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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Terapia com cavalos chega a crianças carentes

Indicada para pessoas com algum tipo de deficiência, sequelas de acidentes, síndromes de nascença ou adquiridas, a equoterapia promove a evolução do equilíbrio, ajuste tônico,  além de melhoras na cognição, fala, deglutição, aspectos psicológicos e sociais


Abril de 2014 - "Depois que meu filho começou a fazer a terapia com cavalos seu quadro evoluiu consideravelmente. Agora ele tem mais firmeza na cabeça e no tronco, consegue dar alguns passos, fica sentado e está mais tranquilo. Quero que ele continue a fazer a equoterapia por muito mais tempo", diz Maria do Carmo Gonçalves, mãe de Maikon Gonçalves, de oito anos.


Toda semana, Maria do Carmo  leva o filho para as sessões de equoterapia, que são oferecidas gratuitamente pela Walking Equoterapia, em Interlargos, São Paulo. Maikon nasceu com paralisia cerebral e epilepsia generalizada de difícil controle, e tem mostrado bons resultados, após quase quatro anos de acompanhamento com a equipe de equoterapia da associação.

Indicada para pessoas com algum tipo de deficiência, sequelas de acidentes, síndromes de nascença ou adquiridas no decorrer da vida, a equoterapia é um complemento de atividades clínicas. Pode ser 'traduzida' como um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar na área da saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial da pessoa com deficiência e ou necessidades especiais.

Inserida entre os raríssimos espaços em São Paulo que disponibilizam esta atividade a pacientes carentes, a Walking Equoterapia  reabilita pessoas com deficiências e ou necessidades especiais em cima do cavalo, e devido a ótima evolução com a equoterapia, ampliou o trabalho para a alfabetização em cima do cavalo, além de terapias direcionadas aos dependentes químicos, depressivos, hiperativos, pessoas com transtorno de déficit de atenção, distúrbio de leitura e escrita, desordem de processamento auditivo central, dislexia, entre outros.

"Iniciamos com 30 praticantes de equoterapia, hoje estamos com 150, sendo que 50% do atendimento destina-se as crianças carentes, que não têm condições financeiras de arcar com a atividade, uma vez que essa terapia gera um custo elevado, limitando o acesso apenas a classe média alta", conta a equoterapeuta, fonoaudióloga e coordenadora da Walking Equoterapia, Andrea Ribeiro.

Uma das grandes lutas do centro tem sido a conquista de mantenedores/padrinhos, a fim de que possam ampliar as atividades com os pacientes carentes. Já para os que possuem recursos para arcar com a equoterapia, o custo mensal é de aproximadamente R$ 360,00.

"Nossos profissionais possuem certificações em equitação e equoterapia, hoje temos uma equipe formada de fisioterapeuta, fonoaudiólogo, instrutor de equitação, psicólogo, pedagoga e psicopedagoga, além de um médico responsável pelo centro de equoterapia. Nosso objetivo é oferecer, por meio da equoterapia, qualidade de vida, bem como a inclusão social. Além da terapia, aproximamos as famílias e propiciamos aos praticantes um ambiente de lazer", acrescenta Andrea.

Como funciona
O movimento tridimensional (para frente/ trás; para cima/baixo; para os lados) do cavalo estimula o corpo inteiro, tanto a parte física quanto a mental. "Estar no cavalo ativa todo esse sistema, gerando estímulos que resultam em ganhos físicos, como a melhora de equilíbrio e postura, além de mudanças na arquitetura cerebral através dos estímulos que chegam ao cérebro pelo movimento tridimensional do dorso do cavalo e  por fim a autoestima", acrescenta a equoterapeuta.

O praticante tem contato direto com o animal, por meio de toques e carícias, o que também estimula sensações visuais e auditivas, um trabalho com os cinco sentidos. Ao todo, sete cavalos são usados nas sessões de equoterapia, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Os interessados em conhecer o programa podem procurar a entidade, por meio do telefone (11) 5667-7733. Mais informações no site www.equoterapiawalking.com.br.


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