Oi, pessoal!
Recebemos este depoimento de
um telespectador, ao qual desde já agradecemos por compartilhar sua história. Em
breves palavras, ele relata como foi ser
impedido de conviver com o pai e faz um alerta sobre a importância dos pais não
desistirem de lutar por seus filhos. Vale a pena conferir e refletir sobre o
assunto...
***
"Eu vivi uma história muito
parecida com as que foram apresentadas no programa, porém na posição de filho.
Desde que nasci, fui impedido de conhecer meu pai. Quando eu perguntava sobre
ele, ouvia que ele não era uma boa pessoa, e me contavam algumas histórias
negativas.
Quando eu tinha cerca de
sete anos, meu pai conseguiu marcar visitas nas quartas-feiras à noite.
Lembro-me da euforia que senti ao receber a notícia, e das primeiras vezes que
falei com ele ao telefone.
Nas poucas visitas que
sucederam, lembro que brincávamos e batíamos fotos, e que era um dia da semana
esperado. Vendo as fotos hoje em dia, qualquer um pode constatar que estávamos
felizes. Infelizmente, foi um curto período: um dia ele chegou para a visita
semanal, foi impedido de subir, e dali em diante não houve mais contato. Na
minha casa nunca mais se falou sobre ele, nem mesmo para falar mal. O assunto
virou um enorme tabu.
Alguns anos depois, na minha
adolescência, quando eu já tinha liberdade de ir e vir, eu pensei várias vezes
em procurá-lo, mas nunca tive coragem. Estaria ele novamente casado? Teria
constituído outra família? Esta outra família teria conhecimento da minha
existência? E se eu causasse um problema familiar reaparecendo “do nada”?
Apenas vinte anos depois do
último encontro, quando eu já estava casado e considerando ter filhos, resolvi
tentar o reencontro, o que foi feito com ajuda da minha esposa na
intermediação. Fui muito bem recebido pela família – que afinal era a minha
família -, e pude voltar a ter contato com meu pai, conhecer tios, avós, primos
e, especialmente, ganhar um irmão mais novo. Se eu soubesse que as portas
sempre estiveram abertas, provavelmente eu teria ido muitos anos antes.
Refletindo sobre esta
história toda, embora eu tenha vivido muito bem e tido todas as oportunidades
de estudo, lazer e crescimento pessoal, dá uma tristeza saber que eu deixei de
aproveitar primos da mesma idade, um irmão e um pai com vários interesses em
comum, e que estas oportunidades são irrecuperáveis.
Infelizmente, casos de pais
que são proibidos de ver os filhos são comuns, e poucas pessoas têm noção da
gravidade deste ato. Os pais vítimas da alienação ficam dependendo de uma boia
furada para se sustentarem, pois o Poder Judiciário não dá a menor importância
a estes casos e nada faz para reverter a situação, além de custar muito caro
financeiramente, ficando tudo ao bel-prazer do outro genitor.
Mesmo assim, a sugestão que
eu dou a estes pais é continuar tentando o contato e mostrar sempre que estão
de portas abertas, pois um dia esses filhos certamente vão querer ir atrás de
sua história. As crianças são muito inteligentes e conseguem perceber as
coisas, portanto é importante não ficar se torturando imaginando o que o outro
genitor está colocando na cabeça do filho e fazer o possível para reaver o
contato, pois é esta ação de ir atrás que vai prevalecer na mente deles, e não
as histórias que lhes são contadas."
***
# FICADICA: Leitura
RESENHA: A proposta da
Coleção Vencendo Desafios é lembrar às crianças e aos adultos que com elas
convivem a possibilidade de vencer os diversos testes que a vida nos apresenta
por meio da única constante existente no Universo: o Amor.
O primeiro livro da Coleção - Papai e Mamãe viraram Amigos - traz um dos temas mais presentes em nossa sociedade, que, apesar de comum, representa um grande desafio para as crianças: a separação dos seus pais. Clique AQUI para adquiri-lo.
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