“Por ser uma doença cujas complicações podem levar à morte, o diagnóstico precoce por meio do exame de sangue (ponta de dedo) é fundamental. Os pais devem ficar atentos também aos sintomas mais comuns que podem ser reconhecidos no dia a dia da criança como, por exemplo, beber muita água, urinar com freqüência, aumento do apetite e perda de peso”, explica Felipe Monti Lora, endocrinologista pediátrico do Hospital Infantil Sabará, na capital paulista.
Existem
vários tipos de diabetes, porém os mais conhecidos são o Tipo 1 e Tipo 2, sendo
que os dois podem acometer tanto crianças quanto adultos. A doença do Tipo 1
ocorre quando há uma predisposição genética e o sistema imunológico do paciente
destrói as células do pâncreas que produzem a insulina, hormônio responsável
pelo controle do nível de açúcar no sangue. A do Tipo 2 tem maior influência de
fatores ambientais como obesidade e falta de exercícios físicos.
“Diferente
do que a maioria das pessoas pensa, tanto crianças quanto adultos podem
adquirir ou desenvolver qualquer um dos dois tipos do diabetes, embora seja
mais comum a do Tipo 1 ser adquirida por crianças. E o tratamento também é
diferenciado. Em razão da falta da produção da insulina no organismo para o
paciente com diabetes Tipo 1, é necessário o uso constante da aplicação da
insulina injetável. Já para quem tem o diabetes Tipo 2, dependendo do caso, o
tratamento pode ser realizado com o uso de medicamentos orais para controlar a
glicemia”, alerta o endocrinologista.
Preocupação globalRelatório recente sobre a doença apresentado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça a preocupação com o diagnóstico precoce e controle do diabetes. O estudo aponta que 12 milhões de pessoas têm diabetes no Brasil. A doença eleva o risco de acidente vascular cerebral (AVC), complicações como a cegueira e é a principal causa de amputações de membros inferiores.
Assim como os adultos, as crianças devem ter hábitos alimentares saudáveis e atividades físicas frequentes. “É importante educar as crianças nesse sentido para que os valores permaneçam presentes durante toda a vida, pois os hábitos da infância são o reflexo da vida adulta”, finaliza Felipe Monti Lora.
Cardápio saudável - o que deve ser evitado:
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