Por Malu Favarato*
“Então
eu estava fazendo minha prova e não sabia aquela pergunta porque eu tinha
faltado naquela aula. Mas aí eu me lembrei que minha irmã já havia estudado
aquilo. E eu sabia onde ela guardava os
cadernos dela. Então eu fui (mentalmente) até a nossa casa, peguei o caderno
dela, procurei a página e vi o exercício que ela tinha resolvido. Aprendi e
copiei na minha prova. Aí eu acertei!” (M, aos 9 anos).
(durante uma discussão com a
mãe) ”Mamãe, o meu Eu é diferente do seu
Eu. Então você não pode querer que eu faça as coisas como você”(H, aos 6
anos).
(na escola, em conversa com
a Orientadora Pedagógica) “Então, é disto
que estou falando. Ele (amigo) tem de mudar. Ele tem de entender que isto não
está certo e não é bom. Ninguém gosta e prejudica todo o grupo. Eu mudei, é
verdade! E ele tem de mudar também!” (H, aos 9anos).
“É
uma tristeza enorme. Eu sinto uma saudade de algo ou algum lugar que não sei
onde é. Aqui é muito triste! Tem muita coisa triste e ruim. Queria poder mudar
tudo isso. Queria que as pessoas fossem mais felizes. Queria conversar por
telepatia e me teletransportar. O planeta seria bem mais limpo; é mais
ecológico. Queria que não houvesse maldade e que o ser humano soubesse como a
gente brilha igual a anjo. Sinto uma pressão muito grande. Sei que tenho de
fazer alguma coisa e não sei por onde começar.” (L,
aos 14 anos).
O que dizer a um filho
depois de ouvir qualquer uma destas afirmações?
E esse é o padrão típico de crianças Índigo e Cristal. O que eles dizem com uma
naturalidade inata é, na maioria das vezes, assustadora e desconcertante para
os pais.
Não sem motivo, é cada vez é
maior o número de pais procurando aconselhamento, terapia para os filhos e
perambulando de um médico a outro atrás de um diagnóstico. As crianças e
adolescentes de hoje realmente apresentam um padrão diferente, mais direto,
inquisidor e transcendente que nas gerações passadas. Ocorre que nem sempre é
para ter diagnóstico ou manter a criança em terapia. Essa Nova Ordem, requer dos Pais uma
reformulação interior para cuidar e educar seus filhos sem problematizá-los.
Ser Índigo, Cristal ou simplesmente ser deste novo estágio de evolução da
humanidade não é privilégio e sim uma consequência natural. Portanto, educá-los
não é uma missão especial. É sim muito, muito trabalhosa e por vezes
desgastante.
Partindo do princípio que
esses seres vieram com uma energia vital específica para realizar mudanças,
nada mais natural imaginar que a primeira e mais transformadora mudança deve
começar dentro da própria família. Os pais se
debatem hoje em dia entre a
permissividade, falta de controle do filhos e o autoritarismo. Nem uma coisa
nem outra é eficaz para essas crianças. A palavra chave neste contexto é
NEGOCIAÇÃO. Mas para negociar os pais têm de estar muito seguros de qual
caminho querem seguir e até onde podem e devem ceder ou não. Um bom negociador
deve estar muito centrado em si mesmo, mas ao mesmo tempo conseguir enxergar a
si e ao outro. No caso, tem de se ver em primeiro lugar como indivíduos, depois
como pais ao mesmo tempo em que percebe a individualidade do filho, um outro
ser, diferente e com necessidades
diferentes.
As famílias hoje são, em sua
maioria, consumistas, enquanto as crianças necessitam que elas sejam afetivas.
Têm medo de frustrar os filhos e eles precisam como nunca de limites claros.
São evasivas e nossas crianças precisam de muita verdade, clareza e sinceridade
de sentimentos na relação com o mundo.
A melhor dica para os pais
que querem verdadeiramente ajudar ao seu filho é: comece ajudando a si mesmo.
Olhe-se mais com verdade. Interiorize-se e tenha bem claro quais são seus
valores, sua inspiração. Viva de acordo com a Ética humanista de respeito ao
próximo e ao planeta. Reformule-se. Redescubra-se. Parafraseando o filósofo: “Conheça-te
a ti mesmo e conhecereis a teu filho”.
