Esta semana o tema no Papo de Mãe é Mães Cadeirantes!
Quem acompanhou o programa deve ter ficado impressionado com a determinação das nossas entrevistadas, que mesmo diante de uma limitação física, não se deixaram abalar e levaram adiante o sonho de se tornarem mães.
Mamães convidadas |
Na reportagem de Rosângela Santos, acompanhamos toda a emoção do primeiro dia como mãe na vida de uma cadeirante. Na “vez do pai”, Davi de Almeida foi conhecer um casal cadeirante muito bem resolvido. E para esclarecer todas as nossas dúvidas, contamos com a presença dos especialistas: Dra. Miriam Waligora, obstetra e urologista, e Dr. Marcelo Reibscheid, pediatra.
Dra. Miriam e Dr. Marcelo |
De acordo com uma pesquisa feita pela UNESP, Universidade Estadual Paulista, a maior parte dos cadeirantes deseja construir uma família e o sonho da maternidade é possível, mas exige um pré-natal bastante cuidadoso. Entre os principais cuidados está a prevenção e o correto tratamento de infecções urinárias que porventura estas gestantes venham a ter. Mas se tudo correr bem e a grávida tiver um bom acompanhamento médico é possível até mesmo que ela tenha um parto normal.
Isto mesmo. Existem especialistas que defendem o parto normal para cadeirantes. A terapeuta ocupacional americana Judith Rodgers, por exemplo, escreveu um guia para a gravidez e o parto de mulheres com deficiências. Segundo ela, um dos principais problemas da grávida numa cadeira de rodas é a falta de informação por parte dos profissionais.
Realmente, de acordo com os especialistas convidados pelo Programa, é possível que a cadeirante tenha um parto normal. Contudo, eles alertam que não se pode generalizar, pois cada caso merece ser avaliado individualmente. Assim como, durante a gravidez, a mãe cadeirante vai precisar de uma série de cuidados extras, na hora do parto não vai ser diferente. Por isto, é preciso muita cautela na hora de avaliar qual o tipo de parto mais indicado para esta gestante.
O que pudemos constatar ao longo do programa é que, apesar de alguns esforços localizados, os serviços de saúde (assim como outros tipos de serviços) ainda não estão preparados para atender às necessidades de uma cadeirante. Só para se ter uma idéia, muitas mulheres reclamam que é comum não serem examinadas por ginecologistas em suas consultas de rotina. E tem mais, segundo elas, ainda existem médicos que acreditam que a mulher deficiente não tem vida sexual ativa e que por isto não precisa ser examinada! Ora, uma cadeirante não é diferente de nenhuma outra mulher e precisa sim passar por todos os exames ginecológicos, seja durante a gestação ou ao longo de sua vida.
Felizmente, existem locais que se preocupam com estas mulheres. Em São Paulo, por exemplo, o Hospital Municipal Maternidade-Escola de Vila Nova Cachoeirinha oferece um serviço de atendimento exclusivo à mulher com deficiência. A maternidade tem camas especiais para exames ginecológicos, mamógrafo para que a paciente faça exames sem sair da cadeira de rodas e uma espécie de guindaste para transferi-la da cadeira para a cama. Fica aí o exemplo para que outras instituições de saúde se adaptem melhor para atender suas pacientes...
Enfim, este foi um breve resumo do nosso “Papo” deste último domingo. Para quem perdeu o comecinho do programa, logo mais disponibilizaremos o primeiro bloco aqui no blog.
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Um comentário:
Muito gratificante saber que elas venceram suas necesidades para se tornarem mães. Lindo. bjssssssssssss
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