Maria do Carmo Tirado |
Todas essas fases acontecem de encontro com a esperada e bem vinda chegada de um novo ser no âmago familiar. E quando a mãe não consegue regredir como deveria e sequer consegue se dar conta da gravidez? Toda essa passagem sofre uma ruptura, que poderá (ou não) surtir efeitos psicológicos, às vezes irreversíveis dependendo da forma com que não só a puérpera como o parceiro (ou quem o substitua) se posicionarem.
Para tanto é mister de quem está ao lado dessa mulher poder acolhê-la , tentando incrementar o vínculo materno-filial, com incentivo a amamentação e aos cuidados neonatais, incentivando que a mesma possa entrar mais em contato com a criança, entendendo o seu momento e a desculpabilizando. A família tem um papel crucial nesse aspecto e se, ainda assim, perceber que a mulher não está conseguindo incorporar a maternagem de maneira adequada, mesmo que tardiamente, por não ter se percebido grávida deverá procurar profissional especializado para tratá-la.*Maria do Carmo Braga do Amaral Tirado é Psicoterapeuta e Psicóloga Obstétrica. Participou como especialista convidada do Papo de Mãe sobre o tema "estava grávida e não sabia!", exibido em 02.09.2011. E-mail: [email protected].
Referência Bibliográfica: Psicologia na Prática Obstétrica – Abordagem Interdisciplinar. Capitulo três – Parte 1 – Psicodinâmica do Ciclo Gravídico Puerperal, páginas 21/31. Fátima Ferreira Bortoletti e colaboradores. Editora Manole LTDA. 1ª. Edição, 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário