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Na TV Brasil

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Pais Separados e Alienação Parental

Olá, pessoal!
Vocês sabiam que, no Brasil, de acordo com o IBGE, para cada quatro casamentos, ocorre uma separação? E que em 23 anos a taxa de divórcios cresceu mais de 200%? É verdade. Só em 2007, foram quase 180 mil divórcios. A explicação para isso seria a mudança no comportamento da sociedade, que passou a aceitar o divórcio com maior naturalidade.
No último levantamento feito pelo IBGE, em 89% dos divórcios, a responsabilidade pela guarda dos filhos ficou com a mulher. Em 76%, houve comum acordo. Mas isso vem diminuindo. Nos últimos dez anos, o número de divórcios não consensuais aumentou. Tanto é que existe uma lei que obriga as escolas a fornecer a pais separados uma cópia do boletim escolar dos filhos para cada um dos genitores, além de passar dados sobre o desempenho e a frequência escolar. O objetivo é ajudar muitos pais que não conseguem ter acesso às informações escolares dos filhos – o que acontece muito em casos de alienação parental, por exemplo.
Para quem não sabe, a Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, consiste na situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de rejeição em relação ao outro.
Os casos mais freqüentes da Síndrome da Alienação Parental estão associados a situações onde a ruptura da vida conjugal gera, em um dos genitores, uma tendência vingativa muito grande. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao ex-parceiro, onde o genitor alienante tenta a todo custo excluir o outro da vida dos filhos, interferindo nas visitas, atacando a relação, denegrindo a imagem e assim por diante... Como consequência, a criança alienada, normalmente, apresenta um sentimento constante de raiva e ódio contra o genitor alienado, se recusando a dar atenção, visitar, ou a se comunicar. Além disso, as crianças vítimas da SAP são mais propensas a apresentar distúrbios psicológicos (como depressão, ansiedade e pânico), utilizar drogas e álcool como forma de aliviar a dor e culpa da alienação, apresentar baixa auto-estima, fraco rendimento escolar, dificuldades de socialização, dentre outros sintomas.
Na verdade, trata-se uma atitude extremamente maléfica e errônea que pode acarretar consequências muito negativas na vida de uma criança e que podem comprometer sua personalidade futura. Por mais que seja difícil, é preciso separar a relação entre o ex-casal da relação entre os filhos - que não têm culpa dos atos cometidos por seus pais e que, por isto, não devem pagar por eles...
Pensando nisto, o Projeto de Lei 4053/08, do deputado federal Regis de Oliveira, tem como proposta regulamentar a Síndrome da Alienação Parental e estabelece diversas punições para essa má conduta, que vão desde advertência e multa até a perda da guarda da criança. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, terá agora seu mérito examinado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e depois irá para o Senado.
Para maiores informações sobre a SAP visite o site www.alienacaoparental.com.br.
E não percam, amanhã, terça-feira, às 18h30, na TV Brasil, a última reprise do Papo de Mãe sobre PAIS SEPARADOS.
Um grande beijo,
Equipe Papo de Mãe

10 comentários:

Fernanda Benitez disse...

Olá meninas,

Vcs acreditam que eu assisti o progama na segunda e até agora não tinha tido um tempinho para vir aqui?????? Fim de ano correria total rsss.

O programa foi ótimo, como sempre, adorei a ênfase sobre alienação parental.

A alienação parental para mim é uma das piores crueldades psicologicas e afetivas feitas a uma criança, e o pior, é feita por um dois pai ou os dois. Pais estes que deveriam primar pela boa saúde psiquica dos seus filhos agem de forma cruel e egoísta pensando neles próprios e em suas frustrações conjugais.

Infelizmente é rotina, acontece muitooooo, e as consequencias futuras podem ser muito graves tb.

Já estamos presenciando algumas: jovens violentos, sem amor no coração, sem respeito ao próximo, revoltados e sem limites, podem ter certeza que isso tem uma consequencia láaaa na alienação parental tb (além de outras tantas, claro).

Amigas é hj a nossa entrevista com a psico da Vara da Infância, estou com friozinho na barriga, torçam por nós.

beijinhossssss

Clarissa Meyer disse...

Oi Lê, boa sorte, querida, temos plena certeza que você vai conseguir adotar seus meninos em breve!Depois, volte aqui para nos contar como foi a entrevista!
Pena que vc mora tão longe, mas se um dia pintar uma oportunidade de vir a SP, nos avise para que a gente marque alguma coisa!
Falo em nome das meninas também, que gostam muito de você!
Beijos
Clarissa

Roberta Manreza disse...

Querida amiga,

Estou aqui cruzando os dedos. Sorte, sorte
e mais sorte. Nos avise, vamos ficar aguardando, pensando em vc e mandando boas energias. Que pena que vc mora longe...eu queria organizar um encontro de
fim de ano.

Bjs,
Roberta Manreza

Anônimo disse...

Sou casada a 7 anos, tenho um filho de 2 anos, estou em um processo de fim de casamento, ainda não nos separamos, mas estamos caminhando para isso, faz algum tempo que a família do meu marido vem fazendo coisas para sujar a minha imagem perante ao meu filho. Sendo essa atitude vinda dos avós paternos e não do pai (que apesar de não fazer, também no me defende), uma alienação parental? Se for, como devo agir?

Clarissa disse...

Querida, sua situação é complicada, mas eu acredito que ainda haja tempo de reverter ou impedir maiores danos. No site www.alienacaoparental.com.br eles dão algumas dicas, dentre elas a de buscar ajuda de um profissional. Pode ser um terapeuta ou um serviço social - na maioria das cidades há serviços gratuitos - o que eu acredito que seria muito bom no seu caso. Procure resolver tudo sempre com muito diálogo. Se houver abertura, converse com seu ex marido e até mesmo com os pais dele sobre a questão. Não é saudável para ninguém crescer ouvindo que "o pai é isso" ou "a mãe é aquilo". Tente fazer com que entendam que é para o bem da criança.
Não sou profissional no assunto, falo de mãe para mãe, ok?
Boa sorte !
Um grande beijo
Clarissa Meyer
Equipe Papo de Mãe

Isabella Santoro disse...

Olá! Meu nome é Isabella, sou separada e tenho dois filhos. Assisti ao programa e achei muito esclarecedor. Parabéns a todos vocês que abordaram um assunto tão importante e de forma tão aberta e simples. Tudo começa e termina com os pais. Bom relacionamento entre ex marido e ex mulher é super importante para os filhos e quando não dá para ser dessa forma, que seja ao menos educado. Nossas crianças precisam sentir que continuam tendo um pai e uma mãe, mesmo que separados.
Um abraço Isabella Santoro, Rio de Janeiro

Clarissa Meyer disse...

Olá, Isabella!
Que bom que você gostou do programa!
Obrigada pelas palavras e parabéns pela sua atitute! Pena que nem sempre os casais conseguem manter um mínimo de diálogo depois que se separam. Para os filhos é tão importante, não é verdade?
Continue assistindo ao papo de mãe e participando do nosso blog!
Beijos
Clarissa Meyer
Equipe Papo de Mãe

Harlem Renato disse...

Por favor, fiquei muito impressionado com o programa dos pais separados.

Gostaria de saber se vcs não tem vídeo gravado dele, ou no youtube ou no site ou sei lá onde.

Preciso mostrar para a minha esposa.

PARABÉNS, FIQUEI PRESO À TV O TEMPO TODO. PENA QUE ACABOU.

GRATO,

HARLEM

Clarissa Meyer disse...

Olá, Harlem!
Você terá oportunidade de rever o programa sobre pais separados agora no dia 24/01 e no dia 14/02, ambos 13h30.
Obrigada pela audiência e participação!!!

Carina (SP) disse...

Olá, achei o programa muito legal...

Vivo uma situação complicada, tenho uma filha de 8 anos e sou separada desde que ela tinha apenas alguns meses. O relacionamento acabou devido a ua agressão que eu sofri do pai dela,(ele também me agrediu outras vezes depois da separação, sendo impossível qualquer forma de diálogo) mas de lá para cá vivo sobre constantes ameaças de perder a guarda da minha filha. Como me separei, a família dele diz que não tenho condições de criá-la sozinha. Chegam a falar coisas absurdas a meu respeito para ela, como que eu a abandono, (pois trabalho e estudo, passando o dia todo longe de casa), a pouco tempo disseram que a menina sofreu abuso sexual, e que iriam levar isso a justiça. ( Tudo mentira!). Tentei diversas vezes algum tipo de acordo, cedi que ele pegasse a menina mais vezes que era determinado em juízo, achando que isso diminuiriam os problemas, mas o que acontece cada vez mais, são escândalos e acusações de que eu deixo a menina passar 2 dias na casa dele pq eu quero abandona-la. Gostaria de saber como eu poderia me defender de tais acusações, e principalmente, como devo agir para que as ameaças de pegar a guarda dela parem, pois, mesmo asabendo que, para isso, ele prescise provar algo contra mim, ainda fico com medo.

Abraços a todos!!!