No consultório dos ortopedistas é comum chegar pacientes, com idade entre 3 e 6 anos, com queixa de dores nas pernas, especialmente à noite. O relato das mães é quase sempre o mesmo: durante o dia a criança brinca normalmente, corre, joga futebol, vai à escola. E à noite surge aquela dor inexplicável, que a criança não consegue nem mesmo dar a localização exata.
"São características da chamada dor do crescimento", explica o ortopedista Edilson Forlin. "Se essas queixas não vêm acompanhadas de manchas nas pernas, nem de inchaços, mancar, limitação da atividade, os pais podem ficar tranquilos. Mas uma consulta com o ortopedista é fundamental para afastar outras suspeitas", aconselha.
Segundo Forlin, a dor do crescimento aparece por volta dos três anos. Não há uma explicação totalmente comprovada da causa dessa dor. Teorias são que a fadiga muscular ou a grande atividade de impacto provoca dor próxima às áreas de crescimento.
O problema pode ter ainda um componente emocional. "A criança realmente sente dor. Não é manha. Mas os fatores psicológicos podem predispor a criança a sentir essa dor". É o caso da entrada ou mudança de escola, ou mesmo o nascimento de um novo irmãozinho.
Normalmente não é necessário estabelecer um tratamento para essas dores. "Massagens e compressas quentes são indicadas para aliviar essas dores, assim como a prática de exercícios regulares", diz Forlin. Se a situação for constante e a dor muito intensa, um médico deve ser procurado para aprofundar a investigação e garantir o crescimento saudável da criança.
Quem atinge?
Crianças a partir dos 3 ou 4 anos e até os 10 anos, fase considerada de primeiro estirão. Crianças sedentárias são muito afetadas.
Onde, como e quando dói?
Surge mais à noite, nas pernas, na região das coxas e panturrilhas. É uma dor difusa, frequente ou esporádica. Às vezes a criança pode acordar com a dor. No outro dia ela está totalmente normal. Além da queixa não existem outros sinais, como febre, edema, perda do apetite, manchas na pele etc.
Causas:
As causas do problema não são totalmente conhecidas. Alguns acreditam que se trata de um desequilíbrio no ritmo de crescimento dos ossos, tendões e músculos: um pode se desenvolver de forma mais acelerada que outro; quando se igualam, a dor para. Também pode haver dor por fadiga muscular. A atividade mais intensa relaciona-se com a dor. Componentes emocionais podem fazer parte do quadro.
Fonte: www.sbop.org.br
Um comentário:
Olá!!
Meu filho também tinha fortes dores nas pernas, sempre achei que talvez fosse dores do crescimento, mas ao consultar o ortopedista e fazer um raio x das pernas, foi diagnosticado que as perninhas dele eram "valgo", termo que utilizam para perninhas que estão pouco tortinhas, pouco visivel aos olhos, esta fazendo tratamento com palmilha especial no tenis, e desde então não sentiu mais dores.
Importante lembrar que a consulta ao ortopedista é extremamente necessária de avaliar o caso.
abraços
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