Clarissa e seu filho |
Oieee!!!! Depois da correria de fim de ano, estou de volta com meu “pitaco”. Viajei, levei meu filho para ver os primos que moram longe, foi muito bom. Agora, estamos de volta ao caótico e viciante meio urbano. É incrível, reclamamos até não poder mais de São Paulo, mas basta que nos afastemos alguns dias que a saudade bate... Nos dois últimos dias, até meu filho, que aproveitou ao máximo as férias, já estava pedindo para voltar!
Mas vamos ao que interessa... O programa deste último domingo “Com quem deixar meu filho?” é realmente uma questão que faz a gente pensar, e eu vou contar para vocês o que eu penso sobre isto...
Antes de engravidar, eu tinha uma rotina completamente incompatível com a maternidade. Trabalhava muitas horas por dia, morava num apartamento muito pequeno, não conhecia praticamente ninguém e estava longe de toda a minha família. Por isto, a idéia de ter um filho parecia bem distante. Embora tivesse vontade de ser mãe, minha grande dúvida sempre foi esta: Com quem eu deixaria? Quem cuidaria do meu filho para que eu pudesse trabalhar? Ao mesmo tempo, eu queria cuidá-lo. Queria exercer este papel de mãe...
Então eu engravidei. Tive uma gravidez super complicada. Foi um susto atrás do outro. E mesmo depois que meu filho nasceu, os sustos continuaram. Então, eu decidi que naquele momento da minha vida teria que abrir mão de tudo para cuidar do meu filho. Foi o que fiz. Durante quase um ano e meio fui 100% mãe. Me dediquei de corpo e alma à maternidade. Cuidei só dele, vivi para ele. Confesso que até mesmo com um certo exagero, pois mal deixava que os outros chegassem perto e lia tudo a respeito de filhos. No fundo, eu tinha as minhas razões para tal comportamento...
A ideia de deixá-lo com babá não me passava pela cabeça. Entre escola e babá, sempre preferi a primeira opção. Só queria que ele crescesse um pouquinho para não entrar tão novinho na escola. Esperei ele completar um ano e o coloquei no berçário. Os primeiros dias foram difíceis, pois eu ficava imaginando se estariam cuidando dele direitinho, trocando a fralda e o babador, impedindo que ele colocasse porcarias na boca, e todas estas neuras de mãe... Com o tempo, fui adquirindo confiança e me libertando. Voltei a ter as minhas atividades e assim fui reconstruindo a minha identidade.
Agora, passados 5 anos, estou numa fase muito boa e tranquila. Meu filho já está grandinho e faz quase tudo sozinho. Não gostaria de mudar a minha rotina atual, embora a vontade de ter outro filho seja grande. Mas como eu sei o trabalho que dá, algumas coisas eu faria diferente.
É claro que nem tudo na vida acontece como a gente planeja (normalmente as coisas não são como a gente planeja, rsrsrs!!!), mas se eu pudesse escolher, na minha segunda gravidez, já cogitaria a ideia de ter uma babá. Não para ficar o tempo todo, pois eu continuo achando importante colocar na escola desde cedo. Por outro lado, não pararia de trabalhar como fiz da primeira vez. Acho que manter uma atividade profissional ajuda a manter a sanidade mental.
Na verdade, ainda tenho muito o que avaliar. Tenho algumas coisas para fazer antes de providenciar um segundo filho. Além disto, precisaria, antes de tudo, arrumar uma babá de confiança e que não faltasse ao emprego. De que adianta eu pagar uma pessoa para me deixar na mão? Isto sem falar no lado financeiro. Não vou ser hipócrita a ponto de não comentar que este lado pesa, e muito. Então, vou aguardar mais um ou dois anos e depois deixar rolar...
Acho que a mensagem que fica do Programa é que cada um deve procurar adequar-se à sua realidade. Quem pode contar com a família para ajudar com os filhos, ok. Quem não pode, conta com babá, escola ou ambos. Não dá para generalizar. A maioria das mulheres não se pode dar ao luxo de parar de trabalhar. E eu nem acho que devam. Então, é preciso fazer o que está ao alcance de cada um. A gente vai aprendendo. Erra num dia, acerta no outro...
Não existe receita ideal. O que existe são recomendações de médicos, psicólogos, pedagogos, etc. E a gente segue o que é possível. Sejamos realistas! Não temos o dom da onipresença. Não temos como colocar os filhos numa “bolha” para protegê-los de tudo e de todos. Somos humanos, cheios de dúvidas e assim vamos levando a nossa vida...
Na minha opinião, o mais importante de tudo é que estejamos abertos a receber informações e dispostos a mudar comportamentos porventura inadequados.
Feliz 2011 a todos!!! Que este seja um ano repleto de alegrias e conquistas!!! Muita saúde e muita paz!!!
*Clarissa Meyer é mãe, advogada, editora e colunista do Blog do Programa Papo de Mãe. E-mail: [email protected].
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