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Na TV Brasil

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Bullying: entrevista com Mauro Godoy

Olá, pessoal!
Vocês sabem o que é BULLYING? Pois este foi o tema do Papo de Mãe desta semana. O Bullying consiste na prática de atos de violência física e/ou psicológica, intencionais e repetitivos, que ocorrem dentro do ambiente escolar. O termo vem da palavra inglesa bully, que significa “valentão”. As vítimas são, normalmente, ridicularizadas perante seus colegas por um ou mais indivíduos. Dentre as práticas mais comuns estão os apelidos maldosos e ofensivos, a humilhação, a discriminação, a exclusão, a intimidação, a perseguição e a agressão física. Uma variação do bullying que tem se tornado comum hoje em dia é o chamado cyberbullying, que nada mais é do que a prática de todos estes atos realizados por meio da internet. Além dos alunos, os professores também podem ser vítimas deste tipo de violência,  sendo esta uma das maiores causas do elevado índice de desistência da profissão.
No mundo inteiro, o bullying é uma grande preocupação. Segundo a ONG internacional PLAN, que atua pelos direitos da infância, 70% dos estudantes brasileiros são vítimas de violência escolar. E, no mundo todo, cerca de um milhão de crianças sofrem algum tipo de violência nas escolas todos os dias.
No Brasil, um estudo da UNESCO feito em catorze capitais revelou que entre os estudantes que têm arma de fogo em casa, 70% já levaram a arma para a escola. E que 47% dos professores já sofreram agressões verbais. Este estudo revelou ainda que a violência tem impacto decisivo no aproveitamento escolar, sendo ela uma das principais razões da evasão escolar.
A situação também preocupa as autoridades. No Estado de São Paulo, por exemplo, as escolas públicas receberam um manual contra o bullying no início do ano letivo. A cartilha está sendo usada por diretores, coordenadores pedagógicos e professores. A ONG Safernet Brasil, que tem o objetivo de defender e promover a educação e os direitos humanos na internet, também elaborou uma cartilha que pode ser encontrada no site http://www.safernet.org.br/.

Fiquem agora com a entrevista concedida pelo psicólogo e antropólogo Mauro Godoy para nossa repórter Rosângela Santos.
RS: Que problemas o Bullying pode trazer?
MG: Traumas muito fortes, complexo de inferioridade. Quando a pessoa apanha de fato, quando vira “saco de pancadas” do grupo muito cedo, a pessoa tende a assumir que é a pior, perseguida, presa fácil. Mas esta situação deve ser vigiada, controlada e evitada.
RS: O que devem fazer os pais?
MG: Como a gente vive num mundo em que as regras devem estar acima, os pais devem exigir da escola (ou do outro lugar onde está criança) que haja controle sobre isso. Esta exigência tem que ser forte. Tem que explicar para o filho que isso pode acontecer e ensinar a criança a se defender. Se a criança ataca e não acontece nada, então a outra tem que se defender. Isto, psicologicamente, desenvolve garra, força e auto preservação. Quem evita 100% a violência desenvolve síndrome do pânico, fica passivo e mais sujeito aos ataques do que pessoa que sabe se defender.
RS: O bullying retrai? Quais os sinais de alerta para os pais?
MG: Se você vê seu filho catatônico, travado, congelado, sob pressão ou com paranóia é sintoma de que algo está acontecendo. Alguém está acuando seu filho. Se ele não é do tipo que fala, talvez esteja repetindo o comportamento dos pais que também não falam. Como mãe e como pai você esconde? Então seus filhos vão esconder também porque eles imitam os pais. Mas a partir daí procure vasculhar. Ir até a escola e observar comportamento do seu filho com outras crianças... Câmeras na escola são uma importante prevenção ao bullying.
RS: O bullying pode ter consequências graves?
MG: Sim. Síndrome de perseguição, paranóia, síndrome do pânico. A pessoa convive com o medo. E isto se torna neurose. E quando essa neurose se manifesta, a pessoa fica histérica, com medo de ter medo. Isto é sintoma de síndrome do pânico!

É isso, gente, o assunto é muito sério! Vamos dizer NÃO ao bullying!!!
E o próximo programa vai tratar sobre Consumismo. Como educar os filhos numa sociedade consumista como a nossa? Será que existe saída? Descubra no  Papo de Mãe  desta quinta (26), às 18h30, na TV Brasil. Reprises no domingo (13h30), na segunda (12h30) e na terça (18h30).
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ATENÇÃO!!! Em breve, a equipe do Papo de Mãe entrará no estúdio para gravar novos programas. Os temas serão os seguintes:
- Atividades infantis
- Literatura
- Mãe depois dos 40 e tratamentos para engravidar
- Crianças desaparecidas
- Bichos de estimação
- Filhos prematuros
Quem estiver em São Paulo e tenha interesse em participar escreva para [email protected]. Enviem também relatos sobre suas experiências para serem lidos no programa e perguntas para nossos especialistas.
Obrigada pela audiência! Contamos com a participação de todos!
Um grande beijo,
Equipe Papo de Mãe 

3 comentários:

Anônimo disse...

Me chamo Fabiana e sou fã do programa. Eu não sei se a pergunta é apropriada mas eu queria saber a opniao de algum psicilogo a respeito das historias infantis e cantigas de roda. Acho tudo muito violento e com finais nem sempre apropriados; certa vez eu li que as crianças não assimilam muito bem quando pequenas o real sentido da história e queria de sabe se isto é verdade. Desde já agradeço. beijos, Fabiana.

PAPO DE MÃE disse...

Fabiana, obrigada por enviar sua pergunta. Ela será lida no programa e vamos aguardar a opinião dos convidados!
Bjs
Clarissa Meyer

Anônimo disse...

Olá equipe do programa!
Só agora tive tempo de escrever. Fiquei sensibilizada com a estória do menino que não tem amigos, aquele que estava no programa. Teve uma hora que alguém sugeriu que a mãe tentasse fazer amizades com outras mães para ajudar o menino, mas não sei se ela entendeu. Acho que o que a moça sugeriu foi que ela fizesse amizade e com isto tentasse uma amizada para o filho. Seria só o primeiro passo. Não precisa fazer toda vez, mas ajuda-lo a ter o primeiro amigo, sabe. Ela disse que já tentou de tudo, mas eu acho que ela deveria continuar tentando. Quero parabenizá-las e dizer que gostaria de assistir ao programa de bulling novamente. Já votei. Abraços. Regina.