Anorexia Nervosa - Caracteriza-se por
uma procura incansável pela magreza, levando o paciente a uma severa e
auto-induzida perda de peso, utilizando recursos extremos como longos períodos
de jejum, exercícios físicos excessivos, vômitos voluntários, uso de laxantes,
diuréticos ou moderadores de apetite no intuito de forçar uma perda de peso
cada vez maior. Há distorção de imagem corporal e os ciclos menstruais ficam
interrompidos por no mínimo três meses.
Bulimia Nervosa - Apresenta-se como
uma sensação de completa perda de controle alimentar em que o paciente ingere
compulsiva e indiscriminadamente grandes quantidades de alimentos em um período
muito curto de tempo – episódio bulímico. Esta ingestão é seguida de um
sentimento de culpa, vergonha e medo de engordar, levando o paciente a induzir
o vômito, em geral várias vezes ao dia, bem como ao uso de laxantes, diuréticos
ou inibidores de apetite e à prática de exercícios físicos de maneira
exagerada.
Comer Compulsivo - Nos últimos anos
constatou-se que uma parcela dos obesos em tratamento, cerca de 30% apresenta
um comportamento de descontrole alimentar com uma ingestão compulsiva de
grandes quantidades de alimento durante o dia, com a sensação de perda de
controle. Esse quadro esta relacionado com outras graves doenças psiquiátricas
como depressão e ansiedade.
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Não há uma única etiologia
responsável pelos transtornos alimentares. Acredita-se no modelo multifatorial,
com participação de componentes biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais
e familiares.
a) Fatores genéticos: pesquisas indicam maior prevalência de transtornos alimentares em algumas famílias, sugerindo uma agregação familiar com possibilidade de um fator genético associado. Estudos com gêmeos monozigóticos e dizigóticos também apontam a genética como possível participante etiologia dos transtornos alimentares.
b) Fatores biológicos: alterações nos neurotransmissores moduladores da fome e da saciedade como a noradrenalina, serotonina, colecistoquinina e diferentes neuropeptídeos têm sido postuladas como predisponentes para os transtornos alimentares. Existem dúvidas se tais alterações acontecem primariamente ou são decorrentes do quadro.
c) Fatores socioculturais: a obsessão em ter um corpo magro e perfeito é reforçada no dia-a-dia da sociedade ocidental. A valorização de atrizes e modelos, geralmente abaixo do peso, em oposição ao escárnio sofrido pelos obesos, é um exemplo disso.
d) Fatores familiares: dificuldades de comunicação entre os membros da família, interações tempestuosas e conflitantes podem ser consideradas mantenedoras dos transtornos alimentares.
e) Fatores psicológicos: algumas alterações características como baixa auto-estima, rigidez no comportamento, distorções cognitivas, necessidade de manter controle completo sobre sua vida, falta de confiança podem anteceder o desenvolvimento do quadro clínico.
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Fonte: www.ambulim.org.br
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