Não é fácil não e talvez
você precise de ajuda para conseguir isso. Mas lembre-se: É POSSÍVEL!!!!.
***
*Malu Favarato é Psicóloga de
orientação Junguiana. Trabalha com aconselhamento de Pais e Harmonização do Ser
Índigo. Participou como convidada do programa Papo de Mãe sobre Crianças Índigo
e Cristal, exibido em 24.06.2012. Contato:
[email protected].
Site: www.malufavarato-filhosdourados.blogspot.com.br
6 comentários:
Adorei o programa,acho que a sociedade em geral não está preparada,cabe a nós pais cuidar dos nossos filhos p/ que aprendam a viver e conviver sem se sentirem excluidos.
Minha filha tem 3 anos. Um dia desses, almoçando com o pai, disse "Pai, eu quero tomate, bota tomate no meu prato, muito tomate..." e enquanto ele a servia, ela completou "Tomate é bom pra a solidão" Ele ficou intrigado e perguntou se ela sabia o que era solidão e ela fez um círculo em torno do coração, dizendo "É uma coisa aqui que a gente sente aqui, ó" Não sabemos de onde veio isso e nem sabíamos que tomate cura solidão :-)
Parafraseando Gandhi: "Seja você, a mudança que você quer ver nos seus filhos." Tenho três filhos: 24, 16, 15 anos. Em todos esses anos de maternidade de três seres de luz, percebi que só consigo alterar realmente o comportamento deles, a partir da coerência da transformação do meu próprio comportamento. Mas ainda mais: o que eu penso. Mesmo sem eu dizer que mudei uma forma de pensar algo, eles percebem. A raiz começa no pensamento: mudando esse, mudamos o comportamento e nossos filhos recebem tudo isso por vias intuitivas.
Mas é muito importante a troca, o diálogo, o auto-perdão e o perdão ao filho, por pior que seja a falta, sem agressividade. Comunicação Não-Violenta é a chave. Mas nem sempre a negociação é possível, muitas vezes a autoridade tem que entrar e é bom que eles acostumem com isso desde pequenos: que são muito sabidos, mas que não sabem ainda de tudo...
Olá pessoal do Papo, estou na maior correria, afinal meu filho passou de fase no espectro autista, antes distante e apático nas funções sociais, agora ele tornou-se o garoto "mais popular das escola", virou um verdadeiro dançarino, são ensaios e mais ensaios para as festividades juninas, então estamos super cansados. Acompanho o programa pelas postagens e essa, das crianças índigo e cristal chamou minha atenção.
Meu filho sempre foi "diferente" ele só tem 7 anos, esses dias ele me chamou e disse: "-mãe venha cá, quero falar com vc /parecia até um adulto/ "-escuta, pára um pouco, que cara é essa heim?" Eu fiquei irritada, afinal tinha um monte de coisas para fazer, preparar e deixar em ordem, e ele alí "me fazendo perdem tempo" aí dei uma resposta do tipo:"-Ah tá, se orienta garoto!" E ele: "- Vc não precisa ser assim tão ÁSPERA, eu só queria bater um papinho." Antes de eu cair na gargalhada perguntei: "-E vc sabe o que é ser ápera?" Ele nem gaguejou: "- É ter um jeito RUDE e dar respostas curtas e grossas..." Meu queixo CAIU, ele ainda não lê, os amigos dele tbm têm 7 anos, a única coisa que ele assite são desenhos como backyardigans, me pergunto: De onde saiu isso? Claro que eu entendi o recado, larguei tudo pra lá, fiz pipoca e fomos assistir tv juntos...
Terceira geração, Crianças Arco-Íris: http://planetaazulindigo.blogspot.com.br/2012/10/criancas-arco-iris-imagine-voce-com-um.html
Sempre existiu na história da Humanidade pessoas que sabem o que querem e pessoas que não sabem... Todos nós, só não lembramos de como nos comportávamos, é só juntarmos com os familiares pra bater um papo, que vamos descobrir muito de como era nosso comportamento.
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