Movimento Infância
Livre de Consumismo
Este movimento
nasceu da indignação dos participantes do Grupo de Discussão Consumismo e
Publicidade Infantil depois do lançamento da Campanha
Somos Todos Responsáveis da ABAP. Do contrário que se esperava, a campanha
responsabiliza unicamente os pais quanto à proteção das crianças diante dos
estímulos abusivos das propagandas ao consumismo. Assim, essa campanha
mostrou-se parcial, na medida em que defende a autorregulamentação e o “bom
senso” dos anunciantes como únicos controladores da publicidade infantil.
Em
contrapartida, defendemos que, para cumprir nossa responsabilidade de educar
nossos filhos para a cidadania e a sustentabilidade, precisamos do apoio
efetivo do Estado e da responsabilização efetiva das empresas privadas, dos veículos
de comunicação e das agências de publicidade. Diante do excesso de propagandas e
do conteúdo manipulatório que se apresenta diariamente na mídia direcionada às
crianças, nós pais e mães não aceitamos assumir esta responsabilidade sozinhos.
A publicidade infantil é danosa às crianças quando
as pressiona a desejar cada vez mais bens de consumo, associando-os a um
discurso enganoso, de alegria, felicidade e status social. Além de trazer sofrimento
às crianças que não podem obter esses bens devido à falta de recursos
financeiros, essa pressão não pode ser devidamente elaborada pelos pequenos,
cujo senso crítico ainda está em desenvolvimento.
O excesso de propagandas e o conteúdo
manipulatório delas dificulta uma educação cidadã e sustentável, a qual todos
desejamos.
Como funciona no
Brasil atualmente?
No Brasil, o próprio mercado publicitário regulamenta toda a publicidade
mercadológica através do Conar, que estabelece as normas e julga os casos
enviados por entidades representativas ou cidadãos comuns. Abusos também podem
ser encaminhados ao Procon e ao Ministério Público a depender da natureza do
problema.
Quando alguém
denuncia uma publicidade abusiva, o Conar avalia se a queixa é pertinente para
só então sugerir mudanças ou tirá-la do ar. Isso pode levar algum tempo. Até
lá, o comercial continua sendo transmitido.
O Conar até hoje deu parecer sobre
7500 anúncios. Num universo de centenas de milhares de comerciais, muita coisa
acaba passando despercebida e atinge nossos filhos. Além disso, os anunciantes
patrocinam programas de baixo nível ou canais infantis com intervalos
comerciais acima do permitido.
Como queremos que
seja no Brasil?
Depois de analisarmos todas as opções teremos mais clareza sobre o que
queremos da regulamentação brasileira. Acompanhe a postagem sobre o Brasil
ideal.
Para garantirmos a proteção das
crianças brasileiras contra o consumismo e a publicidade predatória:
a) Queremos mais espaços de diálogo direto de pais e familiares com os governos
e as agências reguladoras de publicidade infantil no que diz respeito à
elaboração das regras regulatórias;
b) Queremos regras mais claras que evitem a entrada da publicidade em espaços
que são das crianças, por excelência, como escolas e consultórios de pediatria;
c) Queremos que os governos brasileiros participem ativamente dos debates
internacionais acerca do tema e tragam para nossa experiência o que for
relevante; e
d) Queremos o fomento a mais pesquisas na área da educação e mídias que incluam
também os pais como atores fundamentais nessa relação.
Como ajudar?
Acompanhe os debates diários. Traga informações
relevantes. Divida conosco a sua opinião. Compartilhe as postagens. Convide os
amigos. Espalhe a ideia!
Fonte: trechos extraídos do site:
***
Em tem mais...
Clique abaixo
para saber como foi a Audiência Pública, ocorrida em 03.07.2012, sobre o
Projeto de Lei 5921, que dispõe sobre a regulamentação da publicidade infantil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário