Olá, pessoal!
Conforme prometemos, estamos de volta para falar um pouco mais sobre a saúde dos olhos, tema do Papo de Mãe deste último domingo (13/06).
Conforme vimos no programa, existem vários tipos de problemas que podem acometer a visão. Os mais comuns são os chamados vícios de refração, ou seja, erros na captação da luz que impedem que a pessoa enxergue com nitidez, tais como a miopia, a hipermetropia, o astigmatismo e a presbiopia (popularmente conhecida como “vista cansada”).
Porém, existem doenças oculares mais graves, as quais exigem diagnóstico e tratamentos específicos, como é o caso da catarata congênita, do glaucoma congênito, da retinopatia da prematuridade e do retinoblastoma - doenças que se não forem detectadas precocemente podem levar à perda da visão. Neste rol de doenças graves, podemos incluir ainda o ceratocone, distúrbio que altera a curvatura da córnea, fazendo com que ela fique ‘pontiaguda’, e que, embora possa aparecer em qualquer idade, seja mais freqüente durante a adolescência.
Mas hoje queremos falar especificamente sobre dois tipos de problemas abordados durante o programa e que, certamente, são de interesse de muitos de pais: o estrabismo e a ambliopia.
O estrabismo é uma doença que pode ser perceptível a olho nu, pois os olhos apresentam-se desalinhados, geralmente olhando em direções opostas. Trata-se de um problema frequente que ocorre em ambos os sexos numa proporção de 2 a 5% das crianças. A causa mais comum do estrabismo é genética, embora doenças que acometam o cérebro como paralisia cerebral, síndrome de down, hidrocefalia, prematuridade, viroses, traumas e tumores craneanos possam ser acompanhadas de estrabismo.
Mas antes de tudo, é importante lembrar que, logo que o bebê nasce, ele ainda não tem total controle sobre a musculatura ocular, sendo comum desviar os olhos em direções opostas – o que preocupa muitos pais. O que de fato acontece é que somente a partir dos 3 meses é que o bebê tem condições de fixar o olhar e mantê-los alinhados. E este processo pode perdurar até os 6 meses, quando então o bebê não deve mais desviar os olhos em direções opostas. Sendo assim, caso o desalinhamento persista após os 6 meses, é importante que os pais levem o filho para uma avaliação oftalmológica.
O estrabismo pode ainda ser confundido com o chamado pseudoestrabismo, que nada mais é do que a impressão de que a criança esteja desviando os olhos para dentro, quando na verdade não está. Esta impressão é causada por características faciais próprias de alguns bebês (como, por exemplo, bebês orientais) e tende a melhorar à medida que a criança cresce e o rosto vai naturalmente alongando.
O estrabismo verdadeiro não tem cura espontânea e requer tratamento o mais cedo possível. Dependendo da gravidade, alguns casos podem ser corrigidos por meio de uso de óculos ou melhorados com exercícios ortópticos, embora, na maioria dos casos, a indicação cirúrgica prevaleça como tratamento.
De qualquer forma, em todos os casos de estrabismo, o primeiro passo é avaliar se os dois olhos estão se desenvolvendo da mesma maneira e nenhum deles está ficando “preguiçoso”. A popular “vista preguiçosa” tem nome e é chamada ambliopia, que pode ter como uma das causas o próprio estrabismo, além de outras como os erros de refração (quando um olho apresenta um grau muito maior de miopia, astigmatismo ou hipermetropia em relação ao outro) ou a opacidade nos meios transparentes do olho (como é o caso da catarata).
A ambliopia ocorre quando, por alguma razão, o cérebro “desliga” um dos olhos e a criança passa a utilizar somente o outro para enxergar. O olho “desligado” acaba não se desenvolvendo e, se não tratado adequadamente, pode ficar com comprometimento permanente.
Normalmente, o tratamento da ambliopia consiste em estimular-se o olho que ficou “esquecido” cobrindo-se o “olho bom” com um tampão e obrigando o outro olho a trabalhar. Um outra forma de tratamento consiste na chamada “penalização” do olho bom, onde a visão deste fica comprometida através do uso de uma lente de contato ou uma solução química (ou ambos), cuja intenção é provocar um “borramento” da visão sadia de forma que o olho amblíope enxergue melhor que o olho penalizado.
