue o cuidado com o seu corpo. O corpo só tem um dono, e este é você. Quando você delega, o outro pode não priorizar os seus interesses.
· Só se previne quem tem convicção dessa necessidade. Busque informações sobre razões para se prevenir, sexualidade, prevenção, DST/Aids e métodos contraceptivos.
· Não faça qualquer negócio sexual no carnaval. A auto-estima da mulher está condicionada a sua capacidade de despertar o interesse nos homens, principalmente, em festas como o carnaval. Se achar que está invisível, mesmo assim, não faça nenhum acordo que possa lhe colocar em risco.
· Antes de cair na folia escreva uma lista com os nomes das pessoas que você considera importante e que lhe ama. Isto ajudará você a não esquecer que é amada
· Sei que é difícil, mas se for transar não beba. A bebida atrapalha o prazer e faz você esquecer seus limites.
· Nunca negocie o uso da camisinha na hora da transa. O tesão embriaga e lhe deixa entregue a sorte, ou azar!
· Conheçam a camisinha feminina. Ela é uma opção, e já existem modelos mais simples que facilitou a sua colocação.
· Na falta da camisinha, você não precisa abrir mão do prazer sexual. O casal pode realizar práticas sexuais que não sejam de risco, como a masturbação simultânea entre os parceiros
· Existem camisinhas de vários tipos e qualidades. Portanto, sempre haverá uma que se adeque ao seu parceiro.
· Sexo é uma brincadeira de verdade. Quando a gente se machuca, a cicatriz fica para sempre.
*Maria Helena Vilela é orientadora sexual e diretora do Instituto Kaplan – www.kaplan.org.br. Participou como especialista convidada do Papo de Mãe sobre "Namoro" exibido em 12.09.2010.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sexo é um prazer de verdade, gostoso, normal dos animais, e tem que fazer com qualidade. O que faz de qualquer maneira, anormal, sem qualidade, mesmo com prazer, pega doenças-HIV - e a cicatriz por toda à vida, ou seja, um filho que não desejou. E agora? Como criar?......