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Na TV Brasil

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Primeiro Namoro

Por Jussara de Barros

É difícil falar de namoro na atualidade, onde os jovens têm adquirido conceitos de “ficar”. Ao contrário do que pensam, em seu verdadeiro significado, ficar é o mesmo que permanecer, estar por um grande período. 

Desde o início da adolescência, por volta dos dez ou onze anos de idade, jovens tem tido a atitude de beijar sem compromisso, sem ter obrigação de assumir um relacionamento com a pessoa que beijou.

Nessa brincadeira dos nossos dias, o que tem acontecido é que os adolescentes perderam os limites com suas atitudes, chegando a beijar várias pessoas numa mesma festa, num mesmo passeio. Quem beija mais leva vantagem, um absurdo!

De certa forma, um namoro ou compromisso sério na idade mais jovem pode comprometer outras áreas do desenvolvimento, como os estudos, pois ao estar apaixonados tendem a querer ficar juntos, se falarem por mais tempo ao telefone ou internet, esquecendo-se que estes são objetos de uso da família, levando a desentendimentos entre pais e filhos ou brigas entre irmãos.

Os pais devem conversar muito com os pré-adolescentes, a fim de estabelecer limites quanto a esses aspectos. Controlar as saídas para festas, passeios em shoppings, cinemas, visitas à casa dos amigos podem ser boas alternativas, mas é bom lembrar que o lazer deve fazer parte de suas vidas. Não dá para viver sozinho, sem uma turma de amigos para conversar e se divertir.

Se os pais são mais abertos, o namoro pode acontecer mais cedo, se forem mais reservados e exigentes poderão impor uma idade para que isso aconteça. Mas a paixão acontece de forma natural e proibir uma aproximação pode levar a namoros escondidos, o que não traz vantagem nenhuma.

É melhor resolver a situação à base do diálogo e da amizade, pois assim, os filhos não perdem a proximidade com os pais, mas compartilham com os mesmos suas emoções e suas dúvidas sobre relacionamentos amorosos, pois sentem-se seguros e com liberdade para expor seus sentimentos e ideias.

Falar de sexualidade é importante, sem esconder informações, pois dessa forma, num jogo aberto, os pais demonstram segurança e credibilidade nos filhos, podendo sugerir que ainda são muito jovens para iniciar uma vida sexual. Além disso, é importante discutir sobre doenças sexualmente transmissíveis, gravidez e métodos contraceptivos, como forma de alertá-los de possíveis problemas que podem aparecer com a sexualidade.

Tentar proibir os namoros pode ser uma atitude que afaste os filhos ou que estes façam coisas escondidas. O melhor mesmo é primar pela amizade e pela confiança na família, essa será a maior conquista.


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