Para finalizar, seja qual for o problema, o mais importante é saber que o cuidado com a saúde dos olhos deve começar muito cedo, de forma preventiva, logo nos primeiros dias de vida. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, por exemplo, orienta que a primeira avaliação oftalmológica do bebê deva ser feita logo ao nascer, antes da alta da maternidade (teste do olhinho). Depois disto, a orientação é de que seja feita nos 2 primeiros anos uma avaliação oftalmológica completa a cada 6 meses. E após, se estiver tudo bem, uma avaliação completa anual, pelo menos até os 8-9 anos de idade.
Para maiores informações sobre o teste do olhinho e doenças oculares acessem os sites/fontes:
E a nossa DICA DE HOJE é de utilidade pública!!!
Queremos passar para vocês maiores informações sobre algumas instituições que desenvolvem trabalhos super bacanas para pessoas com deficiências visuais. São elas:
Instituição Laramara: organização civil que visa apoiar a inclusão educacional e social da pessoa com deficiência visual: cegos, baixa-visão ou múltipla deficiência, cuja missão é promover a disseminação de conhecimentos e experiências na área da deficiência visual, desenvolvendo cursos especializados, seminários, encontros e conferências dirigidas a professores, profissionais da área, familiares e comunidade em geral. As ações da instituição incluem avaliação oftalmológica especializada, avaliação das necessidades educacionais especiais referentes à deficiência visual e atendimento específico de crianças e jovens vindos de todo o Brasil. Maiores informações pelo site http://www.laramara.org.br/ ou pelo telefone (11) 3660.6400.
Fundação Dorina Nowill para cegos: entidade que há mais de seis décadas tem se dedicado à inclusão social das pessoas com deficiência visual, por meio da educação e cultura, atuando na produção de livros em braille, livros e revistas falados e obras acadêmicas no formato Digital Acessível, distribuídos gratuitamente para pessoas com deficiência visual e para centenas de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil. Além disto, a fundação oferece, gratuitamente, programas de atendimento especializado ao deficiente visual e sua família, nas áreas de avaliação e diagnóstico, educação especial, reabilitação e colocação profissional. Para conhecer melhor o trabalho acesse: http://www.fundacaodorina.org.br/ ou pelo telefone (11) 5087.0998.
Instituto Benjamin Constant: ligado ao Ministério da Educação, o IBC é considerado um centro de referência nacional para questões de deficiência visual. Entre os serviços oferecidos, o instituto possui uma escola, capacita profissionais da área de deficiência visual, assessora escolas e instituições, realiza consultas oftamológicas à população, reabilita, produz material especializado, impressos em Braille e publicações científicas, além de educação à distância. Para saber mais acesse: http://www.icb.gov.br./
Instituto IRIS: entidade sem fins lucrativos, cuja missão é desenvolver atividades que acelerem o processo de inclusão social das pessoas portadoras de deficiência visual utilizando o cão-guia como facilitador. Entre os objetivos do Instituto está a formação de convênios internacionais que propiciem a importação gratuita de cães já em processo avançado de treinamento, o desenvolvimento de programas de treinamento realizados integralmente no Brasil, a qualificação de profissionais nas áreas de criação e treinamento de cães-guia e instrução de times de graduados (usuário e cão-guia) e a criação de um centro de treinamento. Atualmente, o Instituto Iris está passando por sérias dificuldades financeiras e corre o risco de ter suas portas fechadas. Portanto, para quem quiser conhecer melhor o trabalho e também ajudar a instituição é só acessar http://www.iris.org.br/.
Por hoje é isto, gente. Obrigada pela atenção, pelo carinho e pela audiência!!!
Um grande beijo de toda a equipe Papo de Mãe!
Post: Clarissa Meyer
Um comentário:
Olá Clarissa e equipe do programa Papo de Mãe. Venho agradecer a visita ao nosso blog o www.heurecaatelie.com.br e o registro do comentário carinhoso e incentivador.
A recíproca é verdadeira: somos admiradores do trabalho de vocês, através do programa.
Parabéns.
Beijos, Hilda
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